[RP] The black ops.

Xangô Bejide. 1000. 900.

Atendia ao convocamento, mesmo que em um lugar informal; fora do gabinete. Havia ficado um tempo fora do jogo, mas ao que parece eles me queriam de volta. O que posso fazer? Quando se aprende a jogar, nunca mais se esquece.

• Kunai (x8)
  
• Shuriken (x15)
  
• Senbon (x30)
  
• Makibishi (x10)
  
• Kemuridama (x4)
  
• Bomba de Luz (x2)
  
• Kibaku Fuuda (x10)
  
• Makimono (x6)
  
• Zōketsugan (x4)
  

Armas:

O pequeno pássaro avoava em minha direção, ignorando a aversão que sua espécie normalmente teria da minha; somos todos impuros, afinal de contas, mas este não era uma ave comum. — Entendo. Entendo. — Confirmei duas vezes em direção ao pássaro de tinta conforme este pousava em meu joelho direito, visto que me encontrava sentado nos resquícios abandonados dum prédio nas proximidades. Então, aparentemente, o ninja não havia notado meu pássaro. Tendo as habilidades que tem, provavelmente seria capaz de notar um pássaro de tinta em meio aos outros três de verdade. Já que não notou, baixou sua guarda. Já que baixou sua guarda, confia em mim. Já que confia em mim mesmo sem me conhecer, demonstra submissão em relação á vila. Com um pergaminho aberto a alguns centímetros de minhas pernas em descanso, o pássaro fez do pedaço de papel seu ninho, retornando para dentro do mesmo conforme uma de minhas mãos cerrava o conteúdo antes exposto do mesmo. Peguei outro pergaminho; este, não mostrava harmonia de chakra com minha tinta especial, mas faria o trabalho. Rabisquei algumas vezes o mesmo com um pincel que era guardado junto com este, e em menos de dez segundos, estava pronto. Fechava este pergaminho também, e finalmente me levantava, abandonando o local privilegiado que ocasionalmente visitava.

Um pulo. Atravessando o prédio que nos separava, pousava a alguns centímetros de seu atual posicionamento. — Tenzou...-san, certo? — Esbocei um forçado sorriso; era incrível como este ato, mesmo que forçado e falso, te livrava de várias situações constrangedoras. Mudei abruptamente minha expressão facial, evidenciando a falsidade de meu sorriso, mesmo que sem querer. — Mesmo que eu tapasse meus ouvidos, ainda teria escutado seu nome nestes últimos dias. — Expressei em relação ao jovem, ainda não prestando atenção em suas expressões faciais perante a mensagem; não saberia interpretá-las muito bem, de quaisquer formas. Antes que prolongasse o discurso (e a oferta que guardava), aguardaria sua reação em relação ao que tinha sido dito. O pergaminho que rabisquei antes abria-se na horizontal, com o auxílio de minha mão esquerda, contra meu corpo, mostrando o que seria um retrato "falado" das informações que obtive de meu animalzinho, contrastando a perfeição do desenho com os ínfimos dez segundos que tive para retratá-lo. — Gosto de desenhar a alma das pessoas que ainda não conheci. O quão próximo eu fui, Tenzou-san? — Algumas alterações haviam sido feitas no desenho. Fora o corpo fiel do jovem, incrementei-o com um par de asas de demônios em suas costas e a palavra "alone" solitariamente desenhada como uma tatuagem logo abaixo de seu olho esquerdo. Fiz aquele sorriso falso que tanto pratiquei mais uma vez. Aguardei, por fim, suas reações.

A verdade é que todos nós em nosso intimo somos apenas versões criadas a partir de acontecimentos de nossas vidas, e no mundo em que vivemos, raramente estes acontecimentos nos marcavam positivamente, a real é que quase sempre estes acontecimentos eram tragédias. Podia contar ao dedo de quantos chegavam a postos altos sem antes passar por qualquer tipo de trauma em suas vidas. A única coisa que nos diferencia como ser humano, é o que esses traumas nos tornam, em que eles nos afetam e em que eles nos mudam. Em suma, alguns preferem rir, outros preferem não demonstrar nada. Isso fazia parte do ofício chamado de "Shinobi".

Apresentações eram desnecessárias, ele sabia quem eu era, e era impossível pra mim não reconhecer seu rosto e liga-lo a seu nome. Quando se está em um posto alto, se está em evidência, trazendo para sí todo tipo de fama. A sua era boa, a minha nem tanto - Sim. Sai, certo? - Perguntava por finesse, já sabia a resposta. Abria um pergaminho na minha frente, dizia algumas palavras e mostrava um desenho deveras elaborado;  -De fato um artista, mas não creio que uma alma possa ser desenhada. Além de que, você não me chamou aqui para avaliar seus desenhos Senpai. - Era seco na resposta, mas não queria ser mal interpretado, só queria ir direto ao ponto sem demais formalidades. Olhava a minha volta ainda inexpressivo e sério com um ultimo questionamento; De qual ângulo e a quanto tempo exatamente ele estava me desenhando?

