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| [RANK C] Poppy | |
| | Autor | Mensagem |
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Poppy Genin - Konoha
Função : MODERADOR Mensagens : 41 Pontos por atividade. : 59 Reputação : 0
Ficha Shinobi HP: (450/450) Chakra: (550/550) [NPC] Experiência: (0/0)
| Assunto: [RANK C] Poppy 2nd junho 2017, 5:03 pm | |
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Uma semana tinha passado desde os meus contributos para a vila. Os meus pais tinham ficado orgulhosos por ter feito o que fiz, era algo de ninja, sem dúvida. Para além disso, ficaram ainda mais contentes por ter levado o dinheiro para casa, decerto iria fazer muito jeito. Não éramos ricos e todos os dias dinheiro saía daquela casa, então aquele pouco dinheiro extra iria fazer muito bem. Passei uma semana a treinar, elevando um pouco o nível para que pudesse aprender algumas técnicas novas. Tinha aprendido uma com a minha mãe que me permitia detetar chakra dentro de uma área limitada por mim, o que era muito bom, estava a começar a aprender a sua uma kunoichi sensorial. Conseguia fazer um clone e outro de vez em quando, e não eram apenas clones ilusórios, eram clones reais, com volume, pensar próprio, entre outras coisas. A técnica mais ofensiva que tinha aprendido era básica, que dependia do meu nível e do nível do adversário, então ainda não a tinha experimentado nas melhores condições. Hoje era dia de descanso e de tentar a minha sorte novamente, passeando pela vila. Talvez conseguisse algo para fazer como da outra vez, tendo a esperança que, desta vez, pudesse ir numa missão mais difícil e com algum risco de confronto. Mal saí de casa, pude ver a chuva forte cobrindo toda a vila e molhando todo o chão, criando poças de água em zonas irregulares do pavimento. Conseguia ver os flashs de luz da trovoada. — Nossa, que medo. — disse, logo após ouvir o estrondo causado por um relâmpago. Apesar de ser uma kunoichi, não era diferente das outras crianças, eu tinha medo da trovoada. Não estava muito quente, talvez uns oito graus, então de repente surgia um arrepio que movia todo o meu corpo. Era uma manhã típica há já algumas semanas, infelizmente. Contudo, caminhando junto aos edifícios, podia fugir ligeiramente à chuva, mal me tocando. A maior parte tinha uma faixa saída para fora para que permitisse às pessoas circular sem se molharem em dias de chuva. Alguns, com capas impermeáveis e até mesmo os ninjas, circulavam por qualquer lado, afinal, estes últimos, tinham que se sacrificar até pela coisa mais mínima. Um deles veio ter comigo, parecia conhecer-me, pelo menos sabia o meu nome. — Poppy, certo? — perguntou ele, puxando a conversa para algo que parecia ser importante. — Sim. — respondi de um jeito tímido, colocando as mãos uma sobre a outra pela altura da cintura. Ele sabia mais sobre mim do que eu julgava que um homem daquela idade podia saber, comecei a ficar comigo, mesmo ele sendo um ninja. O que será que ele queria? Se ele usasse aquela técnica da mamãe, eu não sequer podia imaginar o que ele conseguiria fazer comigo. Decerto que nem todos eram como ela, mas sei lá. — Os seus serviços médicos são necessitados no país do chá. — introduziu, captando a minha intenção e fazendo os pensamentos horríveis saírem da minha cabeça. — Por quê? — perguntei, timidamente. Ele explicou-me que tínhamos uma base aliada no país do chá que tinha sido atacada recentemente por um grupo de ninjas e todo o vilarejo tinha sido destruído. Muitos ninjas tinham sido mortos e outros estavam feridos. Eu, assim como outros ninjas médicos, escoltados por outros ninjas de cargos superiores devíamos ir até lá e salvar o número máximo de vidas que fossem possíveis. A partida era em poucos horas e devia preparar-me, podia nem voltar para casa hoje. Uma hora passou tão rápido que pareciam cinco minutos. Mal tinha tempo para arranjar as minhas coisas. Deixei um lembrete na mesa da entrada sobre a minha missão. Peguei na minha mochila, onde coloquei algumas coisas essenciais, alguma comida, na base de água e snacks e uma roupa para trocar, caso fosse necessário. Prossegui para o ponto de encontro indicado, o portão norte da vila. Estava com algum medo e nervosismo, apesar de tudo era a primeira vez que passava dos arredores da vila sem os meus pais. Eu estava acompanhada por um grupo de ninjas, alguns médicos outros Jonins, mas não os conhecia e eu era a única garota ali, sempre pensava no pior e no melhor das coisas. E, para piorar, eu era uma criança, nem sequer imaginava como poderia me defender de tantos assim. — Você está bem? — perguntou um dos Jonins que ia bem perto de mim, parecia bastante atento a mim. Tinha que me concentrar. — Sim. — respondi, com convicção. O Jonin sorriu para mim e a abrandou a marcha, indo a meu lado. Aquilo me deve uma certa segurança e conforto, apesar de não me sentir bem com tanta proximidade. — Não tema, a primeira missão é sempre a melhor. — disse, sorrindo para mim. Aquelas palavras foram algo que reconfortantes, mentalizando-me cada vez mais do que tinha que fazer ali. O caminho até ao país do chá era baseado em floresta mais floresta, mas não era nada agradável andar a saltar de ramo em ramo com aquela chuva, escorreguei várias vezes e, ainda para mais, molhava-me cada vez mais quando tocava numa árvore em que as folhas tivessem mais baixas. Toda a água da chuva acumulada nas folhas caía sobre mim e, mesmo com a capa impermeável e o manto, o meu corpo parecia estar melhor. Talvez fosse só do frio. Não foi uma viagem muito longa, até porque fomos com pressa. Cada segundo que chegássemos mais tarde, podia ser uma vida perdida. Aquele pequeno vilarejo estava completamente devastado. Parte das casas tinham sido destruídas, ficando apenas as estruturas internas que faziam o seu formato. Roupas rasgadas pelo chão, poças de sangue, materiais destruídos, equipamentos ninja por todo o lado, entre mais uma infinidade de coisas que só dava para imaginar o terror do local. No centro, via-se um monte empilhado de corpos com várias pessoas chorando em volta, crianças, mulheres, homens, idosos, ninjas, acho que tinha de tudo ali. Certamente aquilo não era local para uma menina de oito anos, mas eu era uma kunoichi e, nesse caso, aquilo era lugar para mim. Um homem, que parecia ser o responsável pelo lugar, se aproximou, falando com o responsável pela escolta e falando também com o responsável por todos os ninjas médicos. A conversa não demorou mais de dois minutos, cumprimentaram-se, trocaram algumas palavras e o ninja médico aproximou-se do grupo. — Médicos por aqui. — afirmou, assumindo a frente como guia. Levou-nos para algo que parecia um armazém, mas estava a servir como dormitório para feridos. Vários ninjas estavam deitados por lá, alguns pareciam estar bem, até mais ou menos meio do armazém, a partir daí, já precisavam de ser assistidos. Por sinal, não eram muitos. Eles tinham alguns ninjas médicos por lá que, mesmo com os ferimentos, conseguiram ajudar no tratamento dos companheiros. — Poppy-san, você fica com este. Aqui está a ficha dele. — disse o responsável, me dando um papel para a mão. Ele tinha perdido muito sangue do braço, que estava inflamado e negro, o sangue parecia não passar do cotovelo para baixo, talvez por algum osso partido. O ninja estava acordado, então me deixou analisar. Comecei a apalpar o braço para baixo do cotovelo, ele não conseguia mexer, nem sequer sentia algo ali, mas sangrava muito. Não tinha nenhum osso partido, nem nenhum músculo deslocado, então talvez o problema fosse no cotovelo. Comecei a apalpar novamente e a olhar meticulosamente, quando reparei que, na parte de dentro do cotovelo, tinha um corte enorme e profundo, que o fazia sangrar. Toda a camada da pele tinha sido rasgada e perfurada, assim como o músculo, a carne, três veias e todo o tecido nervoso dali para baixo tinha sido cortado. Por esse motivo é que ele não conseguia mexer o braço, os nervos não tinham como responder e o braço dele estava mais frio que o resto do corpo, pois o sangue não chegava. Não tinha outra solução que não fosse amputar-lhe o braço, pois se ele continuasse a sangrar daquela maneira, não passaria da hora de almoço. Tinha que cortá-lo um pouco acima do cotovelo, talvez num futuro próximo pudesse pôr uma prótese. Aproximei-me do responsável para lhe contar o que tinha que fazer. — Yuto-sensei, aquele ninja precisa de uma amputação. — contei-lhe, para mantê-lo informado. — Entendo. Conte-lhe. Se ele não reagir bem, sede-o de imediato. — aconselhou-me Yuto, o responsável por todo o setor médico. Aproximei-me de novo do ninja ferido, contei-lhe sobre o que eu teria que fazer. Ele entrou em pânico, ficou irritado e começou a disparatar, não querendo que eu, uma criança, o operasse. Aquilo, por sinal, não melhorou a minha auto-estima ou sequer aumentou a minha confiança. Um grupo de ninjas médicos aproximou-se para me ajudar, sedaram-no de imediato e ajudaram-me com a operação. Mantiveram a aura verde medicinal sobre ele, para que ficasse estável durante toda a operação. Fazer uma amputação não era algo fácil e era preciso alguma certa experiência, algo que eu não tinha. Contudo, todos os médicos ali presentes olhavam para mim, nenhum deles parecia interessado em fazer aquele serviço. Coloquei uma corda acima de onde ia fazer o corte, para parar o fluxo de sangue. As minhas mãos, cobertas pelas luvas médicas, tremiam por todo o lado. A minha mão direita tremia enquanto segurava o bisturi com cuidado, enquanto a outra puxava a pele de forma a que pudesse ser cortada sem problemas. Eu estava a tremer tanto que as minhas orelhas não conseguiam segurar a máscara e ela acabava sempre por quase cair. O mesmo médico aproximava-se sempre para a colocar direita e me acalmar. Não parecia estar a resultar, mas eu tinha que começar. Comecei a usar então a cortar com o bisturi, fazendo logo um corte em volta de todo o braço. Repeti esse movimento várias vezes, até que chegasse ao osso. Um companheiro trouxe-me então uma serra, que eu usei de imediato para cortar o osso. O homem mal jorrava sangue, estava tudo bem até então. O primeiro passo era ligar veias e artérias, de forma correcta, para evitar hemorragias. Era um processo simples, só tinha que ter cuidado para não ligar uma veia a uma artéria, ou iria ter mais complicações. Conforme as coisas fluíam, os meus nervos pareciam desaparecer, talvez por estar concentrada naquilo que estava a fazer. Faltava rearranjar os músculos e a pele para que, no futuro, uma prótese pudesse ser colocada. Assim fiz. A cirurgia estava quase terminada, coloquei pomada de infeção na zona da cirurgia, para que evitasse essa complicação que poderia tornar tudo muito grave. Faltava só fechar a ferida com os curativos. Peguei um pouco de adesivo cirúrgico e o coloquei na ferida, coberto de ataduras para evitar que algo chegasse à ferida. O homem parecia estar bem. Os médicos ficaram por mais alguns minutos, mantendo a aura verde nas mãos de forma a poderem mantê-lo estável. Fui beber um pouco de água e recuperar da cirurgia. Tinha durado uma hora e era bem mais cansativa do que eu imaginava. Estava exausta, mas ainda tinha trabalho a fazer. Enquanto os meus companheiros observavam aquele ninja, eu fui ver sobre os outros e ajudar os que precisavam. Haviam mais uns quantos a precisar de serem operados, mas, sendo eu uma médica que seguia os protocolos, não podia fazer mais uma operação por dia. Então, o máximo que poderia fazer era ajudar na estabilidade do paciente. O homem que tinha operado recuperou bem, mas acordou um pouco transtornado e irritado com o sucedido. Tinha que se habituar à ideia e, por sinal, não tinha mais dor nenhuma no braço, para além das dores implicadas pela cirurgia. O dia seguiu, foi um dia muito trabalhoso e acabei por participar em mais algumas quantas cirurgia. Uma operação a um olho, outra a dentes, a uma perfuração no peito, entre outras mais simples, mas que acabaram por salvar vidas. Fizemos uma análise aos ninjas que não estavam tão feridos quanto estes para, de facto, verificar estas conclusões. Não havia nada a mudar nas análises já feitas, tudo estava certo. A missão para aquela dia estava feita, ninguém tinha perdido a vida e tínhamos salvo a vida de muitos ninjas que poderia ser importantes para outro ataque aquela vila. Certamente mais reforços chegariam. Decidimos passar a noite por lá, de forma a poder estar perto dos pacientes operados para o caso de existir algo com eles. Uma reação que não fosse positiva e pudesse levar a complicações futuras. A noite foi pacífica, tudo correu bem. Acordamos de madrugada para voltar para a vila, o nosso trabalho ali estava cumprido. Missão realizada: Resgate aos Aliados. Status; intactos. Equipamentos ninja; completos. - EQUIPAMENTOS MÉDICOS:
— Seringa; completo. — Agulha; completo. — Bisturi; 9. — Pinça; completo. — Tesoura; completo. — Fio de sutura; completo. — Pomada para infecção; 0. — Par de luvas médicas; 9. — Máscara cirúrgica; 9. — Ataduras; 7 centímetros por 9,5 metros. — Adesivo cirúrgico; 4,6 centímetros por 3,6 metros.
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| | | Awashi Sannin - Konoha
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| Assunto: Re: [RANK C] Poppy 2nd junho 2017, 7:17 pm | |
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| | | Poppy Genin - Konoha
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| Assunto: Re: [RANK C] Poppy 2nd junho 2017, 8:36 pm | |
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Umas semanas se passaram desde aquela missão exaustiva no país do Chá. Percebi nessa missão que ainda não era boa o suficiente, precisava de treinar mais e mais, para ficar mais confiante, forte e ser mais útil para os meus companheiros. Fiquei a treinar por todas essas semanas, aumentando cada vez mais a intensidade do meu treino. Eu queria ser melhor, eu precisava disso, mas, primeiramente, precisava de uma mudança na minha forma de ser. Precisa de ser mais confiante de mim mesma e não tão insegura, mas isso não parecia possível. Saí mais um dia à rua, mais uma segunda-feira e mais uma manhã chuvosa. A chuva parecia não parar, Konoha parecia estar a ser vítima de um dilúvio religioso. Já até tinham ocorrido algumas inundações em casa e, acima de tudo, o campos de plantações estavam todos estragados devido ao excesso de água. A chuva precisava de parar urgentemente, não que a mim me fizesse diferença, mas à vila. Como todos os dias, eu passeava pela vila, com a esperança de encontrar algo para fazer, mas acho que as coisas é que não tinham mais ninguém para encontrar e me encontravam a mim. Já tinha acontecido isso por duas vezes, então começava a acreditar fielmente nisso. — Poppy-san. Poppy-san. — chamava-me uma voz repetidamente. Era um Jonin, chamava-me de um beco estreito e escondido, fazia sinal para que eu me aproximasse dele. Para que ele queria que eu fosse com ele para ali? Os meus pensamentos maus começaram a surgir e criar mil e uma imagens pouco agradáveis na minha cabeça. Aproximei-me dele, que começou a caminhar ainda mais para o interior do beco. Conforme ia andando, podia ver mais homens ali, eram um grupo de quatro. O meu coração começou a bater com mais força e imagens ainda mais horríveis começaram a surgir.
Sem dúvida que era uma pessimista e muito insegura. Tinha sempre estes pensamentos e nunca nada parecido tinha acontecido comigo, imagina se tivesse. Um dos homens começou a falar comigo. — Poppy, precisamos de você. — disse-o num tom calmo e sério. Os maus pensamentos surgiram, não sabendo exatamente porque, a forma como ele se expressou de nada tinha errado. Era a minha vez de falar. — Pa-para quê? — disse, com receio e com as mãos uma sobre a outra, junto ao rosto. Os meus joelhos já estavam encostados, as minhas pernas tremiam de medo. Quando o homem começou a falar de uma missão, o meu corpo começou parecer relaxar de certa forma e outro tipo de receio começava a surgir. Mais uma vez, iria em missão, mas, desta vez, ficaria pela vila a investigar. Pelo que o Jonin responsável me tinha dito, eles suspeitavam que existia um traidor entre os Jonins da vila. Indicou-me quem era e pediu-me para que começasse a vigiá-lo e os avisasse de qualquer suspeitas. Eles estariam ali, de quatro em quatro horas e eu devia aparecer para informá-los. Caso não, eles iriam começar a procurar e lançariam um mandato de captura mundial pelo Jonin, mesmo que ele fosse inocente. — Por que não escolheram alguém mais especializado para esta missão? — perguntei com inocência. — Primeiramente, por não termos muitos ninjas disponíveis e segundo, por que você é uma criança, então tiraremos partido disso. Ninguém desconfiará de uma criança. — respondeu o responsável, convicto do que dizia e o seu ponto de vista era, sem dúvida, certo. Um por um, foram saindo do beco, para que não desse nas vistas. Um para cada lado, para ser possível ainda maior discrição. Saí um pouco depois deles, calmamente, observando se alguém reparava.
A minha primeira tarefa era encontrar aquele Jonin por aquela grande vila, ainda para mais com a chuva e tudo mais, as pessoas andavam mais juntas e concentradas, então se ele fosse um traidor, realmente, usaria isso a seu favor, pensava eu; decerto que também poderia usar isso a meu favor quando o encontrasse, mas precisava de encontrá-lo primeiro e não estava a ser uma tarefa fácil. O Jonin que tinha falado comigo disse que ele andava sempre por caminhos principais, apenas usando caminhos secundários quando realmente não tinha como andar nos principais. Aquela poderia ser uma missão que levasse dias, mas eu acho que o que levaria mais tempo seria a encontrá-lo. Andei por bastante tempo pela vila, no meio da multidão das principais rotas tentando encontrar o homem. Por coincidência, acabei me esbarrando com ele na frente de uma loja de flores. Ele levava um ramo com ele e foi muito gentil e simpático comigo, me ajudando a levantar. — Obrigada, senhor. — disse eu, fingindo não saber que ele era um ninja ou sequer o nome dele, afinal ele nem estava vestido como tal, o que era logo de desconfiar. Por que eu não estava vestido como um ninja no seu horário de trabalho? Deixei-o afastar-se de mim um pouco, como era de esperar, ele misturou-se com a multidão. Segui-o, não era difícil, ele era um homem alto e vestia roupas extravagantes, notava-se bem entre as pessoas que usavam roupas de cores comuns. Ele pareceu ir até casa dele, entregou o ramo para a mulher ou namorada ou companheira, não sabia ao certo. Podia ver isso tudo pela janela que estava aberta e nem sequer tinha as cortinas corridas. Estava na varanda do edifício em frente, ligeiramente agachada no muro para que não fosse vista.
Fiquei lá por horas, o homem não saía de casa para nada. A minha barriga já começava a roncar, eu estava a morrer de fome e estava quase a chegar à hora de me encontrar com os Jonins. Como eu faria? Se eu saísse dali, ele poderia sair de casa e eu demoraria outra vez uma infinidade de tempo a encontrá-lo. Com tudo, eu sabia onde a mulher dele trabalhava. Ela trabalhava num restaurante ao fundo da rua, então eu tinha um plano, no caso de quando voltasse o marido dela já não estar em casa. Voltei então para onde era suposto me encontrar com os Jonins, comprando o meu almoço pelo caminho e seguindo comendo-o. Quando cheguei ao beco, os Jonins já lá estavam, conversando e aspirando sobre o que podia ter acontecido. Expliquei-lhes que, até então, nenhuma grande atitude suspeita tinha acontecido, a não ser o facto de não andar fardado como um ninja pela vila durante toda a manhã. Os Jonins não ligaram muito para esse ponto, pois, mesmo eles, quando não estavam em missões andavam com roupas mais casuais, então esse ponto não era importante, devia continuar a investigar. Voltei então para o local onde o homem habitava, eram cerca de duas da tarde. Experimentei para dentro de casa pela varanda onde tinha estado antes, ninguém estava lá, pelo menos não na cozinha, nem na sala. Aproximei-me da casa do homem, fingindo que ia apenas a passar na frente, bati as mãos e criei uma barreira de deteção esférica comigo no centro, aumentei a sua zona de deteção para que apanhasse toda a casa. Queria saber se o homem estava lá dentro. Mantive-me lá por alguns minutos, mas não detetei nenhum movimento. O homem não estava lá mais, então iria ter que pôr o meu plano em prática no restaurante da mulher dele.
