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 002 - A marca da amizade;

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Blackbeard
Nidaime Hokage
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Blackbeard


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MensagemAssunto: 002 - A marca da amizade;   002 - A marca da amizade; Icon_minitime2nd junho 2017, 5:01 am


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002 - A MARCA DA AMIZADE

A terra dos meus calçados caía ao impacto das solas contra os galhos das árvores. Esgueirava-me entre copas e troncos, trilhando um caminho há muito tempo conhecido. Acariciava os arredores com os olhos, tomado pela nostalgia das memórias que bombardeavam minha mente. – Oh, essa era uma boa área para treinamento. Sussurrava ao passar rapidamente por um círculo desmatado entre a floresta.  Meus passos corridos agora levavam-me sobre um percurso bastante visitado. O chão estava batido, os matos não rodeavam a estrada. Ao longe, um pequeno risco de fumaça podia ser visto indo de encontro às nuvens.

O amontoado desordenado de árvores cessava repentinamente e dava lugar ao círculo sem vegetação em torno da cabana. Sorri sem perceber. Meus passos hesitaram ao deixar a floresta. Faz tanto tempo que não o vejo. Pisei três vezes contra a terra batida e três kunais de direções distintas tilintavam em meu rumo. O sorriso intensificou-se e minhas costas curvaram, deixando que os metais colidissem entre si ao abaixar a cabeça. Peguei-os no ar antes que se dispersassem para longe. – Ei velhote, apareça. Nenhuma das suas armadilhas funcionará contra mim. Uma figura sombria e curvada deixava a proteção da árvore e mostrava-se à luz. – Afinal... Lambi os lábios com a língua de tamanho exagerado, fitando-o continuamente. – Foi eu quem as criou. As palavras quebravam a tensão como o explodir repentino de um explosivo. O semblante horripilante do velhote desfazia-se, esculpindo em seu lugar um largo e simpático sorriso. – Então você voltou.  A voz velha e ríspida lutava para sair. Parecia estar aprisionada há anos.

Nos sentamos em torno da lareira. O velho retirava a chaleira do fogo e nos servia um chá de aroma incomparável. – Você não seria capaz de contar a quantia de sonhos que tive sobre esse chá. Pronunciei ao dar uma pequena golada. – Não subestime minhas capacidades matemáticas, pequeno Bast. – Não tem mais o direito de me chamar de pequeno, velhote. A gargalhada ecoou frente à minha frieza sem se intimidar. – Você está certo. Olhe só pra você, está enorme. O sorriso mantinha-se constante nos lábios do ancião. Transpassava toda calmaria e quietude da alma de um idoso. – Também manteve a mente afiada. Foi capaz de lembrar da armadilha que fez quando recém completou 4 anos. Sorri, deixando vazar um pouco da arrogância inconsciente de minha atual personalidade. – Você por outro lado, parece ter definhado nessa cabana. Caso contrário, não ficaria admirado com algo tão simples. Outra gargalhada misturava-se ao crepitar do fogo. Com o fim da risada, se fora também a paz que irradiava daquele homem. – Porém, vejo que não cumpriu com seu dever. Desta vez, toda a obscuridade acumulada no fundo de um coração antigo concentrou-se na voz. O fogo vacilou, quase apagando. Fechei os olhos e apreciei outro gole.

Fitei-o com o canto dos olhos, evitando olhá-lo diretamente. Sabia que as palavras do velho refletiam a verdade e olhá-lo apenas acentuaria a vergonha que enrubescia minha pele. Seu suspiro decepcionado provavelmente poderia ser ouvido ao lado de fora da cabana. – Conte-me o que fez até agora. Decretou, sem alterar a frieza na voz. Também suspirei, porém, aliviado. – Não pude encontrar o membro perdido da família, velho. Passei a encarar a fogueira. – Mas encontrei alguém que quero proteger. Virei o rosto em direção oposta à ele e, por mais que não o visse, senti o peso do ambiente diminuir. – Ah é?! Conte-me sobre essa pessoa. Engoli mais um bocado do chá e desta vez fitei o fundo de seus olhos. – Seu nome é Awashi... Uchiha Awashi.

A conversa durara horas. Contei sobre como conheci o jovem Uchiha, batalhando ao seu lado e formando uma dupla excepcional sem sequer tê-lo visto antes. Falei sobre nosso desenvolvimento e toda a comemoração quando Awashi havia despertado o terceiro nível de seus olhos. Sobre como fizemos nossos nomes e construímos nossa reputação. – E cá estou, sensei. Apesar de todas as conquistas, falhei na missão que me dera. Cerrei o punho em torno da xícara e o trincado ruiu. Sentia a raiva aumentando e se alastrando, como o deslizar de dezenas de cobras em direção à presa. Explodiria, se não fosse a dor no pescoço espalhar-se rapidamente. Tentei encontrar o velho com os olhos, mas tudo que vi fora seu sorriso de satisfação. – No fim, parece que você não falhou em encontrar seu “irmão”... O silêncio e escuridão dominaram minha consciência. A cobra que deixava a manga da capa esfarrapada do ancião desgrudava do meu pescoço, voltando ao interior das vestes. Uma marca na área da mordida formava-se aos poucos; 3 negros e simétricos tomões.

