[Rank C] Eurus - O Jovem Piromaníaco

Era um dia aconchegante para se ficar em casa, nem tão frio nem tão quente, agradável, se me permite dizer. As janelas ora ou outra eram movidas pela brisa, se chocando vagarosamente com o molde ao redor, as cortinas também aproveitavam o clima, dançando conforme o som do vento. Quanto a mim, bem, me contentava ao conforto do sofá, da cama, ou qualquer lugar onde pudesse encostar e me aconchegar, tal repouso geralmente durava por longas tardes. Ser só mais um Genin no meio da multidão era o que me proporcionava isso, nunca haviam tarefas ou missões, desfrutar o ócio preenchia meu tempo. O som seco que vinha do lado de fora pôs-me em alerta, jurei, a princípio, ser aquilo fruto de minha imaginação, ou talvez tivesse julgado errado a origem do ruído. Uma missão justo agora, enquanto tenho esses pensamentos? Só poderia ser o castigo divino. Levantei e encarei a porta, prestes a sentir o ardor da punição corroendo meu corpo e minha mente, já imaginando que haveria um homem de feições simpáticas para me delegar alguma coisa sem importância alguma e como sempre, eu estava certo. O pedaço de papel, antes dentro de um envelope, me informava algumas coisas, fatos ocorridos anteriormente que tornaram minha presença necessária, coisa que não dei muita importância, fiz apenas uma leitura dinâmica e me atentei ao fim do conteúdo, a parte que indicava o local onde eu deveria ir. Não havia coisas a se pegar ou a fazer antes de sair, já tinha minha bolsa de armas amarradas na coxa e os trajes usuais vestiam meu corpo, tudo que fiz: partir ao meu destino, sem paliar.

hp: 450 ck: 400

um pouco importante:

Um odor desagradável pairava sobre o ambiente, não era como o cheiro aconchegante de casa, me fazia sentir, de alguma forma, deslocado. Conforme avancei percebi o motivo de tal cheiro, o rapaz referido na missão e lá estava ele, diante de mim, distraído com seu novo poder, envolto pela sua própria admiração. Tinha uma oportunidade de acabar com tudo de uma vez por todas, é claro, bastaria explodir seus miolos com um selo bomba, mas isso não era uma coisa garantida, não me restava outra abordagem senão a estúpida.

—— Ei garotinho, que poder fantástico você tem aí, não é mesmo? —— fitei-o, mesclando um sorriso amigável ao meu rosto de desprezo usual, como fazia perante a qualquer um.

hp: 450 ck: 400

um pouco importante:

Por mais entediante que fosse essa missão o garoto conseguia me cativar, de certa forma, seu entusiasmo a respeitos dos próprios poderes era convidativo, como se fosse algo patogênico. O brilho em seus olhos não era somente do fogo que ardia na madeira firme, mas da sensação momentânea de poder, devo admitir já ter sentido-a vez ou outra, é como estar no controle de tudo, os insetos desprezíveis não entenderiam, tão apegados a suas falsas noções de ética, moral e valores supérfluos. Aquela criança não me dava motivos sequer para torna-la minha inimiga, não podia sentir desprezo por ela, mesmo que tentasse. Ela pode ter matado alguns? Provável, mas como isso poderia ser culpa dele, tão jovem, tão inocente, o poder corrompe até mesmo os mais experientes, bastaria alguém para guia-lo ao caminho correto.

—— Porque não? —— respondi a ele —— Aliás, posso ajuda-lo, a controlar, a entender. Deixe-me que seja seu amigo. Sou Porpora, diga-me, qual o seu nome? —— concluí, não mais tendo a expressão negativa de antes.

hp: 450 ck: 400

um pouco importante:

O garoto ainda seguia entusiasmado com seu poder, porém a cegueira que isso causava a ele mesmo era danosa, se fosse outro já teria acabado com sua vida, por sorte sou eu quem cuido disso. Ergueu-se contra mim novamente, confiava demais naquele poder específico, como se algo tão insignificante pudesse garantir sua sobrevivência, minha admiração pelo mesmo esvaia-se, pouco a pouco.

—— Oh, se tem algo que você precisa aprender —— me referi a ele em meio ao seu ataque, aproveitando para levantar um muro de pedra em minha frente para bloquear o ataque —— é que existem muitas coisas das quais você não sabe e essas outras coisas são mais que suficientes para sobressaírem diante do seu fogo.

Após o bloqueio tinha ainda outra coisa que eu queria mostrar a ele, uma exemplificação de como a mente do utilizador era mais valiosa que a técnica em si.

—— Se confiar cegamente em seu poder, sem levar em consideração as infinitas variáveis que o cercam, acabará —— nesse momento parei brevemente minha fala, para fazer o selos necessários e repetir minha técnica anterior, erguendo um muro abaixo da criança, para desequilibra-la e tentar acertar um soco em seu rosto —— por ser derrotado.


hp: 450 ck: 400 280

um pouco importante:

O soco, que não fora nem perto de forte, parecia ter colocado no lugar a cabeça daquele rapazinho, parecia um um fim adequado para a missão, ao invés de ter simplesmente o matado. Conduzi o até sua casa, que coincidentemente ficava em Konohagakure, apenas o deixando ir sozinho, já que o mesmo disse lembrar o caminho. A tarefa fora cumprida, não restava outra coisa senão voltar para casa e dormir.


hp: 450 ck: 280

um pouco importante: