[Rank C] Sout - Auxiliar

Citação :

Auxiliar os Estudantes da Academia Ninja
Rank: C
Objetivo: Ajudar na Academia.
Descrição: Você também já foi um pirralho estudante da Academia que sonhava ser um grande ninja. Porém falta muito pra isso, e uma boa maneira de começar, é auxiliar na hora da entrada, no intervalo e na saída da Academia, afinal, são apenas criancinhas, que mal podem te fazer? Encontre um dos senseis, e busque ajuda.

Encontre um sensei na parte de trás da academia.

Mais um início de semana normal na Vila da Folha. O sol lançando os raios de sol pela janela e fazendo todos despertar. Todos odiavam a segunda-feira por algum motivo, mas para um ninja, que trabalha todos os dias, não tinha motivo para isso. Era recém-graduado, ainda nem sequer tinham passado quarenta e oito horas, mas eu tinha que começar a fazer algumas missões. Precisava de dinheiro, de que fazer e de experiência e não havia melhor sítio onde adquirir isso sem ser nas missões.

Já tinham um objectivo para aquele dia, fazer alguma missão. Não andei a enrolar pela vila então, vesti-me, tomei um duche rápido para tirar o cheiro a suor da noite, comi o café da manhã e saí de casa em direção ao centro da vila, mais precisamente, ao gabinete onde recebiam e entregavam todas as missões. Talvez tivessem uma boa para mim, mas o que eu queria mesmo era uma missão, então não me importava com o seu contexto. Era uma corrida de uns poucos minutos, de telhado em telhado, como eu gostava de fazer, talvez chegasse mais depressa.

— Bom dia, posso entrar? — perguntei eu, após cinco minutos a andar de telhado em telhado e de bater à porta. Do outro lado da porta ouvia-se uma resposta afirmativa, então entrei sem pensar duas vezes. Olhei rapidamente para toda a gente ali e para toda a sala e virei-me para fechar a porta. — Bom dia novamente, têm alguma missão para mim? — interroguei directamente, podia ter parecido até condescendente, mas, acima de tudo, insensível. Um dos homens trocou umas palavras comigo, deu-me um papel para a mão e saí logo dali sem demorar muito.

Cá fora abri o pergaminho e li a missão. Era classificada como nível C, então tinha muito pouca probabilidade de se tornar uma missão perigosa, ainda para mais na academia da vila, com aquelas crianças que desejavam um dia graduarem-se. De fato eu não me importava com o contexto da missão, mas podiam-me ter dado algo mais cativante. Afinal, eu tinha-me formado com distinção, merecia uma recompensa por isso. Esses eram os meus pensamentos enquanto me dirigia calmamente à academia, que não ficava muito longe dali. Devia procurar um sensei de lá, talvez tivesse sido um dos meus professores.

Mesmo em passos lentos e tranquilos, tinha demorado uns cinco minutos a chegar à academia. Ainda era cedo, poucas crianças tinham chegado. Os professores também ainda estavam a entrar, mas quem eu procurava já devia ter chegado e eu devia encontrá-lo na parte de trás da academia. Observando aquele lugar com um olhar nostálgico, dirigi-me às traseiras. Logo à frente, via algo que parecia ser um sensei de costas, aproximei-me, talvez fosse ele o encarregado. — Bom dia, é você quem me vai encarregar desta missão? — perguntei directamente, mostrando o pergaminho.

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O fato de que os ninjas, popularmente, classificavam algumas missões como "divertidas" e outras como "chatas" não era surpresa para o organizador de missões de Konoha. Os arredores do Gabinete estavam agitados, a população olhava estonteada para o rapaz que corria por cima dos telhados das casas e comércios da vila, por qual motivo estaria saltando por cima das casas? Parecia ter pressa. Dentro do gabinete era recebido com pouco entusiasmo, e ele seria então o escolhido para sediar uma das missões mais evitadas pelos ninjas: ser professor por um dia. Uma tarefa nobre e apreciada pelos mais cultos, pois sabem a enorme importância e o peso que existe nas costas dos professores por serem responsáveis pelo futuro da nação.
Um desses heróis estava aguardando na parte traseira da academia, fazendo algo não muito heróico: fumando um cigarro. Atitude não recomendada para ninguém, muito menos em um ambiente escolar. Este, um homem de algo próximo de 30 anos, porém com feições mais velhas, cabelo negro espetado, trajando o normal de um Jounin Especial, e responde: "Sim, sou eu. Ou melhor, você vai se encarregar. Ouça, entre na sala e faça uma boa impressão, seja alegre e fale a base teórica sobre o controle de chakra e etc. no fim, peça uma técnica básica. Boa sorte!." E continuava fumando seu cigarro.

O homem nas traseiras da academia era um homem com cerca de trinta anos, mas com feições mais envelhecidas. Tinha cabelo negro espetado e estava trajado como um Jounin Especial. Enquanto me esperava, ele estava a fumar um cigarro. Para um professor, isso não era algo que os alunos deviam tomar como exemplo, mas enfim. Se uma pessoa tivesse que ter vícios, ela teria. Ele respondeu com pouco entusiasmo à pergunta, mas deu-me a resposta que eu pretendia, então estava na hora de começar, apesar de que a minha vontade era de perguntar porque não ia ela, já que não estava a fazer nada.

Com passos tranquilos e vagarosos, dirigi-me então para a sala onde iria dar a aula, pensando na falta de consideração para que as pessoas estavam a ter comigo. Antes de me graduar, era o menino prodígio da academia, talvez até como muitos outros, agora apenas mais um ninja. Enfim, tinha que me concentrar na missão. Tudo o que eu tinha que fazer era causar boa impressão e ser alegre, essa era a parte mais difícil, enquanto falaria sobre controle de chakra. No fim de tudo, pediria uma técnica básica. Se eles aprendessem bem, poderia ser-lhes muito útil para o futuro, então eu teria que ser herói por um tempo.

Entrei na sala já depois do toque, estava atrasado como sempre. — Bom dia crianças, desculpem o meu atraso. — comecei, sem preferir justificar o meu atraso, pois as minhas desculpas eram sempre pobres. As salas continuavam iguais, mesas de madeira em escada, de forma a que os que estavam na última fila estivessem mais altos que os que estão na primeira. Três jovens por fila e os mais rebeldes sempre juntos. Isso deu-me uma certa nostalgia, lembrando de alguns amigos com os quais só fazia asneiras.

— Hoje vamos falar sobre controle de chakra. — anunciei, caminhando na frente da sala de um lado para o outro. Expliquei-lhes que para usarem certas técnicas, até mesmo as básicas, era necessário controlarem bem o seu chakra. Por exemplo, para usuário de Taijutsu como eu, seria muito bom concentrar chakra nas palmas das mãos, para que quando atingíssemos um adversário, pudesse feri-lo mais gravemente do que era visível. Contudo, já estava a falar de algo que eles não conheciam, então decidi falar de algo mais básico.

— Ora, vejamos. Já sei de um exemplo que eu vou usar. Vamos até lá fora. — disse eu, esquecendo-me que seria importante que eles mantivessem a ordem e não fizessem barulho. Mas não liguei, isso fazia parte da pequena deslocação e a saída da zona das salas era logo ali. No pátio, tinha algumas árvores e uma maior que as outras com um tronco robusto. Comecei a escalá-la sem dificuldade alguma, concentrando chakra nos meus pés e subindo o quanto poderia subir, deixando os alunos surpreendidos e a soltar interjeições de surpresa.

— Quando se graduarem, qualquer um de vocês deve saber fazer isto, assim como a andar sobre a água. — disse, fazendo uma breve explicação sobre como aquilo era possível. Concentrando a quantia de chakra certa nos pés, pois a menos que essa, iríamos cair e a mais, iríamos ser jogados para longe. Na água, bastava não ser a menos, porque se assim fosse, mergulharíamos. Funcionava um pouco como a embraiagem de um carro, que quando chega aquele ponto, começa a andar. Se for menos, não anda, se for mais, vai abaixo.

Após isso, continuei a falar um pouco mais sobre controle de chakra, dando exemplo de outras situações em que isso poderia ser útil, como para fazer alguns clones e até para usar técnicas mais avançadas. Um controle de chakra mais conhecido pode permitir a alguns ninjas usarem as técnicas sem gastarem tanto chakra quanto os outros, o que pode ser uma grande vantagem em combates duradouros. Mas, por fim, chegou a hora do momento final. — Agora quero ver se perceberam tudo e que me demonstrem uma técnica básica. — pedi, esperando que algum dos alunos se oferecesse para começar.