Descolei as pálpebras lentamente e o branco das nuvens tomava forma. O que aconteceu?! Senti minha mente pesada, ainda mais que o corpo. O pescoço queimava e os olhos pareciam ter sido enterrados em meio ao deserto. Apoiei-me sobre os quatro membros, ainda trôpego. – O que aquele velho está pensando?! Olhei em volta e esculpi um sorriso forçado. – O que você tá fazendo velho maldito? Uma barreira escarlate me rodeava. Do lado externo o ancião mantinha a postura de quem comandava. – Sua mente brilhante não percebeu a essência da missão em que fora submetido, Bast. Então cabe ao velho definhado lhe explicar. Nesse momento a raiva de outrora voltou a correr em meu sangue. – DO QUE ESTÁ FALANDO? Gritei. – Sua missão... não era para encontrar um membro perdido da família. Afinal, você não possui parentesco algum desde o massacre contra sua linhagem. O senhor de coluna curvada começou a circular a barreira, como se ansiasse por algo. – Seu poder aumentou desde que encontrou Awashi, não é mesmo?! Isso porque o verdadeiro poder de um homem reside na necessidade de proteger um irmão. Não uma amante, amigos ou até mesmo seus criadores, um irmão! A competição entre duas almas que se igualam, a lealdade, a inspiração, o amor... Um irmão é o fragmento restante de nossas almas, perdido no momento de nossa criação. E essa marca... Apontou meu pescoço com a bengala na qual se apoiava. – É meu presente por tê-lo encontrado. Esse selo irá conceder-lhe um enorme poder, o qual deverá ser usado em nome do laço entre dois irmãos; em nome de Bast e Awashi. Tentei enxergar a marca à qual referia-se, sem sucesso. Presumi que havia algo em meu pescoço. – Domine esse poder e vocês triunfarão; a cobra tornar-se-á um temível dragão, batendo asas ao lado da águia. Não pude conter o espanto e recuei um passo, com os olhos saltados. – C-como você sabe?! O sorriso simpático do velho tornou-se arrogante e sagaz. – Com quem pensa que está falando, garoto?! Suas mãos juntaram-se e um selo se formou. Senti a mesma dor de outrora, dessa vez, três vezes mais forte.

A queimação progredia por todo o corpo. Ao passar pelos braços, percebi ao que o velho se referia. Então é isso?! O que está acontecendo?! Caí de joelhos, pressionando com as mãos o foco daqueles entalhes em minha pele. – Ei, explique o que é isso! AGORA! A voz ecoou sem abalar o constante e simpático sorriso do ancião. – Um selo que irá suprimir seu poder e lhe concederá outro em troca. – AAAAAH! A dor aumentava conforme as marcas tomavam meu corpo. – Porém, você não deve deixar que essa energia te domine. Entregue seu corpo, domine a mente. Lembre-se do treinamento quando pequeno; a mente é o centro de todas as forças. Meus gritos aumentavam em conjunto com a dor. O que é isso?! Sinto como se esse poder escurecesse minha mente. Como se eu tivesse que lutar contra a escuridão. O barulho do meu torso chocando-se contra o solo preencheu o interior da barreira. Já não tinha forças para gritar, ou talvez ela estivesse sendo focada na batalha travada contra as sombras que tentavam dominar meus pensamentos.

Os segundos foram infinitos e torturantes. Senti-me no inferno, lutando contra demônios para recuperar minha mente. A batalha durara dias, semanas, meses, o tempo parecia decorrer de forma descontrolada durante o momento de agonia. Aos poucos meu corpo acalmava-se, como as gotas finais de uma tempestade. Permaneci imóvel por alguns segundos, como um defunto. O cenho do velho franziu ao me observar. – Ora, ora... Levantei-me lentamente, recobrando a consciência. Firmei o equilíbrio sobre os dois pés e fitei-o incessantemente. As marcas ainda perpetuavam em meu corpo, porém, estáveis. Não mais se moviam como uma cobra em fuga. – Então é isso... O sorriso do espectador acentuou-se. – Essa coisa se alimenta do meu chakra. Se eu controlar a quantia que ela come, controlo seu poder. Caí novamente, desta vez apenas sobre um joelho. – Mas devo admitir, é algo difícil de se fazer. A ponta da bengala encostou contra a barreira e a mesma se desfez. – Agora que tem controle sobre o selo, não precisaremos disso. Venha, vamos relembrar os tempos em que batalhávamos por essa floresta. Mostre-me os resultados do seu treinamento em Konoha, pequeno Bast. Levantei, flexionei os joelhos e disparei em sua direção.

As asas e cauda eram absorvidas pela minha pele conforme as marcas regressavam ao ponto principal do selo. O cenário estava completamente diferente; crateras por todos os lados, poças d’água sob o céu sem nuvens, árvores devastadas caídas por todos os lados. Minha respiração ofegava conforme os pulmões escassos de ar buscavam por oxigênio. O velho, por outro lado, mantinha o sorriso calmo e as vestes ainda mais esfarrapadas. A quantia de dias passados desde o início do treinamento era desconhecida. – Você de fato cresceu, Bast. Encarei-o friamente, ciente de que se tratava de uma despedida. – Mesmo após anos, você continua a me ensinar. Sou grato à você por tudo que fez por mim sensei. Mantive as emoções longe da voz e curvei-me ao mestre. Lembranças da infância transcorriam por meus pensamentos quando senti o calor das mãos calejadas tocarem minha cabeça. Pela primeira vez desde que havia chegado, sorri. Não fora um sorriso simples, em resposta a algo engraçado. Aquele curvar dos lábios fora a retratação de todo o amor e gratidão que sentia por aquela pessoa. – Adeus... sensei.


Bast;
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Awashi
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MensagemAssunto: Re: 002 - A marca da amizade;   002 - A marca da amizade; Icon_minitime2nd junho 2017, 3:53 pm

Ok.
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