I. Mancada Divina!
Acordou com sua mente enevoada, totalmente sem saber onde estava ou o que estava fazendo. Sentia os sedosos lençóis, uma cama que mais parecia feita de nuvem de tão macia, o cheiro de suor e de sua própria semente putrificada. O teto era alvo e tinha algumas gravuras bem luxuriosas, as conhecia, identificara sua própria caricatura em algumas delas, era bem famoso nesse âmbito, mas não estava sozinho naquela cama, existia um outro peso ao seu lado, mais leve do que o seu próprio, mas estava fraco demais para erguer a cabeça, ficou ali deixando sua mente se organizar.
As primeiras lembranças foram as dos gemidos, alguns graves outros agudos, o cheiro de suor que se espalhava pelo saguão...Saguão? Sim, saguão! Era uma festa, com pouca luz, muitos gemidos e regada de vinho.
Foi como um raio atravessando o horizonte quando tudo voltou a sua cabeça.
A música alta e os risos descontrolados eram a marca registrada das festas de Dionísio. Os deuses gregos se embolavam no meio do saguão, nos muitos quartos da casa do deus do vinho e de seus banheiros. Ah os banheiros! Príapus adorava os banheiros! A oportunidade de gemer baixinho ou alto, compartilhar o cheiro de suor apertado num cubículo com poucos metros e posições limitadas. Adorava desafiar sua criatividade em lugares assim. Afrodite fora a primeira, depois as suas servas, Dionisio e seus servos vieram depois. O semen era espalhado por todo o saguão o cheiro característico da purificação rápida dos espermatozoides por todo o canto. Vinho! Vinho por toda a parte! Nas togas, nos corpos, no chão, nas mesas, eles brotavam até mesmo das videiras que circundavam cada uma das colunas da casa de Dionísio! Mas de todos os deuses havia uma que não deveria estar lá: Hera! A esposa real, a perfeição imaculada dos matrimônios, a defensora da fidelidade e harmonia do lar. Definitivamente Hera não se encaixava no quadro de prevaricações da festa, para começar a matriarca era contra aquela infidelidade toda e a maioria dos que ali estavam eram casados com algum outro irmão, a família era uma verdadeira confusão. Não se sabia de quem era realmente parente, talvez por isso eles fossem tão desestabilizados.
A matriarca divina estava vestida para matar e há tempos ela permeava a mente do deus da fertilidade de genitália desculmunal, talvez fosse o fato de ninguém além do rei dos deuses tê-la tocado, tinha o titã Cronus, mas este não contava, já que agora não passava de um eunuco, mais um motivo para manter-se longe da mulher, Zeus tem uma precisão cirúrgica quando se trata de fazer remoções de genitália, se ele fosse um cirurgião bem que poderia ser indicado para as cirurgias de mudança de sexo.
Dionísio e Afrodite aproximaram-se com risos em excesso e o proporam um desafio: ”Mesmo Príapus não conseguiria levar Hera para a cama”.
Espantado com a lembrança, Príapus enfim recuperou as forças para investigar o corpo ao lado do seu. Espantado viu as madeixas encaracoladas e a pele bronzeada, os olhos verdes ao pouco abriam-se seguindo de um grito que todo o Monte Olimpo ouviu.
Naquele momento teve a certeza de que teria o mesmo destino de Cronus, seus treze quilômetros de genitália já eram!
II. Punição Divina!
O Monte Olimpo chacoalhava com cada um dos berros do deus do trovão. No geral Zeus era totalmente temperamental seu humor mudava de acordo com o tempo e por isso era muito imprevisível.
Príapus foi levado a julgamento público naquele mesmo dia, ainda estava com uma ressaca insuportável, mas naquele momento tinha de segurar firme seu pênis, estava certo que Zeus arrancaria ele.
O julgamento começou e algumas testemunhas foram chamadas, todos, inclusive Dionísio e Afrodite, que não comentaram nada a respeita do desafio, afirmaram que o deus da fertilidade era culpado, não que isso fosse necessário, pois existem poucas pessoas, poucos deuses, poucas criaturas, que causam o mesmo estrago que a lança de Príapus.
Teria sido um verdadeiro desastre, caso a própria Hera não tivesse se pronunciado. Denunciou as traições do marido enumerando-as uma a uma, incluindo a da noite anterior, motivo pelo qual a deusa estava na festa, já cansada de sua galhada divina.
E sugeriu uma pena menos rigorosa: ”Que seja destituído de sua divindade e mandado ao mundo mortal!”
III. Queda Divina!
Priapus caiu, caiu e caiu eternamente. Aparentemente a queda do Olimpo durou uma eternidade, mas quando enfim alcançou o chão foi no jardim de um maníaco, presentinho de Zeus, e adivinha? Ele não veio sozinho.
O maníaco o achou tão lindo, tão sensual, tão divino que o trancou dentro do subterrâneo de sua mansão, era o filho mais velho do Daimyō do País do Trovão e era conhecido por suas orgias, mesmo com seu pai tentando evitar escândalos.
Os primeiros dias foram incômodos, sem seus poderes não passava de um humano comum. Mas o sexo era familiar e permitiu-se entregar ao prazer, ao delírio, a luxuria.
Existiam alguns problemas a considerar, Príapus era viciado em sexo e como parte da maldição de Zeus começou a ter delírios, delírios de prazer, luxuria, orgias…As vezes era uma mistura de sua atual situação com o que vivia no Olimpo, às vezes era algo que nem acontecera, com feras estranhas, com criaturas nefastas, com métodos incomuns, estava tudo dentro de sua mente e por vezes ele se perdia dentro dela.
Priapus foi a atração da casa de Suzuko durante um ano inteiro, até que seu pai decidiu que teria de pôr fim aquela palhaçada antes que se tornasse um escandalo, contratou a ANBU de Kumogakure para eliminar seu próprio filho, parte dos jogos de poder dos humanos, que era muito parecido com o dos deuses.
Os ANBU’s assassinaram todos, mas para sorte de Príapus ele era um deus grego, um deus grego destituído, mas ainda assim um deus grego, sua sensulidade conquistou o líder dos ANBU’s e ele saiu ileso.
IV. Shinobi Grego!
Príapus foi levado para Kumogakure onde aprendeu sobre o mundo em que estava, Zeus fizera questão dele ir para um lugar onde não o reconheceriam. Decidiu que ser ninja seria uma ocupação divertida, além do mais, fora das dependências de Suzuko ele não teria comida e bebida de graça.
Inscreveu-se na academia com uma idade que achou mais plausivel, já que sua real idade causaria espanto a todos.
Teve certa dificuldade no início, mas no fim conseguiu graduar-se em um teste simples da academia demonstrando os jutsus básicos e indo além com seus genjutsus criativos, encantou o sensei da academia e passou uma noite quente em seus braços.
Assunto: Slave Desire e.e 
10th novembro 2015, 8:41 am
