[Rank D] Fuka

Era mais que óbvio que as primeiras missões não passassem de tarefas fúteis que apenas contribuíssem para alguns indivíduos da aldeia, nada que realmente exigisse das habilidades de um shinobi seria colocado em jogo.

A jovem levantou cedo aquela manhã, acompanhou a densa névoa que sempre esteve cobrindo a região e prosseguiu diretamente ao posto de missões da aldeia; já tinha em mente o que lhe aguardava por ali, sendo assim não se deu ao luxo de enrolar.

– Recolher ervas? – Observou o pergaminho que havia recebido até então. Sobre as escritas deste haviam as instruções de sua tarefa. Ela não questionou momento algum o trabalho que havia recebido, pelo contrário, admirou a listagem de tudo e prosseguiu. Encontrar ervas nos terrenos da aldeia seria uma tarefa complicada, mas por sorte poderia encontrar o que precisava nos campos da aldeia. A agricultura na região poderia ser fraca, porem nunca foi inexistente.

A experiência que possuía com a coleta era básica, para a mesma tudo o que precisava fazer era retirá-las do solo, juntar o suficiente e então levar diretamente para o restaurante. Esplêndido, concluiu sua tarefa rapidamente seguindo suas próprias regras; nem ao menos sujou suas mãos para isto.

Carregando as ervas prosseguiu para concluir sua entrega, algumas ainda dotadas por suas raízes, algumas plantas inúteis e até mesmo pedaços de capim; sua experiência era nula sobre o assunto. Sem pestanejar as deixou sob os cuidados do anfitrião do restaurante e partiu para repassar o relatório de sua missão.

Missão I:

___________________________________________________________________________________________________

É de se esperar que de inicio apenas recebesse tarefas inúteis e sem propósito algum com o mundo, faria apenas favores para certas pessoas da aldeia e ficaria por assim. Engraçado imaginar que qualquer shinobi com um pouco de prestígio um dia teria passado pela mesma situação, isso fazia com que um sorriso se abrisse diante os lábios de Fuka.

Sua obrigação seria encontrar um gato, afinal sua dona não passava se uma irresponsável sem ocupação alguma. A jovem não se doía por ter de prestar serviços a sua aldeia, mas por ter de resolver problemas fúteis. – Maldito gato... – Praguejava enquanto ainda andava pelas poucas vielas que havia sobre a região. Encontrar um gato em meio a toda aquela névoa seria complicado, ainda mais quando se tem problemas na visão e depende totalmente de óculos.

Já prosseguia por mais de vinte minutos em busca do bichano, estava ponderando desistir de sua tarefa tola, eis que sobre uma das construções paradas que havia sob uma pequena rua da aldeia um vulto percorreu uma viga de maneira. Sua atenção foi rapidamente retomada, onde retirou seus óculos e os desembaçou para que conseguisse obter maior visão. Seguiu mais uma vez o vulto que ainda corria pelas estruturas e concluiu que se tratava de um felino.

Não tinha certeza se era o seu gato, mas precisaria recolher o tal para que tivesse maior conclusão. Semicerrou seus olhos, flexionou seus joelhos e impulsionou-se com seus calcanhares, assim efetuou um salto, batendo seu carpo destro sobre a viga de madeira e seguidamente se guiando até o topo das construções por onde o animal corria. Seguiu o tal, debatendo seus solados diante dos telhados até que conseguisse alcançá-lo.

Durante exatos oito minutos manteve a perseguição, até que finalmente conseguiu recolher o peludo no primeiro vacilo que ele deu ao tentar escalar um muro um pouco maior. Agarrou o tal pela pele de sua nuca, levando-o assim até a sua dona, a qual nem ao menos deu o trabalho de repreender por não cuidar de seu animal de estimação. Dona My agradeceu e tudo o que Fuka fez foi lhe acenar com a própria cabeça em consentimento, logo retornando para prestar seu relatório.

Missão II:

___________________________________________________________________________________________________


Adivinhe só, mais tarefas fúteis. Desta vez recolheu um pequeno pacote ao posto de missões, se trataria de uma entrega, ao simples que seria realizado dentro do território da aldeia. Junto ao pergaminho partiu pelas ruas, guiando-se apenas pelo seu conhecimento do local.

A nevoa retardaria os passos da jovem, mas para ela isso jamais fora um empecilho, afinal havia passado sua vida toda pela região. Segurando o pacote em sua mão direita percorria as alamedas de Kirigakure, saltando por muros e até mesmo construções, tudo na esperança de que chegasse mais rápido para concluir sua entrega.

Havia pacientes feridos que aguardavam seus medicamentos, e a escassez de certos medicamentos fazia com que a mesma repensasse sobre o sistema de saúde da aldeia. Alguém com algo terminal poderia aparecer, assim exigindo de algo imediato. Deixar alguém morrer por falta de infraestrutura é realmente horrível e deplorável.

Rapidamente chegou ao local, correu para dentro do prédio que constituía o hospital e andejou pelos corredores deste em busca de algum ninja médico.

Não tardou para que encontrasse alguém, sem questionar ela os entregou o pacote com as medicações e apresentou o relatório da missão. Sob o agradecimento do Iryou-nin retomou ao posto de missões.

Missão III: