Adeus, Kirigakure no Sato.

_Acho adequada uma retaliação aos responsáveis pela decisão de abstenção das vilas ausentes_ Foi o ultimo pensamento antes das laminas que pousavam no braço do Espadachim cortassem a garganta dos marujos. Era rápido, uma velocidade guiada pela fúria que tinha de si mesmo. Sem um capitão, o barco rumava para um amontoado de pedras. O espadachim saltou buscando se equilibrar na água. Tomou distância e permitiu que a embarcação fosse destruída.

Olhou em volta, familiarizado com a névoa, começou a andar até uma área totalmente coberta por colunas afiadas de pedra que emergiam do mar. Entre elas, ambas as armas foram retiradas e o peso de ambas faria o trabalho. Uma em cada mão, a foice e a espada, largadas e consumidas pela água até se perderem no fundo do mar. Uma kunai, um corte profundo, veloz e forte no pulso. A  havia controle da técnica. Afundava junto com as armas e séria tomado pelos mares. Assim, sua fé estava mais acesa do que nunca, seu corpo teve segundos de alívio e só assim sentiu que Kirigakure estava bem. Hatii perdeu o rumo de sua vida pela segunda e ultima vez. Seu corpo não participaria de atos crueis e nem sua fiel lâmina. Aquilo foi seu último ato por Kirigakure no Sato.

Hatii ; dead

Considerações:

Usados:

Sinceramente, eu não queria estar ali: Já fazia algumas horas que passava folheando aquele maldito livro que escolhi ler. Falava sobre algumas condições para extrações de veneno, além de outras especifidades para estes últimos. Era importante, até, mas continha uma escrita cansativa demais. E por isso eu divagava facilmente.

Escorreguei a mão pelos olhos para descansá-los, e quando minha visão voltou perfeita, eu vi algo que não esperava ver. Eu estava ligeiramente longe no momento derradeiro, o suficiente para não ser notado mas mesmo assim conseguir observar com certos detalhes. Na realidade, toda aquela cena melancólica parecia triste de mais, aquele jovem próximo de pedras afiadas e letais, suas armas afundando em forma de metáfora ao que estava prestes a fazer, todo aquele clima cadavérico que só Kirigakure tinha e, por fim, o último corte que ele faria, em si mesmo, mortal.

É claro, seria triste apenas para os outros. Para mim, soava tão normal que parecia entendiante. Eu era um médico, afinal, e cadáveres eu já tinha visto de montes. E, ainda por ser o que era, foi que eu nadei até próximo e recolhi aquela carcaça. Bem, se já está morto, não vai se importar de servir como cobaia para alguns experimentos, deduzi despreocupadamente. Foi um trabalho árduo para meus braços fracos, mas finalmente trouxe o defunto até a margem. Dali, era direto ao laboratório, armazená-lo em condições preservativas.  

Consid.:

HP: 200/200, CK: 200/200.