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Armas:

Não apenas submisso e dedicado, mas objetivo também; ignorou meu desenho quase que instantaneamente. Talvez estivesse incomodado, em seu subconsciente; acertei em cheio. Com um súbito movimento, o pergaminho se contraiu, ocultando por fim seu conteúdo conforme disparava o mesmo com desprezo, quebrando alguma janela do prédio abandonado no processo. — Você está certo, Tenzou-san. Não busco validação artística, mas sim validação militar. — Delineei outro de meus falsos sorrisos para que as informações não o causassem desconforto no ouvir. Virei-me de costas para o mesmo, esticando minha mão esquerda com a palma virada para uma goteira, que lentamente enchia de água a nova superfície encontrada, rapidamente escorrendo o líquido pelos lados. — Fui nomeado a um cargo peculiar; "Sannin", como denominado, já que nosso Hokage gosta de nomes. — Fechei a mão esquerda antes estendida, permitindo que as gotas agora escorressem por meus punhos. — Como provavelmente sabe, eu liderava a Anbu, e respondia ao Bast. — Virei a mão, agora molhando as costas da mesma. — Como um voto de confiança, gostaria que você assumisse, com discrição, meu antigo cargo. Irá executar quem eu mandar que você execute, independente do quão inocentes, indefesos ou fracos pareçam. Nenhuma pergunta feita. Em troca, terá um esquadrão inteiro ao seu mando. — O que não contei ao mesmo eram as informações presentes nos relatórios dos ninjas que trabalharam com ele em missões passadas; "excesso de raiva" e "violência" eram palavras bem recorrentes nos mesmos. Trabalhando para mim neste modelo de trabalho, poderia descarregar a escuridão arraigada dentro de si ajudando a vila no processo. — É difícil achar alguém qualificado para o trabalho nestes tempos. Apenas alguns se encaixam. — Concluía sem sequer uma interrogação; novamente aguardava por suas respostas perante a situação para que traçasse seu perfil com maior profundidade.

Não era novidade a ninguém na aldeia as extravagâncias do atual Hokage, sua ultima fora a criação de um novo posto: Sannin. Um posto dedicado a ninjas extremamente competentes e fieis ao Hokage. Um posto capaz de competir com os espadachim da névoa, ou os guardiões de Kumo, para alguns uma forma de criar folclore para mim uma brilhante maneira de articular seu sistema militar, colocando seus generais ainda mais em alta.  Sem massagem, o Sannin ia ao assunto; A liderança da Anbu. No final, era meio óbvio o motivo de minha convocação; ele claramente me via como o assassino descontrolado que eu realmente era.

A Anbu era a força tarefa mais bem preparada da aldeia, em especial a de Konoha que muito provavelmente era a mais bem preparada de todo o mundo. Pouco se sabe de organização, o que se sabe é que suas missões normalmente envolvem assassinatos e espionagem, como fora confirmado pelo próprio Sannin, de resto era história, do tipo das que são contadas a crianças, histórias sobre bem feitores que livravam o mundo de Ninjas maus. Infelizmente na realidade era tudo muito mais complexo, a única coisa sobre os Anbu que de fato não era segredo eram suas curtas carreiras e normalmente, interligadas a caminhos obscuros. Sem nome, sem rosto, ninguém os saudava por suas ações, tão pouco por suas mortes. A Anbu era o lugar perfeito para se acabar com a vida de alguém antes dos 30.

Ao mesmo passo que, conseguir sobreviver nessa carreira, de fato lhe daria status e admiração impressionante pela aldeia, a prova viva disso estava a minha frente. - Fiz as devidas reflexões. - Podiam ter se passado segundos, mas em minha mente já havia traçado o que era melhor para mim, afinal eu não nasci na luz, e muito menos vivi nela e tenho certeza que não irei morrer próximo dela. - Seja um truque pra me conter de alguma forma, ou não, eu aceito.  Não ligo quem seja, não tenho problemas de matar para vocês. Sob a condição que eu possa faze-lo do meu jeito. -

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Armas:

Tudo se deu como planejado, por fim. Removi minha mão de baixo da goteira, efetuando um movimento exterior para que a água sobressalente se esvoaçasse. — Então está decidido. Apresente-se na central Anbu o quanto antes para que assine a papelada. — Promovia-o, ocultando-me novamente entre as sombras.

O mundo dava volta. Meus métodos antes desaprovados pela aldeia agora eram requisitados, e eu iria atender. Se eles queriam um assassino, teriam o melhor de todos. Apenas acenava com a cabeça e partia, iria começar o quanto antes.

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