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 [Rank D - Normal] Aron - Crazy Circus

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Nosvit
Genin - Konoha
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Nosvit


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MensagemAssunto: [Rank D - Normal] Aron - Crazy Circus   [Rank D - Normal] Aron - Crazy Circus Icon_minitime15th março 2016, 6:04 pm


MAD
Crazy Circus


Um novidade chegou em Iwagakure, o novo circo shadoWorld. E com ele reclamações sobre pessoas desaparecidas, mas nada muito concreto. O acampamento e o circo fica perto o suficiente da vila para os civis irem andando sem se cansarem. A atração mais estranha é a casa de espelhos, onde os organizadores dizem que você ficará preso para sempre.

Citação :
Objetivos:

-Narre tudo o que foi escrito pela sua perspectiva e de forma criativa.

-Vá para o circo como se fosse um civil comum, e fique entre os civis.

-Quando cansar de procurar e não achar nada vá até a casa dos espelhos.

-Lá dento você estará um pouco perdido até que começará a ouvir uma musica lindo de algum local.

-Quando você chegar ao local onde a música está tocando, verá que é um grande pátio, cercado de espelhos, e no centro existe um homem sentado tocando uma flauta transversal.

-As outras pessoas que estão em volta giravam em círculos em volta do homem, algumas depois de algum tempo elas saiam pelo caminho do outro lado do pátio. Já outras ficavam andando por horas, ou até dias, que era demonstrado pelo desgaste dos sapatos.

-Quando conseguir fazer o flautista parar os civis iram fugir e você ficará sozinho com ele. Ele explicará que o genjutsu que ele estava lançando captura as pessoas dentro de um labirinto de espelhos imaginário, deixando elas desesperadas, sentimento que regenera e o deixa viver por mais e mais tempo.

-Vocês terão uma luta básica, ele é do seu nível e tem ataques básicos.

-Ao final você terá que finalizá-lo e depois sair do circo sem ninguém perceber. (like a ninjááááá)

- Termine sua missão de forma criativa

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MensagemAssunto: Re: [Rank D - Normal] Aron - Crazy Circus   [Rank D - Normal] Aron - Crazy Circus Icon_minitime5th abril 2016, 11:47 am



Inferno

— Então hoje será o Herói. — Foi o que conseguiu dizer.



Ele estava com o braço direito decepado, uma kunai atravessava seu crânio, uma katana o perfurara pelas costas e a lâmina já despontava quase por inteiro de seu intestino. Uma poça de sangue se formava ao redor dele. Seus olhos castanhos, sem vida, não estavam satisfeitos com o resultado.



Desde quando me tornei um shinobi e passei a ter a ideia fixa de me tornar um herói, nós brigávamos.



Nem sempre fora assim, antes de eu me tornar um ninja de Iwagakure, ele era a parte de mim que me protegia dos perigos, mas com o tempo passei a querer proteger meus amigos, companheiros e concidadãos, me concentrando no futuro que se abria para mim. Ele, no entanto, estava sempre mais concentrado no sentimento de vingança, que eu sabia nutrir secretamente pelos meus algozes, que foram acumulando-se com o passar dos anos.



As nossas discordâncias foram evoluindo de discussões, em que um de nós cedia, até tornarem-se uma batalha de vida ou morte para o controle da consciência do corpo que habitávamos. A maior parte das pessoas têm problemas em ter apenas uma consciência, ter duas era perturbador, mas não me via sem o Vingador, como gostava de ser chamado.



— Mais sorte na próxima. — Sentei, sabendo que logo tudo voltaria o normal.



Estávamos em nosso mundo imaginário. Não me lembro ao certo como ele surgiu, mas veio no pacote com minha dupla personalidade. Deve ter sido alguma promoção maluca da minha mente: Fique maluco e ganhe, além de uma segunda voz raivosa em sua cabeça, um espaço novinho em folha para seus delírios mentais e batalhas sangrentas. Muito útil.



O espaço era confuso. Era uma colina deserta e devastada com armas cravadas por todos os lados, até onde minhas vistas podiam acompanhar. Sinceramente, eu nem fazia ideia da extensão do lugar e não fazia questão de descobrir. O céu era tingido de um vermelho vivo e, sempre que o olhava, lembrava-me do sangue empoçado pelos becos de minha antiga vila. Nuvens tempestuosas dividiam o rubro céu com estranhas engrenagens suspensas em pleno ar.



O Vingador se parecia comigo quando era mais novo, na época em que minha vila fora massacrada. Sua expressão era um misto de desespero e ódio puro, adornado por traços menos firmes do que os meus. Seus cabelos ruivos estavam encharcados de sangue e seus olhos negros estavam sem brilho, como os meus.



Minhas feridas foram cicatrizando com velocidade. Os membros decepados retornaram cada um ao seu lugar. As armas que usei, já nem lembrava seus nomes, voltavam a seus lugares, como sempre. Eu me sentei virando-me para o lado oposto de meu adversário, dando-lhe as costas.



As feridas do Vingador deviam estar recuperando-se da mesma forma milagrosa que as minhas, tudo retornando para seu devido lugar. Ele sentou-se, suas costas encostaram-se nas minhas, cada um visando seus objetivos.



— Não pense que acabou, vacile e eu tomo o corpo. — Ele resmungou, apoiando a cabeça em meus ombros.



Divergências de opiniões à parte, nós nos gostávamos, dividíamos a mesma existência, afinal.



***

Acordei suado.



Pela janela, podia contemplar o sol aninhando-se entre as montanhas que cercavam a vila. Luzes começavam a destacar essa ou aquela janela, enquanto uma brisa úmida começava a adentrar em meu quarto, sem ao menos ser convidada.



Eu podia sentir o peso de minhas criações afundando meu corpo na cama, que fora encomendada e feita sob medida, tal era o peso que sustentava. Estava quente, um ambiente aconchegante, com lençóis brancos amassados por entre os corpos, muito diferente dos pesadelos que assombravam minha mente com frequência. No fim, pude ter uma família de volta.



Sieg me aninhava em seu abraço opressor de urso, a musculatura escura exposta e bem delineada se fechava na minha cintura possessivamente. Atalanta tomou meu braço direito para si, enroscando-se nele felinamente, sua barriga subia e descia conforme o ar entrava e saía de dentro do corpo pequeno, hora ou outra eu ouvia o ronronar característico de minha criação. Scáthach enroscava-se em Atalanta com a semelhança de uma serpente, num abraço tão opressor quanto o de Sieg, as pernas apertando a cintura da felina. Não bastasse esse acúmulo de corpos, ainda podíamos contar com a matriarca, Persian, espalhada na parte inferior da cama, enroscada em seu próprio corpo excessivamente pesado de pelagem castanha.



O quarto era grande, assim como todos os outros andares do prédio do Esquadrão Miragem. Fora entalhado em um dos muitos acumulados de formações rochosas, que mais pareciam agulhas em meio a um abismo, nunca soube qual a profundidade. O piso era de carvalho escuro, com alguns carpetes aqui e ali, dividindo os ambientes que o quarto possuía, sem levantar parede ou divisória.



Acho que me demorei um pouco contemplando minha nova familia, mas foi Scáthach quem despertou primeiro. Sua cabeça despontou por entre as orelhas felinas de Atalanta, fitando-me com curiosidade.



— Hora de trabalhar. — Eu disse com a voz rouca e sonolenta, concentrando-me nas orbes vermelho-sangue de minha amada “filha”.



Ela assentiu, sibilando o que devia ser sua resposta. Espreguiçou-se enquanto levantava, ainda preguiçosa. Vestia uma camisola lilás, que parecia justa no corpo voluptuoso, mas só tornava seus traços ainda mais excitantes. Fora ela mesma quem escolhera o modelo há umas três semanas atrás, quando fizemos as compras. Fora um dia especialmente divertido.



Ela entrou no banheiro, fechando a porta atrás de si no exato momento em que o corpo imenso de Persian pareceu despertar. A leoa arrastou-se pelos lençóis da cama, enfiando-se entre mim e Atalanta, fazendo a homunculo cair da cama e despertar num susto.



— Atalanta! — Foi o que consegui dizer, um pouco antes de ouvir o baque surdo da cabeça da caçadora encontrando com o chão de carvalho.



A cabeleira multicolorida parecia ter sofrido um ataque do furacão Katrina durante a noite, completamente bagunçada. Suas orbes verdes olharam feio para Persian, mas minha expressão de alívio ao vê-la bem fora o suficiente para apaziguar seu furor, que duraria pouco mesmo, nenhum de nós ficava bravo com a matriarca por muito tempo.



Atalanta dirigiu-se para o banheiro, ainda sonolenta, com sua camisola de estampa floral que, diferente de Scáthach, não tinha muito o que mostrar, seu corpo parecia muito com o de uma criança de doze anos, ainda em processo de amadurecimento, totalmente desprovido de sensualidade. O mais engraçado? Seu rabo, de pelagem castanha, acabou levantando a parte traseira de sua camisola, enquanto espreguiçava-se, exibindo a calcinha infantil de estampa de gatinho. Ela ficou constrangida com a situação e bateu a porta com força atrás de si. Ri com isso, mas a matriarca exigia atenção.



Abracei Persian e acariciei suas orelhas. A felina fechou os olhos enquanto se entregava as carícias. Ainda me lembrava de quando a encontrei, um animal feroz e assustador, até tentara me atacar certa vez, mas no fim, consegui conquistar sua lealdade. Agora ela lutava por mim com afinco, mesmo que eu não pedisse isso.



Eu tinha que levantar, mas acordar Sieg era uma tarefa difícil, então fiz sinal para Persian, que prontamente entendeu o que eu queria. Ela saltou da cama para o chão com pouco ruído e aproximou-se dos ouvidos de Sieg como uma caçadora. Seu rabo enriçado, balançando de um lado para o outro, o olhar feroz, a musculatura totalmente flexionada, pronta para o bote. Nunca deixaria de admirar o que minha leoa podia fazer.



O que veio a seguir foi um rugido que fez meus ossos tremerem, mas acordou Sieg, que como uma criatura meio drakoniana atirou-se contra a felina num movimento de pura reação automática.