Desfiz a barreira sensorial e voltei a fazer uns selos de mão, cão, javali e carneiro. O meu aspeto físico mudava para o do marido da mulher, um homem alto e entroncado, de barba grande e negra, assim como seu cabelo. Vestia uma quimono vermelho forte. Tentei imitá-lo na totalidade, inclusive o seu caminhar forte. Caminhei então ao restaurante da mulher e me sentei ao balcão. — Um café, por favor. — pedi, num tom grave, mas educado. A mulher dele estava de costas, lavando a loiça, mas virou-se de imediato. Reconheceu a voz. — Não devias estar com os teus amigos a norte da vila, Kazumi? — perguntou ela, num tom amoroso, mas confuso. Respondi que sim, mas que hoje ia mais tarde. Já tinha informação suficiente, mas não podia sair ainda. Tomei o café e deixei o dinheiro na mesa. Sorte a minha que a mulher não tinha dito mais nada, poderia falar algo que eu não sabia o que responder. Mal saí da visão das janelas do restaurante, desfiz a transformação, não era nada agradável caminhar com uma coisa sempre se mexendo de um lado para o outro. Como será que os homens conseguiam? Eles cresciam com isso, mas enfim. Tomei o rumo à missão, o norte da vila. Era uma área vasta e um pouco relativo, mas já reduzia o meu campo de busca. Procurei-o durante cerca de quarenta minutos, mas acabei por encontrá-los aos quatro, sentados num parque, rodeando uma mesa e jogando cartas. Estavam perto de uma árvore com um tronco bastante grosso, o suficiente para eu me esconder e tentar ouvir a conversa. Afinal, a árvore ainda dava sombra neles, mesmo que não fosse muito por causa do tempo. Pude escutar a conversa deles sobre um objetivo que estava no gabinete do Hokage. Aquilo não era bom, eles não estavam planeando contra o líder, mas queriam algo que ele possuía no gabinete dele, algo que estava pertencia à vila. Aquilo era um crime e eu não podia deixar que eles fizessem isso.
Ainda faltavam umas horas até eu poder voltar a encontrar-me com os Jonins. Então decidi continuar a espiar o homem, para ter algo mais a dizer sobre ele. Uns minutos depois, quando tinham acabado o jogo, os quatro se levantaram e se dirigiram ao portão norte da vila. Era uma caminhada de alguns minutos ainda e eu devia tomar cuidado ou poderia ser pega os seguindo. Procurei sempre andar no meio da multidão, escondido atrás de paredes de becos ou entre árvores ou arbustos. Os Jonins estavam certos, ele era um traidor e nem sequer possuía a aparência que mostrava. Uns minutos depois de cruzar os portões da vila, a aparência dos quatro mudou e eram bem mais jovens do que aparentavam. Juntaram-se os quatro numa clareira, escrevendo no chão com um graveto. Pareciam estar a planear algo. Corri de volta para a vila sem que chamar à atenção, fui até ao beco e o Jonin que me tinha chamado quando estava a passear estava lá. Contei-lhe tudo. — Obrigado, Poppy-san. O resto agora é connosco, já fez o seu trabalho. — respondeu e agradeceu, entregando-me algumas moedas para a mão. A minha missão parecia estar terminada então, mas eu queria saber o fim dela, apesar de tido. Caminhar para casa e fui descansar, por sinal aquela andanças tinham sido bastante cansativos, tinha que estar sempre a correr de um lado para o outro e concentrada. Acabei por cair no sono e tirar um belo cochilo até ao fim da tarde, até pouco antes dos meus pais chegarem. Por sinal, eles sabiam de tudo o que eu tinha feito. O meu pai tinha comandado toda a operação para apanhar esses infiltrados e o Jonin a quem eu tinha contado tudo era um antigo companheiro dele, então, decerto, que eu tinha feito tudo correctamente.
Missão realizada: Traidores. Status; 450 & 490. Equipamentos ninja; completos. Equipamentos médicos; completos.
- TÉCNICAS UTILIZADAS:
- Citação :
Kekkai: Tengai Hōjin Rank: B Requerimentos: Perícia em Ninjutsu. Descrição: Esta técnica cria uma barreira de detecção esférica com o utilizador no centro. Ao comando do usuário, a barreira de detecção pode expandir-se, agarrando tudo na sala. O usuário é capaz de detectar qualquer coisa que se movimenta dentro do espaço da barreira com seu próprio "sentido". O usuário também pode mover-se, a barreira vai segui-lo enquanto se move.
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| | | Awashi Sannin - Konoha
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Ficha Shinobi HP: (1400/1400) Chakra: (1300/1300) [NPC] Experiência: (0/0)
| Assunto: Re: [RANK C] Poppy 2nd junho 2017, 8:37 pm | |
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