[Rank C] Rexien - Expedição de Mineradores

  Havia se passado alguns dias desde minha última missão. Apesar do susto com os bandidos, susto esse que se tornara um motivo para que eu deixasse de me subestimar tanto, tudo estava bem. Eu estava aproveitando esses dias como de costume, acordando cedo, estudando e treinando. O dia de hoje não era uma exceção. Eu acordara, já havia feito minha higiene matinal e estava pronta para descer as escadas quando eu ouço o que identifiquei como o grasnido de uma ave do lado de fora do meu quarto. Não me surpreendeu, de certa forma eu já estava acostumada a esse acontecimento. Abri as portas que se destinavam a pequena sacada na frente do meu quarto e lá estava. Provavelmente uma missão, pensei. Dito e feito. Peguei o pequeno pergaminho que a ave trazia consigo e me coloquei a ler o mesmo. Pelo que parece alguns irmãos mineradores precisavam de uma escolta, coisa simples a primeira vista, mas o rank da missão não era marcado como D, mas como C. – Pelo que parece existem algumas pedras no caminho deles. – Ironizei, dando uma pequena risada enquanto movimentava minha cabeça negativamente a mim mesma. O horário estava apertado, então pequei meus equipamentos, desci as escadas, me servi do meu café da manhã rapidamente, me despedi dos meus pais e me coloquei a caminho dos portões da vila.

  Depois de alguns minutos eu cheguei a grande entrada da vila e lá estavam eles. Era impossível não reconhecer mineradores. Eram três, com suas típicas ferramentas para mineração. Me aproximei dos três e me apresentei: – Bom dia, senhores. Sou Igarashi Aki, fui designada para acompanhar vocês até seu centro de mineração. É um prazer. – Terminei de me apresentar e esperei uma resposta.

Considerações:

Status: 450/400
Equipamentos: Full

Os três me avistaram e tiveram reações diferentes. Um parecia não ligar muito para minha presença, mal olhando para mim. O outro fora receptivo, estendendo a mão para mim, logo apos ter espirrado nesta, enquanto o outro acenava de longe. Não querendo parecer rude em negar o aperto de mão do outro, tudo que fiz foi juntar meus braços ao meu corpo e fazer uma reverência, como era de meu costume. O que trajava roupas vermelhas pareceu salvar-me quando exclamou de uma maneira ranzinza para que fossemos logo.

A todo momento eles iam na frente e eu simplesmente os seguia. Eles pareciam conhecer bem o caminho. Eu nunca fui muito de falar, principalmente com pessoas que eu acabara de conhecer, então tudo o que eu fazia era caminhar atrás deles prestando atenção em qualquer coisa que poderia ser suspeita. Fizemos uma boa caminhada até que o sol começou a se por. Andamos um pouco mais e então eles decidiram que era melhor montar acampamento durante a noite e seguir viagem ao amanhecer. Procuramos então por um local para nos abrigar. Depois de alguns minutos procurando encontramos uma pequena caverna, não muito profunda, com uma pequena curva na entrada que se abria a um local mais amplo. Antes que os trabalhadores se colocassem dentro da mesma eu procurei, com uma pequena tocha, qualquer coisa que fosse ameaçadora. Uma vez que eu julguei o local seguro, os convidei a montar acampamento. Um deles, Atchim, começou a preparar o jantar. Após todos terem terminado suas refeições os trabalhadores foram dormir. Eles roncavam muito alto, o que eu poderia colocar-nos em perigo a aquela altura. Ciente do perigo, decidi preparar algumas armadilhas para que eu pudesse descansar pelo menos um pouco, afinal, não só a jornada de hoje tinha sido árdua, como provavelmente seria a de amanhã. Com alguns metros do meu fio de aço eu preparei uma armadilha na entrada da caverna, onde os fios ficavam a aproximadamente dez centímetros do chão. Caso alguém passasse ou pisasse nesses fios, três kunais presas a uma ponta deles, de uma maneira que poderiam pegar pressão e velocidade suficiente para cortar, seriam lançadas na direção da entrada, de cima para baixo. Na outra ponta dos fios estavam alguns dos utensílios utilizados por Atchim para cozinhar, pendurados na parede pela linha, para que caso fossem "acionados" fizessem barulho o suficiente para que eu acordasse.