Eles giraram pelo chão de carvalho, derrubando o criado mudo e todos os livros que tinham nele. Eu ouvia os rugidos de ambos, criaturas acostumadas a mostrar superioridade. No fim, Persian estava sobre Siegfried com as presas posicionadas em sua traqueia, um golpe que seria fatal. Ele levantou suas mãos em sinal de rendição.



— Vocês são sempre animados, mesmo pela manhã! — Eu disse, ainda sonolento, enquanto me sentava na cama.



Ouvi música alta no andar de cima. Provavelmente Sarah devia ter voltado de missão, fazia onze dias que havia partido para o país da neve à pedido de Ettan, o líder do Esquadrão Miragem. Até onde sabia, havia algumas suspeitas de que uma base Ragnarok estava instalada lá. Sempre que ela estava no prédio, nós éramos obrigados a ouvir sua playlist favorita.



Não demorou para ouvir os gritos estridentes de Shouma reclamando do barulho. O garoto estava passando pela fase de mudança de voz, então constantemente, seu tom variava, de acordo com sua falta de controle emocional.



Eu ficava no andar térreo e, considerando que falamos de Iwagakure no Sato, isso quer dizer na parte mais baixa de uma formação rochosa conectada por pontes suspensas em pleno abismo. Ficara com a parte de baixo para instalar um laboratório de pesquisa e fornecer maior espaço para os homúnculos, cortesia de Ettan. Os andares acima dividiam-se entre os outros quatro membros do esquadrão, com Ettan no topo do prédio.



Podia ver o incômodo com o som alto na careta feita por Persian e Sieg, que encontravam-se sentados no chão. O drakoniano estava sentado desleixadamente com seu short vermelho exibindo o peito nu, composto por uma musculatura bem definida. As estranhas marcas neon azul brilhavam, contrastando com a pele escura.



Esperamos as meninas saírem do banheiro enroladas em suas toalhas para podermos entrar e fazer nossa higiene. Não gostava muito de tomar banho com Sieg, havia alguns pontos de sua anatomia que podiam ser perturbadores, por causa do DNA de Drakon. Talvez eu conseguisse corrigí-las mais tarde.



Quando saímos, as meninas já estavam prontas. Atalanta vestia um vestido de alça verde e branco simples, seus cabelos, ainda molhados, contornavam o rosto infantil da caçadora com gentileza. Dos meus equipamentos, dei a ela cinco shurikens e os vinte metros de fio de aço, era a melhor quando se tratava de pontaria.



Scátchtch estava com um macacão de couro ajustada a seu corpo voluptuoso. A ela dei duas kunai’s com kikaku fuuda’s



Coloquei uma calça cargo preta e vesti minha jaqueta de couro vermelha, deixando meu peito exposto, orgulhoso de minha musculatura, treinada com o tempo. Meu cabelo estava, como sempre, penteado para traz deixando-me com um visual selvagem.



Sieg colocara uma camiseta amarelo-mostarda por baixo de uma jaqueta preta e uma calça jeans escura. Ele olhava-se no espelho do quarto com um ar de superioridade, aprovando o visual. Estava equipada com uma das minhas kunais’s, sua força era mais do que suficiente.



A missão daquela noite deveria ser mais silenciosa, eu usaria as habilidades de infiltração treinadas pelo Esquadrão Miragem. Sinceramente, senti um calafrio quando o próprio Tsuchikage apareceu no prédio.



Fora pela manhã. Eu tinha acabado de tomar café quando Shouma bateu à minha porta. Sua cabeleira ruiva selvagem dava um ar travesso ao garoto de doze anos, um prodígio na arte do genjutsu. Tinha um violino que podia causar um verdadeiro estrago. Durante algum tempo fora um dos meus professores, mas a frequência com que era requisitado para missões atrapalhava muito as aulas.



— Ettan está te chamando. — O garoto parecia sempre disposto e animado, então ele fez parecer que Ettan daria uma festa e eu era o convidado de honra. Não era isso!



Subi as escadas em espiral, que ligavam os cinco andares do prédio do Esquadrão Miragem, parecia uma infinidade de degraus. Deixei os meninos no meu andar, continuando uma partida de sueca que eu estava quase ganhando, o que me deixou bem irritado, mas não podia negar um pedido de Ettan.



Nada me preparou para o que encontrei quando entrei na sala do líder do Esquadrão.



Fazia pelo menos uns dois meses desde que eu vira o Tsuchikage, e sempre fora de relance em seu escritório. A coisa devia ser séria para ele vir em pessoa ao prédio dos ilusionistas. O que me estranhava era o fato de não haver outro ilusionista mais experiente na sala além de mim e Ettan.



Os cabelos azuis do Tsuchikage caíam livres, contornando sua face. A expressão jovial parecia séria demais. O fato que me assustou foi que Ettan permanecia sentado enquanto o líder da vila ficava em pé. Percebi, naquele momento, que o Esquadrão não estava tão sobre a autoridade do Tsuchikage como nos faziam pensar.



— Bom dia, Illidan. — Disse Ettan, enquanto ajustava o óculos com o dedo indicador. Ele fazia isso quando estava próximo a fazer um longo discurso. — Temos um problema.



É claro que tínhamos! Não estaríamos naquela sala opressora, com dois monstros, se não tivéssemos um.



— Soube do circo que chegou na vila? — Ele arrastou sobre a mesa o cartaz do circo ShadoWorld que estava na cidade.



Acenei afirmativamente, enquanto lia o cartaz. Não era nada diferente das propagandas de papel que via-se nas tabernas da vila. Tinha alguns desenhos de palhaços macabros e criaturas que provavelmente eram fabricadas com um kit especial de maquiagem horripilantes. Entretanto, na parte inferior do cartaz tinha um anúncio ousado em meio a um jogo de espelhos.



— Não entendo qual é a graça em ficar preso para sempre em uma casa de espelhos… — Eu disse, desanimado com a ideia.



— Concordo! — O Tsuchikage falou e notei que sua voz de barítono era muito atraente. — O fato é que essa diversão esta indo para uma direção perigosa. — Continuou dando alguns passos até à mesa de Ettan. — Tem havido alguns desaparecimentos desde então, mas não conseguimos confirmar muita coisa.



— Sempre que um shinobi se aproxima, nada acontece, certo? — Adivinhei. Ettan sorriu conspiratoriamente para Kanon.



— Perspicaz. — Aprovou o Tsuchikage. — Então resolvemos mandar alguém que não possua registros na vila o suficiente para ser identificado. — Esperei a constatação. — Você!



— Se chegamos a esse ponto, quer dizer que existe um espião entre nós, correto? — Eu conclui e percebi o ar ficando mais gélido. — Existe alguma possibilidade da Ragnarok estar envolvida?



— Não excluímos essas hipóteses… — O Tsuchikage parecia, por um momento, reviver todo o pesadelo do último ataque da organização ao mundo shinobi.



Fui dispensado logo em seguida, com um bocado de questões para pensar. Ficou decidido que eu me infiltraria no circo e tentaria descobrir as irregularidades, podendo até mesmo estar envolvido com a organização que desejava o fim do mundo.



Naquela tarde saímos com tranquilidade, todos vestidos como civís, mas Atalanta, Sieg e Persian não conseguiriam se misturar, por isso fiz eles tomarem um caminho diferente, enquanto eu seguia com Scáthach pelas pontes suspensas de Iwagakure.



Foi fácil achar o circo. Dois olofotes cortavam as nunvens, como se procurando aves vespertinas. Estavam em um planalto perfeitamente nivelado. Talvez o resultado de um Jutsu Dotton, mas não adiantaria ficar especulando a geografia de Iwagakure.



De longe percebia-se que o circo era formado de um conjunto de sete picadeiros, com o maior no centro. Um número cada vez maior de pessoas se juntava a procissão que se encaminhava para a mais nova atração da vila. Provavelmente era a coisa mais inusitada que acontecera em Iwagakure em anos, não éramos acostumados a ter grandes mudanças em nossa vida pétrea.



Me misturei à multidão junto com Scáthach, que chamava a atenção de alguns homens por perto. Era fácil me mover nas correntes de corpos amontoados com ela e, conforme avançávamos, podíamos obter um maior detalhe das atrações.



Nosso alvo era o picadeiro central, mas tínhamos que esperar até que o outro grupo estivesse pronto. O posicionamento seria mais à noite, quando as pessoas estivessem mais distraídas. Antes disso, eu e Scáthach deveríamos conseguir o maior número de informações a respeito do empreendimento.



O primeiro picadeiro que visitamos tinha um show de arremessos de facas com palhaços que usavam maquiagens medonhas. Eles ficavam atirando facas uns nos outros numa pista de obstáculo.



Teria parecido engraçado e talvez emocionante, se não fosse tão real. Eles não tinham a intenção de errar, miravam em pontos críticos da anatomia humana e a intenção assassina estava presente em cada movimento. Em dado momento, um deles foi encurralado e alvejado por facas de todos os lados. O que foi mais estranho? A plateia aplaudiu! Ovacionou o ato, encorajando mais carnificina.



“Esse é o povo que você quer salvar!” A voz do Vingador ecoou pela minha cabeça, trazendo consigo uma dor aguda. Tive que me concentrar para recuperar o controle sobre o meu emocional, para não permitir que minha outra personalidade tomasse o controle.



Enquanto eu travava minha batalha mental, o espetáculo chegava ao fim, com um grito de ira do triunfante, coberto pelo sangue de seus inimigos, aplaudido pela multidão que estava na plateia. Horrível!



Scáthach e eu saímos antes que começasse a segunda parte do evento. Pelo que ouvi, o vencedor teria de sobreviver a uma pista lotada de armadilhas, onde possivelmente morreria.



Quando estava há dois metros do picadeiro, ouvi o que só podia ser descrito como uma explosão, seguida dos gritos de uma multidão em delírio. O sobrevivente morrera.



Olhei para o céu, ainda resistindo ao anoitecer, e segui para o segundo picadeiro, implorando para que meu estômago aguentasse a próxima atração depravada daquele circo de horrores.



Sinceramente, não devia ter entrado no segundo picadeiro. Aparentemente era uma zona de prostituição e depravação da alma. Na plateia, havia apenas homens. Quando percebi esse fato, imediatamente fiz com que Scáthach ficasse do lado de fora, embora ela tenha visto algumas coisas que não devia. Ela era sensível a depravação e luxúria, mas não podia deixá-la ali. Só entrei porque fazia parte de minha missão.



Por algum motivo absurdo, o circo pensou em uma diversão extra para a plateia. Eram monstros, talvez quimeras, mas eram muito desformes para se comparar a pesquisa de Kotomine. Talvez uma cruza de polvo com uma planta ou algo mais nefasto, não sei. Eram hermafroditas, e não me pergunte como eu sabia disso.



Os tentáculos enroscavam-se num séquito de homens e mulheres mascarados com um número infinito de tentáculos envolvendo-os e umedecendo-os com algum tipo de seiva esquisita. As criaturas lançavam seus tentáculos controlando as pessoas mascaradas, fazendo-as copularem uma com as outras. O odor da seiva era inebriante e afrodisíaco. Pude sentir no ar aquele cheiro que me acompanhou por tanto tempo durante meu sofrimento.



Os tentáculos opressores me lembravam das mãos que seguravam meus membros, que aprisionavam o meu corpo e controlavam-no como se eu fosse uma marionete. Mudando as posições conforme meus opressores abusavam de meu corpo.



Aquelas pessoas estavam sendo abusadas e a plateia estava assistindo empolgada todo o nojento espetáculo. Lutei comigo mesmo para não fazer uma chacina ali mesmo. Como podiam estar aproveitando aquela depravação? O que estavam pensando?



Pude sentir as paredes do meu mundo sendo pressionadas pelo Vingador, pronto para tomar o controle. Talvez se Scáthach não tivesse me puxado para fora da tenda, eu tivesse deixado o Vingador tomar o controle. Quem, afinal de contas, eu queria salvar? Aquelas pessoas não mereciam ser salvas!



Não entendi bem porque Scátchatch entrara no picadeiro, então a vi apontando para o céu, já escuro. Era hora de começar a operação na casa dos espelhos. Sinceramente eu já nem achava ela tão estranha assim, não depois do que eu havia visto.



O picadeiro central era gigantesco, guardava a casa de espelhos, certamente a atração principal. Eu não via o outro grupo, havíamos combinado de ir por entradas diferentes e nos encontrarmos dentro da atração. Eu não sabia se tudo estava indo como o planejado, mas preferia acreditar que sim.



Antes de sairmos havíamos divido as armas que eu dispunha, então não estava com todo o meu equipamento, só podia confiar em meus filhos.



Quando entrei na casa de espelhos, imediatamente tive um sobressalto. Vi tantos de mim, que fiquei tonto. Haviam outras pessoas entrando e se embrenhando pelos corredores formados de espelhos. A iluminação era parca e dava vertigem olhar para as inúmeras direções que meus reflexos seguiam.



Scáthach também ficara incomodada com os reflexos, não apenas uma vez ela sibilou para eles, como se demostrasse ser o animal dominante.



Aparentemente era um labirinto de espelhos, por isso a tenda era tão grande. Fiquei tonto olhando para os infinitos Illidan’s se multiplicando, dividindo-se e depois fundindo-se, numa infinita dança. Acima de mim, meus reflexos pareciam afundar em mim mesmo várias e várias vezes, mesmo o chão era espelhado, o que só tornava mais difícil perceber por qual corredor seguir.



Dei de cara com os espelhos não apenas uma vez. Alguns deles estavam quebrados, multiplicando os reflexos já excessivos, tornando-os mais lúgubres e agourentos. Havia sangue seco nos corredores dos espelhos quebrados. Aparentemente alguém ficara perturbado com a atração, eu mesmo estava resistindo a vontade de quebrar aquele lugar inteiro.



Estava me sentindo muito letárgico e, depois de algum tempo, não encontrava com sequer uma pessoa, o que era estranho. Estava começando a andar a esmo, por vezes tinha que me concentrar para perceber a presença de Scátchatch, andando ao meu lado. Não fosse seus silvos, provavelmente nem teria me dado conta que tinha companhia. Minha mente parecia enevoada e cada passo que eu dava parecia longe demais da minha consciência. A música que acompanhava minha jornada há algum tempo também não estava ajudando minha concentração.



Aliás, quando foi que a música começou? Não me lembrava de tê-la ouvido no início, talvez uns minutos atrás? Quanto tempo eu estava caminhando? A dor das minhas pernas fazia parecer que já se tratavam de horas, mas não podia ser isso tudo, podia?



Acho que foi nesse ponto que retornei à mim. Eu era um ilusionista, já havia visto truques como aquele. Shouma usava um violino, mas o efeito era o mesmo. Eu estava sobre um genjutsu. Estava distorcendo minha noção de tempo e tornando meu raciocínio ineficiente.



