[MD] Kayato

Missões realizadas

— Resgatar o gato perdido
— Reformas da vila
— Ajudar o clã médico com os cervos

RESGATAR O GATO PERDIDO

Mal tinha chegado à vila e já me tinham dado trabalho. Quão chato podia ser resgatar um gato que se perde todas as semanas? Que saco, pensei para mim. Parecia estranho, mas é verdade. Todas as semanas, pelo que uns Genins que eu tinha conhecido me tinham dito, o gato da senhorita My desaparecia. O nome dele era Tora e, desta vez, se não como nas outras todas, suspeitavam que tinha desaparecido numa das construções da vila. De momento, existiam uma infinidade de construções na vila, ela parecia ter sido atacada ou algo assim, pelo menos a zona mais central da vila tinha alguns danos estruturais; pelo menos, as construções estavam todas concentradas no mesmo local, o que facilitava a minha busca. Aquele trabalho não era para mim, mas, pelos vistos, teria que o fazer. Comecei a caminhar em direção às construções então, paradas temporariamente para o almoço dos trabalhadores. Era uma boa hora para procurar, as máquinas estavam paradas, então podia tirar o gato de lá com facilidade, caso o encontrasse; não seria fácil, mas não iria desistir apenas com cinco minutos de procura. O caminhar pesado das minhas botas fazia-se ouvir ao entrar numa casa com chão de madeira, que rangia a cada passo que dava, aquele piso irregular devia ter sido danificado ao mesmo tempo que as estruturas ali perto, mas não foi esse barulho assustador que me fez parar de procurar o gato por ali. Não estava ali, para meu infortúnio. Procurei no edifício ao lado, outra casa, mais moderna. As paredes por dentro ainda não estavam consertadas, era possível ver o laranja dos tijolos novos recentemente colocados. Nem a cobertura de cimento tinha ainda sido colocada. Era uma quase de dois andares, com escadas de madeira que faziam um barulho perturbador quando as pisava. O chão do andar de cima era também de madeira, quatro divisões e nenhuma delas tinha o gato.

Foquei-me no edifício do outro lado da rua, uma fábrica de espuma flexível, para colchões, estofos, entre outras coisas. A fábrica estava parcialmente danificada e, de momento, apenas recebia algumas reparações na parte do armazém, que tinha sido a mais afetada. Tudo o resto continuava a funcionar normalmente e com o dobro do trabalho, após uns dias de trabalho encerrado para ser consertar. Existiam muitas máquinas por ali e máquinas bem barulhentas, como era normal numa fábrica. Era um ótimo sítio para perder tempo a procurar, para além de ser muito grande. Espreitei por trás das máquinas, que estavam quase encostadas às paredes, algumas tinham um compartimento para onde caíam pequenos restos de materiais, espreitei para aí também; curiosamente, encontrou o gato num desses compartimentos, coberto de espuma de colchão, sujo e esfomeado. Finalmente, encontrei-o. Peguei nele, embora sofresse um bocadinho com alguns arranhões e mordidas. Sorte a minha que as minhas roupas impediam que ele me magoasse; podia encerrar o meu trabalho numa questão de minutos, precisava só de entregar o gato à sua dona e receber o típico agradecimento pela ajuda.

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REFORMAS DA VILA

Não bastou terem-me dado uma tarefa chata como a de procurar um gato, tinha que vir outra de seguida. Estava em casa, dormindo calmamente até meio da manhã, hora do meu treino, quando alguém decidiu bater à porta com extrema força e me acordar. Achei que seria uma urgência, tendo em conta a força e a pressa com que batia. Levantei-me à pressa, carregando a má cara de quem tinha sido acordado sem assim desejar. Quando vi o Jonin lá à porta, pensei que iria ser mandado a uma missão extremamente perigosa e urgente, mas a urgência era a necessidade de ajudar a descarregar camiões que tinham acabado de chegar à vila. Traziam centenas de materiais para as construções da vila e todos os Genins disponíveis deveriam ajudar para a vila se recuperar o mais rápido quanto possível. Acordarem-me para isso, que putaria. Pensei para mim, seria muito mau se começasse a falar tudo o que pensava ou sentia, não duraria mais que um minuto neste mundo, sequer na vila. Não me adiantava de nada ficar com esses pensamentos de mau humor, o trabalho que me tinha sido encaminhado devia ser feito e o serviço até já estava pago, então tinha que seguir o código de honra. Equipei-me com rapidez e fui até ao portão da vila, numa velocidade normal, quanto mais os que já estavam lá carregassem, menos que teria que carregar.

Fiquei extremamente irritado quando lá cheguei. Contava com três ou quatro camiões para descarregar, mas eram muito mais que isso, eu não tinha dedos suficientes nas mãos para os contar a todos. Podia ver também dezenas de Genins a trabalhar lá já e, pelo que parecia, ainda só iam no primeiro caminhão. Aproximei-me com indiferença e experimentei para dentro. Um camião enorme com sacos de cimento de quarenta quilos. Não conseguiria carregar mais que um de uma vez, afinal dois sacos já eram mais pesados que eu. O pior de tudo, a caminhada até ao centro da vila, onde eles tinham que ser deixados. Um camião demoraria uns cinco minutos a chegar lá, em linha reta. Um ninja, com um saco de cimento nos braços ou nos ombros, talvez uns quinze a vinte minutos, dependendo da passada. Éramos muitos por sinal, podia ver vários a ir para o centro da vila para deixarem o saco que carregavam e outros a voltarem para irem buscar outro saco. Assim foi, vinte minutos para ir e quinze para voltar. Quando cheguei novamente aos camiões, já eram mais ninjas a ajudar a descarregar e ainda mais pareciam chegar. Com isso, o primeiro camião ficou descarregado rapidamente. Logo veio o segundo, o terceiro e por aí fora. Finalmente. Com isso, perdi a manhã toda ali e ainda o início de tarde. Eram três e meia da tarde quando terminei, a minha barriga roncava mais que um porco, estava faminto. Corri para o restaurante mais perto, precisava abastecer o meu estômago o mais rápido possível. Naquele momento, acho que comeria qualquer coisa.

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AUXILIAR O CLÃ MÉDICO COM OS CERVOS

Depois de duas missões chatas que me tinham encarregado de fazer, finalmente encarregavam-me de algo mais interessante e perigoso. Ajudar o clã médico a caçar uns servos. Ora, eu não gostava muito de matar ou ferir animais, mas era para salvar vidas humanas, então acho que podia ignorar esse facto em parte. Para além disso, eu não tinha que os matar, podia apenas caçá-los e deixá-los inconsciente. Ia partir cedo com mais uns homens, afinal eu não conseguiria caçar o suficiente sozinho. Iríamos numa carroça com uma caixa longa, para podermos assim trazer bastantes cervos. Podia ser algo perigoso se aparecesse um urso raivoso e esfomeado no meio da floresta, então ir sozinha não era uma opção. Quatro, que era o número dos homens que iam contando comigo, era o suficiente para realizar essa missão e ainda evitar perigos como esse; a reunião era na entrada da vila, já lá estava, junto da carroça estruturada em madeira com rodas antigas. Um pano branco cobria a parte de trás da carroça, onde tinha alguns abastecimentos para a viagem. Os outros três homens pertenciam ao clã médico e não deviam tardar a chegar, pelo que eu sabia eles iram trazer um veneno paralisante onde eu devia banhar as minhas senbons para, mais tarde, usá-las nos cervos para que pudessem ficar inconscientes. Tanto tempo, pensava eu, já estava há mais de uma hora há espera que os homens chegassem. Mais um minuto aqui e ali, caminhando de um lado para a frente e eles, por fim, apareceram. Eram homens altos e entroncados, robustos, pareciam treinados para lutar. Os três tinham um aspeto bastante diferente, mas usavam a bandana na vila na testa.

Sem demoras, partimos. Eu fui na parte de trás com o mais novo entre os três homens. Enquanto isso, separávamos o veneno para quatro fracos, para que cada um pudesse ter um e molhar senbons ou outros armas básicas lá, para serem usadas enquanto caçaríamos. Íamos conversando pelo caminho, falando algumas piadas e trocando algumas experiências. Não tardou até chegarmos à floresta onde iríamos iniciar a caçada. Ficarmos os quatro muito juntos não era uma boa opção, então decidimos nos separar um pouco, sem grandes distâncias para o caso de algo acontecesse. Aquela era um local onde bastantes cervos habitavam, então não existia dificuldade nenhuma em encontrar nenhuma. Eu andava pelos ramos das árvores, saltando de ramo em ramo, o mais silencioso o quanto possível, para não afastar os cervos. Retirei algumas senbons da minha bolsa, banhei-as no veneno dado e lancei duas delas na direção de um cervo que estava por baixo de mim. Acertei-lhe em cheio na zona do tronco, ele começou a correr, a fugir, sem hesitar persegui-o. Ele acabou por cair, inconsciente. Carreguei-o de volta para a carroça, colocando-o na parte de trás. Assim foi uma vez mais e outra logo a seguir; sempre voltava na direção da carroça, para colocar lá os servos. No fim do dia, eu fui quem tinha caçado mais. Para algo tão simples, eu tinha me divertido bastante, o que me levou a troçar um pouco de forma saudável dos homens que foram comigo. Rimos um pouco pelo caminho, voltamos para a vila e eu recebi o meu pagamento. Como era óbvio, fui gastá-lo no meu almoço, estava faminto depois de uma aventura daquelas.

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