Uns quantos ofereceram-se, mas tinha que ser um de cada vez. Então fui chamando um a um e, sem dúvida, havia lá alguns que já eram muito bons a executar as técnicas básicas. Deviam ser certamente excelentes alunos, só era pena a rebeldia em alguns. Não que isso foi mau, porque na história da vila, um dos mais rebeldes da academia, foi um dos grandes heróis do mundo ninja, mas disciplina era algo necessário, pois poderia ajudar em situações que exigem mais concentração ou até sangue frio.

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O professor substituto era mais didático, e certamente muito mais interessado que o substituído. Os acadêmicos estavam entusiasmados com o novo mestre, embora estranhassem sua idade tão reduzida, mesmo assim seguiam-no para onde quer que fosse. Haviam, como em toda a sala, alguns ninjas que se sobressaíam, entre eles um rapaz do clã Hyuga, que rapidamente identificou-se com o professor e deu o máximo de si em suas aulas, enquanto outros só faziam os exercícios quando eram obrigados, enquanto no geral permaneciam nos fundos, dando risadas e implicando com outros alunos.

Spoiler:

Até que estava a ser divertido dar as aulas, mais divertido do que o que eu imaginava e isso era bom. A maioria dos alunos estavam a fazer o que lhes era pedido, obrigados ou não. Notei um jovem que pertencia ao clã Hyuuga, já o tinha visto por lá, mas não sabia quem ele era. Porém, era do meu clã, então era do mesmo sangue que eu, só de saber que era Hyuuga, já era um irmão para mim. Aproximei-me dele enquanto fazia os exercícios, coloquei-lhe a mão na cabeça e sorri para ele. — O teu esforço será notado, irmão. — disse de uma forma sábia e religiosa, de forma a que a frase saísse com a emoção certa.

Tinha reparado também que nos fundos haviam três crianças a perturbar a aula, dando risadas e implicando com outros alunos, especialmente aqueles que tinham dificuldade em fazer os exercícios. Com uma movimentação rápida, coloquei-me no meio dos três, surpreendendo-os e assustando-os. — Então vocês são os rebeldes desta turma. — disse, num tom de brincadeira. Não lhes ia dar uma lição de moral, pois não era a pessoa exata para isso, nem tinha idade suficiente para que eles me ouvissem, mas talvez pudessem perceber onde queria chegar.

— Lembrem-se que por cada vez que se riem de alguém, estão a subestimá-lo e cada vez que subestimam alguém, é uma vez que perdem, correndo até o risco de morrer. — aconselhei, talvez não com as palavras mais certas, mais acho que tinha transmitido a ideia. Lembrei-os que aqueles comportamentos eram normais para a idade, mas que se eles queriam se tornar bons ninjas, tinham que começar a crescer e desenvolver uma certa responsabilidade, pois para ser um bom ninja, não basta ter talento, era preciso ter coragem e, com coragem, até as pessoas mais fracas podem ser heroínas.

Foram momentos em que todos se sentaram a ouvir, talvez até não tivessem percebido a ideia, mas todos se sentaram a escutar-me e as três criaturas sossegaram, começando a fazer perguntas sobre a vida ninja, o que deviam fazer numa situação específica, o que podia acontecer numa situação específica. Algumas perguntas eram até bem interessantes, de certa forma tinha-os deixado a todos interessados, mas faltava a parte mais importante, lembrá-los que deviam ter a mesma atitude com todos os professores, eles eram os grandes heróis que criavam heróis ainda maiores.

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Os meninos entusiasmavam-se com a aula quando o relógio tocou, indicando fim dos lecionamentos. As crianças então corriam para fora, brincando, felizes. Algumas cumprimentavam e agradeciam o professor. Logo, o professor original entrava na sala e agradecia ao ninja por realizar a aula.

Spoiler:

Por fim, o relógio tocou. Até que tinha sido um momento divertido, menos chato do que o que eu tinha imaginado. As crianças corriam para fora, felizes, pareciam que estavam ansiosas que a aula acabasse. Eu, quando estava no lugar deles, também estava sempre. Contudo, surpreendi-me com o facto de alguns me terem vindo cumprimentar e agradecer, isso ainda me deixava mais feliz. Não demorou até que o professor original entrasse na sala e me agradecesse. Até que tinha ficado feliz em substituí-lo. Passado uns minutos de conversa, saí dali em passos vagarosos, retomando o caminho para casa.

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