Lembrei-me de todas as lições que tive com Shouma a respeito de genjutsus aplicados através do som. A área de atuação era muito maior do que os visuais, além de serem mais difíceis de defender, mas não era impossível desfazê-los. Meu controle de chakra ainda era abaixo dos padrões do Esquadrão, mas felizmente existia uma outra maneira.



“Aplicar dor a si mesmo fará com que o seu corpo desperte para uma situação mais emergencial, desfazendo o controle sobre o sistema nervoso que vai enviar uma infinidade de alertas para o seu cérebro de que algo deve ser feito quanto ao ferimento. Só não se imobilize no processo.” Foi uma das primeiras dicas de Ettan assim que entrei para o Esquadrão Miragem.



Repassei mentalmente os ferimentos que eu poderia causar em mim mesmo e decidi que o mais eficiente, com menor risco de causar um estrago grande, foi morder minha bochecha. Não seria agradável de qualquer forma.



Senti o gosto de sangue fresco inundar minha papilas gustativas, enquanto a dor, por pouco, não me paralisou. Levei a mão ao rosto, fechando os olhos, tentando controlar o grito que queria libertar-se da minha garganta, pedaços de epiderme soltando-se do ferimento.



Quando abri os olhos, percebi que todos os espelhos ao meu redor estavam quebrados. Haviam corpos por todo o canto, acumulados próximos aos espelhos, caídos enquanto suas pernas continuavam em um ritmo constante para frente e para trás, ainda estavam tentando andar. Lembrei-me dos robôs de brinquedo quando caíam de lado e tentavam continuar a andar. Outras pessoas passavam por mim sem nem notar minha presença, indo e vindo sem rumo.



Scáthach continuava à frente, mas antes que ela pudesse virar um corredor , eu a agarrei e lhe soquei no estômago. Meus socos não deviam ser muito fortes, mas consegui o efeito que queria. A homunculo caiu em meus braços e olhou-me confusa, sibilando o que devia ser um bocado de palavrões. Deixei que ela percebesse por si só, o que não demorou a acontecer. A vi olhando indignada ao redor, percebendo que, até aquele momento, estava presa em uma ilusão. Os sibilos começaram a vir num tom mais brando, talvez grato.



A melodia vinha de algum lugar depois do corredor seguinte. Era o local de onde o ilusionista provavelmente estaria controlando a técnica. Fiquei preocupado com o outro grupo, mas provavelmente Atalanta daria um jeito. Ela já enfrentara ilusões antes, durante os treinamentos, e era melhor até mesmo que eu quando se tratava de controle de chakra.



Aproveitei o embalo de um grupo que se dirigia pelos corredores, agora movimentados, e imitamos o olhar vago deles, aparentando ainda estar sobre o efeito do genjutsu.



O pátio era grande e um acúmulo de corpos se deslocava, entrando e saindo dos corredores de espelhos quebrados, num fluxo contínuo. No centro, sentado confortavelmente em uma pedra, um garoto, que aparentava ter 8 anos, tocava a melodia sonolenta em lá menor em sua flauta transversal.



Scáthach sibilou para mim, enquanto mais corpos se misturavam naquele infinito fluxo de vai e vem. O menino não nos notara, já que estávamos no meio das pessoas que o circulavam, presas no genjutsu. Além do mais, ele parecia estar muito concentrado na execução musical. Os olhos cerrados não notaram a nossa aproximação até ser tarde demais, um erro causado pelo excesso de confiança.



Scáthach estava em um grupo que rodeava a pedra, e eu, no círculo seguinte. Quando viu a oportunidade, ela agarrou a flauta e a jogou para mim, que escondi no bolso de minha jaqueta.



No primeiro momento, houve uma pausa. As pessoas olhavam confusas para si mesmas e para o local em que se encontravam. Eu adiantei-me em me recolher para o mais perto possível de uma das paredes de espelho, acotovelando as pessoas que estavam no caminho, mas Scáthach não teve a mesma sorte. Quando a multidão iniciou sua fulga desorientada pelos corredores da atração, soltando gritos de desespero, minha criação foi arrastada junto ao mar de corpos. Eu fiquei encolhido no meu canto, em posição fetal, até que a confusão acabasse.



Em algum lugar próximo, talvez dois corredores ao sul, ouvi os rugidos de Persian e Siegfried, o que me deixava mais aliviado. Eles estavam bem e a caminho.



A comoção da fulga deve ter demorado um minuto, mas ao fim, Scáthach estava oprimida no canto oposto ao meu, aparentemente a multidão a pressionara contra uma das paredes de espelho. Um dos cacos do vidro cortara superficialmente seu ombro. Pela expressão da homunculo parecia ter doído, mas não era exatamente grave.



— Afinal de contas, de onde você veio? — Ele me olhava em um misto de fúria e curiosidade.



Era um garoto estranho, mas parecia familiar. Tinha a pele pálida, olhos azuis e cabelos da mesma cor, longos e trançados, até a altura das nádegas. Era baixo e usava calças bufantes de algodão e um colete feito de linho. Por algum motivo, usava um turbante com uma pedra vermelha no centro de sua cabeça. Estranhamente o achei mais novo do que deveria ser, como se tivesse visto uma versão mais velha dele, o que só me deixou ainda mais na defensiva.



