Blackbeard Nidaime Hokage
Função : ADMINISTRADOR Mensagens : 3655 Pontos por atividade. : 4003 Reputação : 12
Ficha Shinobi HP: (1800/1800) Chakra: (1900/1900) [NPC] Experiência: (0/0)
| Assunto: 002 - A marca da amizade; 2nd junho 2017, 5:01 am | |
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002 - A MARCA DA AMIZADE
A terra dos meus calçados caía ao impacto das solas contra os galhos das árvores. Esgueirava-me entre copas e troncos, trilhando um caminho há muito tempo conhecido. Acariciava os arredores com os olhos, tomado pela nostalgia das memórias que bombardeavam minha mente. – Oh, essa era uma boa área para treinamento. Sussurrava ao passar rapidamente por um círculo desmatado entre a floresta. Meus passos corridos agora levavam-me sobre um percurso bastante visitado. O chão estava batido, os matos não rodeavam a estrada. Ao longe, um pequeno risco de fumaça podia ser visto indo de encontro às nuvens.
O amontoado desordenado de árvores cessava repentinamente e dava lugar ao círculo sem vegetação em torno da cabana. Sorri sem perceber. Meus passos hesitaram ao deixar a floresta. Faz tanto tempo que não o vejo. Pisei três vezes contra a terra batida e três kunais de direções distintas tilintavam em meu rumo. O sorriso intensificou-se e minhas costas curvaram, deixando que os metais colidissem entre si ao abaixar a cabeça. Peguei-os no ar antes que se dispersassem para longe. – Ei velhote, apareça. Nenhuma das suas armadilhas funcionará contra mim. Uma figura sombria e curvada deixava a proteção da árvore e mostrava-se à luz. – Afinal... Lambi os lábios com a língua de tamanho exagerado, fitando-o continuamente. – Foi eu quem as criou. As palavras quebravam a tensão como o explodir repentino de um explosivo. O semblante horripilante do velhote desfazia-se, esculpindo em seu lugar um largo e simpático sorriso. – Então você voltou. A voz velha e ríspida lutava para sair. Parecia estar aprisionada há anos.
Nos sentamos em torno da lareira. O velho retirava a chaleira do fogo e nos servia um chá de aroma incomparável. – Você não seria capaz de contar a quantia de sonhos que tive sobre esse chá. Pronunciei ao dar uma pequena golada. – Não subestime minhas capacidades matemáticas, pequeno Bast. – Não tem mais o direito de me chamar de pequeno, velhote. A gargalhada ecoou frente à minha frieza sem se intimidar. – Você está certo. Olhe só pra você, está enorme. O sorriso mantinha-se constante nos lábios do ancião. Transpassava toda calmaria e quietude da alma de um idoso. – Também manteve a mente afiada. Foi capaz de lembrar da armadilha que fez quando recém completou 4 anos. Sorri, deixando vazar um pouco da arrogância inconsciente de minha atual personalidade. – Você por outro lado, parece ter definhado nessa cabana. Caso contrário, não ficaria admirado com algo tão simples. Outra gargalhada misturava-se ao crepitar do fogo. Com o fim da risada, se fora também a paz que irradiava daquele homem. – Porém, vejo que não cumpriu com seu dever. Desta vez, toda a obscuridade acumulada no fundo de um coração antigo concentrou-se na voz. O fogo vacilou, quase apagando. Fechei os olhos e apreciei outro gole.
Fitei-o com o canto dos olhos, evitando olhá-lo diretamente. Sabia que as palavras do velho refletiam a verdade e olhá-lo apenas acentuaria a vergonha que enrubescia minha pele. Seu suspiro decepcionado provavelmente poderia ser ouvido ao lado de fora da cabana. – Conte-me o que fez até agora. Decretou, sem alterar a frieza na voz. Também suspirei, porém, aliviado. – Não pude encontrar o membro perdido da família, velho. Passei a encarar a fogueira. – Mas encontrei alguém que quero proteger. Virei o rosto em direção oposta à ele e, por mais que não o visse, senti o peso do ambiente diminuir. – Ah é?! Conte-me sobre essa pessoa. Engoli mais um bocado do chá e desta vez fitei o fundo de seus olhos. – Seu nome é Awashi... Uchiha Awashi.
A conversa durara horas. Contei sobre como conheci o jovem Uchiha, batalhando ao seu lado e formando uma dupla excepcional sem sequer tê-lo visto antes. Falei sobre nosso desenvolvimento e toda a comemoração quando Awashi havia despertado o terceiro nível de seus olhos. Sobre como fizemos nossos nomes e construímos nossa reputação. – E cá estou, sensei. Apesar de todas as conquistas, falhei na missão que me dera. Cerrei o punho em torno da xícara e o trincado ruiu. Sentia a raiva aumentando e se alastrando, como o deslizar de dezenas de cobras em direção à presa. Explodiria, se não fosse a dor no pescoço espalhar-se rapidamente. Tentei encontrar o velho com os olhos, mas tudo que vi fora seu sorriso de satisfação. – No fim, parece que você não falhou em encontrar seu “irmão”... O silêncio e escuridão dominaram minha consciência. A cobra que deixava a manga da capa esfarrapada do ancião desgrudava do meu pescoço, voltando ao interior das vestes. Uma marca na área da mordida formava-se aos poucos; 3 negros e simétricos tomões.
Descolei as pálpebras lentamente e o branco das nuvens tomava forma. O que aconteceu?! Senti minha mente pesada, ainda mais que o corpo. O pescoço queimava e os olhos pareciam ter sido enterrados em meio ao deserto. Apoiei-me sobre os quatro membros, ainda trôpego. – O que aquele velho está pensando?! Olhei em volta e esculpi um sorriso forçado. – O que você tá fazendo velho maldito? Uma barreira escarlate me rodeava. Do lado externo o ancião mantinha a postura de quem comandava. – Sua mente brilhante não percebeu a essência da missão em que fora submetido, Bast. Então cabe ao velho definhado lhe explicar. Nesse momento a raiva de outrora voltou a correr em meu sangue. – DO QUE ESTÁ FALANDO? Gritei. – Sua missão... não era para encontrar um membro perdido da família. Afinal, você não possui parentesco algum desde o massacre contra sua linhagem. O senhor de coluna curvada começou a circular a barreira, como se ansiasse por algo. – Seu poder aumentou desde que encontrou Awashi, não é mesmo?! Isso porque o verdadeiro poder de um homem reside na necessidade de proteger um irmão. Não uma amante, amigos ou até mesmo seus criadores, um irmão! A competição entre duas almas que se igualam, a lealdade, a inspiração, o amor... Um irmão é o fragmento restante de nossas almas, perdido no momento de nossa criação. E essa marca... Apontou meu pescoço com a bengala na qual se apoiava. – É meu presente por tê-lo encontrado. Esse selo irá conceder-lhe um enorme poder, o qual deverá ser usado em nome do laço entre dois irmãos; em nome de Bast e Awashi. Tentei enxergar a marca à qual referia-se, sem sucesso. Presumi que havia algo em meu pescoço. – Domine esse poder e vocês triunfarão; a cobra tornar-se-á um temível dragão, batendo asas ao lado da águia. Não pude conter o espanto e recuei um passo, com os olhos saltados. – C-como você sabe?! O sorriso simpático do velho tornou-se arrogante e sagaz. – Com quem pensa que está falando, garoto?! Suas mãos juntaram-se e um selo se formou. Senti a mesma dor de outrora, dessa vez, três vezes mais forte.
A queimação progredia por todo o corpo. Ao passar pelos braços, percebi ao que o velho se referia. Então é isso?! O que está acontecendo?! Caí de joelhos, pressionando com as mãos o foco daqueles entalhes em minha pele. – Ei, explique o que é isso! AGORA! A voz ecoou sem abalar o constante e simpático sorriso do ancião. – Um selo que irá suprimir seu poder e lhe concederá outro em troca. – AAAAAH! A dor aumentava conforme as marcas tomavam meu corpo. – Porém, você não deve deixar que essa energia te domine. Entregue seu corpo, domine a mente. Lembre-se do treinamento quando pequeno; a mente é o centro de todas as forças. Meus gritos aumentavam em conjunto com a dor. O que é isso?! Sinto como se esse poder escurecesse minha mente. Como se eu tivesse que lutar contra a escuridão. O barulho do meu torso chocando-se contra o solo preencheu o interior da barreira. Já não tinha forças para gritar, ou talvez ela estivesse sendo focada na batalha travada contra as sombras que tentavam dominar meus pensamentos.