Com as armadilhas improvisadas prontas eu me sentei na pequena curva que a caverna fazia na entrada e me encostei na parede, de maneira que eu ficasse entre qualquer perigo e os mineradores, e que caso qualquer coisa viesse a ativar as armadilhas eu pudesse colocar-me rapidamente a postos. Depois de alguns minutos simplesmente observando o teto de pedra da caverna eu adormeci.

Considerações:

Status: 450/400
Equipamentos:

Spoiler:

O sol raiava no horizonte e nós estávamos prontos para seguir em viagem. Acordei antes dos três irmãos e me certifiquei de que todos os meus equipamentos utilizados para montar a armadilha estavam como deixados na noite passada. Uma vez estava tudo na mais perfeita ordem, comecei a desmontar a emboscada. Cuidadosamente retirei as kunais, os objetos de Atchim e por fim o fio de aço. Depois de guardar os equipamentos novamente em minha bolsa, devolvi os utensílios de cozinha para o lugar de onde havia retirado e então saí da caverna para observar o dia enquanto esperava os trabalhadores se preparem para partir. O aroma de terra molhada ainda estava no ar. Podia-se ouvir alguns pássaros cantando e o céu agora já estava quase sem nuvens. Uma vez que os três irmãos estavam preparados para partir, continuamos nosso caminho.

Depois de um certo tempo caminhando chegamos a um local não muito agradável. Uma ponte de cordas alinhava o caminho a se seguir, porém seu estado era deplorável. A ferramenta de travessia estava em péssimo estado, podendo romper a qualquer momento. Existia a possibilidade de darmos a volta na ponte, mas essa opção parecia deixar os trabalhadores desconfortáveis. – Me deem um minuto. Eu vou pensar em algo. – Disse aos três irmãos. Me aproximei da borda e reparei que era muito profundo para que eu pudesse descer os três e depois subir novamente. Me virei na direção dos três e avaliei-os. Provavelmente eram muito pesados para que eu tentasse carregar eles até o outro lado saltando. Me voltei a ponte e avaliei seu comprimento. – Acho que pensei em algo. – Anunciei. Me movi alguns metros para o lado esquerdo da ponte, de uma maneira que era possível ver o outro lado do caminho. Comecei a fazer alguns selos e então, estendendo meu dedo indicador para o outro lado do penhasco declarei: – Doton: Ganchūsō! – Três pilares quase colados um no outro saíram de baixo dos meus pés e foram em direção ao outro lado do abismo. – Acho que isso vai ser suficiente. – Finalizei confiante. – Esperem um minuto enquanto eu me certifico de que é seguro – Adverti os três. Após atravessar a estrutura e julgar firme o suficiente para que atravessassem, me juntei a eles e permiti que eles seguissem, porém um por vez. Enquanto eles seguiam adiante eu esperava atrás deles, caso algum imprevisto viesse a acontecer.

Técnicas

Spoiler:

Status: 450/379,75
Equipamentos:

Spoiler:

Depois de ter criado a nova "ponte" pude ouvir aplausos. Surpresa, me virei para ver o que acontecia. Pelo que parece dois deles estavam alegres com meu desempenho. O que não me surpreendia nem um pouco era o terceiro irmão ficar com a mesma carranca de sempre. O último, sem enrolações, simplesmente se colocou em direção ao outro lado da ponte, mas pelo que parece ele não tinha muita habilidade nem mesmo para andar. De um minuto para o outro ele quase foi parar no fundo do abismo. Sua sorte foi que tinha reflexos o suficiente para escapar da morte. De alguma maneira ele conseguiu se segurar com sua picareta na construção de pedra, mas eu diria que ele não suportaria por muito tempo. Os dois irmãos restantes correram até ele e começaram a gritar por mim quando não conseguiram o ajudar. Impaciente por alguém conseguir tal proeza em uma ponte daquela largura bufei, mas me coloquei rapidamente a caminho do trabalhador. Não tinha muito tempo para pensar ali, era uma situação que seria necessário agir com mais instinto do que com a cabeça. – Vocês dois, atravessem! – Exclamei firmemente aos outros dois irmãos – Kage Bunshin no Jutsu – Anunciei após alguns selos rápidos. Com uma nuvem de fumaça quatro clones meus apareceram. – Rápido, precisamos traze-lo para cima! – Exclamei. Com minhas intenções já na cabeça, meus clones agiram como deveriam. Um deles agachou e pegou outro pelos tornozelos para alcançar o homem, enquanto eu e os outros dois clones segurávamos o primeiro para que ele não caísse. Quando o clone que se ligava ao trapalhão sinalizou que estava tudo certo, nós três puxamos com toda nossa força para que ele ficasse novamente em segurança, ao menos por enquanto. – Obrigada, garotas. – Agradeci meus clones antes de que desfizessem em fumaça. Tudo que ouvi de Zangado fora o som enquanto bufava e exclamava que conseguiria sozinho. Com uma das sobrancelhas arqueada em sinal de desaprovação e com os dentes pressionados eu olhei em direção ao céu, inspirei uma boa quantidade de ar e então expirei, antes de continuar a viagem.

Continuamos caminhando durante algumas horas até quando o sol começava a querer dar espaço para que a lua tomasse o céu. A esse ponto do dia havíamos chegado a uma caverna com uma pequena placa na frente dizendo "Propriedade dos Barriga". Os três entraram na caverna para começar seu trabalho quando de repente voltaram correndo aos berros. Um urso. – Ótimo. As surpresas não acabam. – Ironizei. Sem muita escolha, me coloquei em direção a parte de dentro da caverna, com uma kunai em mãos. Não que a arma pudesse vir a ser de grande utilidade contra um animal de tal porte, mas já era uma maneira de me colocar na defensiva.

Habilidade

Spoiler:

Status: 450/352,75
Equipamentos:

Spoiler:

Antes mesmo de que eu fizesse meu caminho para dentro da caverna o animal saia dela. Os três irmãos que me acompanhavam simplesmente correram atrás de árvores para se esconderem. Ao ouvir os passos olhei por cima do ombro, ainda tendo visão do animal e da paisagem atrás de mim. Naquele minuto eu já estava ciente de que aquela era uma luta somente minha. Com minha kunai na mão eu não me movimentava. – Calma garoto... A gente não quer te machucar – Eu relutava em dizer, já me preparando para um possível recuo. A situação agora estava pior do que ocorrera na missão anterior. O animal então liberou sua ira. Com somente eu como alvo ele correu em minha direção. Parece que os animais não gostam muito de mim. Mentalizei em tom de ironia. Flexionei os joelhos e saltei para trás em direção ao galho mais próximo. – Vou tentar despistar o urso. Se mantenham em segurança! – Gritei para os três homens. Rapidamente guardei minha kunai na bolsa de equipamentos e saltei novamente, mas dessa vez para 15 metros de distância do urso, no chão. Minha intenção era fazer com o que me visse e me seguisse. Eu não tenho muitos conhecimentos sobre animais, mas avaliando com o que eu sabia e estava vendo, o animal era quase do meu tamanho e e pesava, muito provavelmente, muitas vezes o meu peso. Considerando isso eu sabia que conseguiria correr, mas eu precisava fazer algo a mais do que correr. Correndo e saltando de um lado para o outro, hora ou outra lançando galhos ou pedras para provocar o animal e não deixar com que ele desistisse de mim, eu tentava pensar em algo.