O genjutsu, como pensei, dependia da constante execução da melodia. Sem a flauta, ele fora desfeito e as pessoas saíram assustadas.



— Estava andando por aqui. — Respondi para irritá-lo, com um sorriso sarcástico.



O garoto levantou-se da pedra e encarou-me com ira. Seus traços começaram a envelhecer aos poucos, como se o tempo passasse mais rápido. Parecia estar com mais dois anos, o que me causou assombro imediato. Scáthach estava ocupada tentando se levantar, a expressão de dor visível em seu rosto.



— Droga, ainda não estava completo. — O vi olhar irritado para um espelho quebrado, vendo sua juventude se esvaindo a cada segundo, eu diria que mais dois anos foram roubados.



— Que merda é essa? — Dei um passo para traz, vi minha expressão de repulsa refletida em um espelho. O garoto começou a rir macabramente.



Scáthach ficou de pé, trôpega, apoiando-se em um espelho quebrado. Como o garoto estava de costas não percebeu, e se o fez, não deu importância. O sangue já coagulara no ferimento, mas devia ainda estar doendo. Ainda nem sinal do outro grupo, mas sabia que eles estavam em algum lugar no labirinto. Com os sentidos de Persian, logo estariam ali.

— Desculpa me ver descamando, mas graças à você, meu jantar foi embora. — Ele riu enquanto envelhecia mais dois anos. Aquilo estava se tornando bem assustador, mas seus traços iam parecendo cada vez mais familiares, se eu realmente conhecia, não devia ser uma boa pessoa, pois meu corpo me impulsionava a atacar. — O genjutsu que você desfez é interessante. Causa um desespero profundo em quem cai nele, eu me alimento desse desespero. — Finalizou, umedecendo os lábios, como se saboreando uma refeição.



O meu choque foi instantâneo. Minha mente conseguiu produzir a versão mais velha daquele garoto, aproximadamente dez anos mais velho. Peito aberto, com as mãos envolta do meu pescoço apertando tão firme, que me impedia de respirar. Quando eu estava próximo de asfixiar, ele me permitia sugar o ar para dentro dos meus pulmões, só para então repetir o exercício. Lembro-me da dor que sentia ao inspirar e expirar, mas não conseguia evitar.



Meu corpo estava amarrado com cordas, oprimindo minha movimentação. Meu cabelo era puxado com força e minha boca preenchida com o membro ensebado e esponjoso de alguém, alguém que eu não conhecia, que eu mal podia ver o rosto. Eu me lembro de querer morder, mas um aparelho mantinha minha mandíbula aberta, dando total acesso aos meus estupradores.



Eram tantas lágrimas, que eu nem sabia como meu sistema lacrimal podia produzir tantas, já que não me alimentava direito. Meu corpo parecia estar sendo partido ao meio pelo membro dele, estocando-me tão furiosamente, que suponho ter rompidos meus órgãos. Era Ele! O Que Gostava de Me Enforcar!



O corpo podia ser diferente, mas os olhos eram os mesmos. Não eram humanos, mais parecia uma besta faminta à beira da insanidade, sem qualquer remorso de seus pecados, na verdade, ela desejava banhar-se em cada um deles. A besta saboreava a destruição que causava, e se nutria dela.



”Seu desespero é delicioso” Foi o que consegui ler de seus lábios certa vez, enquanto suas mãos tiravam de mim o privilegio do oxigênio. Foi essa frase, que nunca saiu da minha mente, que o ligou ao garoto à minha frente.



”Agora é minha vez” Foi o que ouvi antes de ficar sob o céu rubro de nuvens tempestuosas adornado com engrenagens, que começavam a girar mais rápido.



A face do Vingador estava desfigurada, totalmente transtornada, com a sede de vinganca estampada nos olhos. As correntes envolveram meu corpo, que por algum motivo estava nú, fazendo-me recordar os dias que passei no empreendimento nojento que fora minha ruína.



— Eu irei me vingar! — A voz dele saiu rouca, animalesca.



Provavelmente ninguém entenderia o que é ficar preso dentro de sua consciência enquanto outra coisa se apodera de seu corpo. Era como ser esmagado por uma montanha, sentir dor, medo e desespero e ter a impressão de que não vai conseguir sair daquela situação vivo. Ter o controle tomado pelo Vingador era assim. Eu podia ver, ouvir e sentir tudo que ele fazia, mas não podia influenciar em nenhuma de suas ações.



Eu deveria tê-lo impedido, mas a verdade era que não queria. Eu desejava que ele se vingasse, que ele fizesse o enforcador sentir o mesmo desespero que eu sentira na época. Talvez por isso eu não fiz força para me soltar, mesmo com a dor que eu sentia.



— Eu vou matá-lo! — Foram as palavras que saíram da minha boca, mas a voz era do Vingador, animalesca e furiosa.



Vi o rosto assustado de Scáthach atrás do alvo do Vingador, mas não podia me dar ao luxo de retornar o controle do corpo naquele exato momento só para aliviar os traumas emocionais de minha criação. Havia algo muito mais importante a ser tratado naquele momento, e não havia hesitação no Vingador.



O Vingador sacou uma kunai e avançou na direção do ilusionista sem muito a pensar. Nós não éramos bons em lutas corpo-a-corpo, tínhamos maior vantagem numérica na hora de atacar, geralmente fazíamos combinações e vencíamos atacando em grupo, mas a raiva borbulhando em seu interior estava atrapalhando seu julgamento.



— Tá animado, heim? — Claro que não daria certo. O enforcador levou a mão aos lábios e emitiu um som ensurdecedor. — Esse é o seu fim! — Ele lançou duas kunais na direção do nosso corpo.



O assobio tirara o equilíbrio do Vingador e, por isso, ele não conseguia discernir muito bem a profundidade do chão, o que o fez tropeçar, para sua sorte. As kunais passaram por cima da nossa cabeça, no momento em que nosso corpo fora ao chão, num baque surdo. O garoto aproveitou-se e jogou-se em cima de nós pressionando nosso corpo no chão.



A nossa visão estava girando, múltiplos enforcadores giravam nas orbes desfocadas. O desespero começou quando as mãos, já não tão pequenas como antes, fecharam-se no pescoço do corpo que habitávamos.



Dentro da nossa mente, as correntes começaram a ceder, a vontade do Vingador se desfazendo aos poucos, conforme o ar era privado do nosso pulmão. A dor de ser mantido abaixo de uma montanha começava a aliviar, como se a montanha estivesse começando a ficar mais leve. Num movimento de pura força de vontade, recobrei meu controle do corpo, libertando-me das correntes, fazendo-as em pedaços.



Não foi o melhor momento para retomar o controle do corpo. Não quando meu peito doía, com a vontade de respirar. Meus membros se mexiam convulsivamente tentando libertar-se dele, mas as forças me faltavam. Eu tinha certeza que morreria ali, não fosse o vulto negro que encontrou a face do meu algoz.



Eu me lembro de ter ouvido o rugido de Sieg próximo a minha cabeça, mas estava tão ocupado tossindo e tentando normalizar meu ritmo respiratório, que não consegui acompanhar o que se seguiu.



Só minutos depois, ao ver a cena, percebi o que tinha acontecido. Sieg dera uma joelhada no enforcador que fora lançado para longe de mim, libertando minhas vias respiratórias. Havia shuriken’s fincadas no chão, o que queria dizer que Atalanta distraíra os movimentos do ilusionista enquanto Persian avançava para o bote final na traqueia do homem.



Quando finalmente consegui recobrar todos os sentidos, a matriarca ainda encontrava-se com sua mandíbula fechada no pescoço do enforcador, agora com sua idade original, talvez uns trinta anos. Seu corpo pendia, como se feito de pano. Scáthach, estava sendo içada por Siegfried e Atalanta cuidava de mim, Persian largou a carcaça do enforcador e montou guarda, como se esperasse mais alguém. Talvez viessem mesmo. Tínhamos que sair dali.



Scáthach, Atalanta e eu, armamos os Kikabu fuuda, de forma a causar um grande desmoronamento na atração. Encobriríamos todas as provas da batalha.



***

Pela manhã as coisas estavam bem agitadas na vila. Estava de cama, com uma tala no pescoço, o que não me ajudava a esquecer da sensação de ser enforcado. Os meninos estavam bem, todos cuidando de minha recuperação, como mães super-protetoras.



Nós saímos no exato momento da explosão e aproveitamos a comoção para nos misturarmos à multidão de pessoas que saía em debandada do circo. Passara no escritório de Ettan apenas para relatar o essencial e ir para o meu quarto, onde um médico fora chamado para me tratar. Segundo ele, eu podia ter morrido, mas só precisaria de uma semana de total repouso para me recuperar.



Desde o dia anterior, o Vingador estava quieto, o que me preocupava. Ele não era de fazer isso, mas devia entender que fora suas atitudes precipitadas que nos colocara na situação crítica em que nos encontrávamos.



Por fim, foi emitida uma ordem para que o circo fosse desmontado e, durante sua viagem, um acidente horrível aconteceu. Uma montanha fora atirada sobre a caravana por algum bandido da Ragnarok, pelo menos essa era a nota oficial dada pelos guardiões da fronteira. Era conveniente ter uma organização tão maléfica para culpar, ainda mais considerando a força monstruosa do Tsuchikage.



5050


Considerações
— Como sempre está tudo na narração.
— Como o NPC é do mesmo nível que eu ele só pode usar genjutsus de Rank D e E. Além disso, sou perito em genjutsu e treino com gen-user’s


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Animais
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MensagemAssunto: Re: [Rank D - Normal] Aron - Crazy Circus   [Rank D - Normal] Aron - Crazy Circus Icon_minitime5th abril 2016, 3:52 pm

Foi muito bom, tiveram alguns errinhos pequenos que podem ser relevados, parabéns nota máxima.

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MensagemAssunto: Re: [Rank D - Normal] Aron - Crazy Circus   [Rank D - Normal] Aron - Crazy Circus Icon_minitime

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