Após alguns minutos entre saltos e lançamentos eu finalmente pensei em algo. – Se um urso vive por aqui ele precisa se alimentar... Preciso encontrar um lago, um rio ou um riacho por perto. Ele provavelmente ficará cansado logo e oferecer comida e deixa-lo próximo a um local para caçar talvez o segure por um tempo. – Pensei alto enquanto olhava por cima do ombro para ver a fera me perseguindo. Pescar é mais fácil do que caçar um animal maior ou procurar por uma colmeia... Refletia enquanto olhava aos arredores da floresta sempre tomando cuidado para que o animal não me alcançasse.


Status: 450/352,75
Equipamentos:

Spoiler:

Enfurecido pela corrida e saltos que o faziam andar de um lado para o outro, o urso, desistia após tanto tempo perseguindo a menina. Agora, encontrará um lago para descansar e continuar caçando coisas mais fáceis de se atingir. Os mineradores saiam das árvores e Zangado era rispido como sempre. Iam direto para a caverna continuar sua escavação.

Objetivo:

Uma gota de suor descia pela minha têmpora esquerda e escorria pelo meu rosto. Já fazia algum tempo que aquilo estava acontecendo. Saltos aqui e ali, correndo de um lado para o outro enquanto o grande animal corria atrás de mim como um tolo. Depois de um tempo mal parecia que eu corria para me salvar e sim uma brincadeira entre uma pessoa e um animal de estimação. Conforme o tempo passava era possível perceber a impaciência do animal. Alguns minutos mais e quando eu coloquei meus pés em um galho alto de uma árvore o animal simplesmente virou as costas e foi em outra direção. – Parece que ele finalmente se cansou... – Disse a mim mesma por entre um suspiro. Me sentei na ramificação da planta e esperei alguns minutos, observando o urso ir em direção contrária a minha. Assim que julguei ele estar a uma distância segura o suficiente para que eu descesse e ele continuasse seu caminho eu o fiz e me coloquei em direção a onde os mineradores estavam.

Uma vez que o grande animal se fora os três irmãos saíram de seus esconderijos. Enquanto me aproximava deles os observava indo em direção a seu centro de mineração. Nada falei. Ao chegar na mina eu entrei lentamente e avisei-os de que estaria na entrada para evitar que qualquer tipo de imprevisto voltasse a acontecer. Depois de alguns minutos ouvindo mais gritos de uma possível discussão do que batidas de picareta nas pedras eu observei à distância três pessoas se aproximando. De longe eles me lembravam de uma certa maneira os três irmãos que agora trabalhavam na parte de dentro da montanha. Ao se aproximarem o suficiente perguntei o porquê deles estarem ali e eles se identificaram como irmãos de Zangado, Atchim e Dunga. Observando pela aparência eu realmente poderia dizer que eles eram parentes, mas nunca se sabe. Eles se identificaram como Mestre, Dengoso e Soneca. O primeiro me pareceu um tanto amigável, usava um par de óculos e era quem mais falava dentre os três ali presentes. O segundo era um pouco quieto mas muito gentil até onde consegui perceber, enquanto o terceiro parecia não ter dormido noite passada. Era possível ouvir um bocejo a cada dois minutos. Mesmo eles dizendo que eram irmãos eu ainda assim precisava averiguar tal informação. Chamei um dos três que agora trabalhavam para que confirmasse a informação que me fora passada.

– Que família... Anunciei a mim mesma uma vez que todos estavam dentro da caverna. Quando os outros três se reuniram aos três primeiros pudera ser notado um grande aumento no ritmo de trabalho deles. O barulho do tilintar do metal contra as pedras era frequente e alto. Mal se ouvia uma palavra vindo do interior da montanha. Uma vez que tudo parecia certo eu me preparava para fazer meu caminho de volta a vila.

Status: 450/352,75
Equipamentos:

Spoiler:

Admirável, os passos da kunoichi a guiaram de volta para a Folha. O caminho, enfeitado pelo belo canto dos pássaros, era calmo tendo sua ultima e única preocupação no cruzar da ponte de pedras, porem, era feito facilmente.

Missão Finalizada.