Os segundos foram infinitos e torturantes. Senti-me no inferno, lutando contra demônios para recuperar minha mente. A batalha durara dias, semanas, meses, o tempo parecia decorrer de forma descontrolada durante o momento de agonia. Aos poucos meu corpo acalmava-se, como as gotas finais de uma tempestade. Permaneci imóvel por alguns segundos, como um defunto. O cenho do velho franziu ao me observar. – Ora, ora... Levantei-me lentamente, recobrando a consciência. Firmei o equilíbrio sobre os dois pés e fitei-o incessantemente. As marcas ainda perpetuavam em meu corpo, porém, estáveis. Não mais se moviam como uma cobra em fuga. – Então é isso... O sorriso do espectador acentuou-se. – Essa coisa se alimenta do meu chakra. Se eu controlar a quantia que ela come, controlo seu poder. Caí novamente, desta vez apenas sobre um joelho. – Mas devo admitir, é algo difícil de se fazer. A ponta da bengala encostou contra a barreira e a mesma se desfez. – Agora que tem controle sobre o selo, não precisaremos disso. Venha, vamos relembrar os tempos em que batalhávamos por essa floresta. Mostre-me os resultados do seu treinamento em Konoha, pequeno Bast. Levantei, flexionei os joelhos e disparei em sua direção.
As asas e cauda eram absorvidas pela minha pele conforme as marcas regressavam ao ponto principal do selo. O cenário estava completamente diferente; crateras por todos os lados, poças d’água sob o céu sem nuvens, árvores devastadas caídas por todos os lados. Minha respiração ofegava conforme os pulmões escassos de ar buscavam por oxigênio. O velho, por outro lado, mantinha o sorriso calmo e as vestes ainda mais esfarrapadas. A quantia de dias passados desde o início do treinamento era desconhecida. – Você de fato cresceu, Bast. Encarei-o friamente, ciente de que se tratava de uma despedida. – Mesmo após anos, você continua a me ensinar. Sou grato à você por tudo que fez por mim sensei. Mantive as emoções longe da voz e curvei-me ao mestre. Lembranças da infância transcorriam por meus pensamentos quando senti o calor das mãos calejadas tocarem minha cabeça. Pela primeira vez desde que havia chegado, sorri. Não fora um sorriso simples, em resposta a algo engraçado. Aquele curvar dos lábios fora a retratação de todo o amor e gratidão que sentia por aquela pessoa. – Adeus... sensei.Bast; 1000/900. - Considerações:
Essa é minha quest de obtenção do Juuinjutsu. Esse personagem existe desde a criação da minha ficha e utilizei-o como um meio para adquirir o selo. Caso queiram detalhes sobre o mesmo, leia minha história. Após o que foi narrado, deixei a floresta e retornei à vila.
- Descrições:
- Citação :
- Juuinjutsu
Rank: S Descrição: Na falta de um corpo forte o suficiente para lidar com o Modo Sábio, Orochimaru tinha que criar um método alternativo de utilizar senjutsu. Ele, portanto, utilizou Jūgo, cujo corpo naturalmente produz uma enzima que desencadeia transformações corporais, para desenvolver uma marca de selos amaldiçoados que alimentam o chakra do portador enquanto fornece-lhes chakra do senjutsu de Orochimaru. Como resultado, os compatíveis com os selos amaldiçoados também são compatíveis com Jūgo, permitindo-lhe transplantar a sua própria carne e chakra em seus corpos.
Além de suas várias cobaias, Orochimaru deu selos amaldiçoados para alguns de seus seguidores mais poderosos e únicos, tanto para melhorar suas habilidades como para prepará-los para se tornar corpos hospedeiros de potencial. Para aplicar um selo amaldiçoado, Orochimaru morde o destinatário, fazendo isso com a ajuda de suas presas afiadas e pescoço extensível. O selo, em seguida, aparece no corpo da vítima perto da punção ferida antes de levá-la a perder a consciência. Se a vítima sobreviver a aplicação do selo, posteriormente desperta com o seu primeiro estado ativado. Orochimaru criou uma grande variedade de selos amaldiçoados, então a aparência e o poder dos selos variam, com todas as variações conhecidas compostas de três marcas idênticas dispostas em um padrão circular.
- Equipamentos:
- Citação :
- Shaed
Rank: S Descrição: Uma capa especial tecida através do chakra e elementos naturais, tendo a capacidade básica de alterar sua forma e cores/transparência, camuflado seu pertencente em todos os âmbitos em que julgar-se necessário. Originalmente negra, o tecido reage ao chakra do portador e, assim, ativa seus efeitos. Também é capaz de bloquear a percepção do chakra de quem a veste, como uma barreira que mantém as características perceptíveis do chakra presas em seu interior.
Notas: • Os efeitos apenas são ativos ao consumir 100 pontos de chakra do portador, feito este apenas realizado com autorização do usuário e mantendo-se ativo pelo período de 3 postagens; • Os efeitos de camuflagem e ocultação de chakra não podem ser utilizados simultaneamente, sendo necessário o fim da utilização de um para que o outro seja ativo; - Citação :
- Tōken (刀剣)
Descrição: Uma tōken é uma arma longa utilizada para combate. Enquanto a maior parte das espadas em Naruto são as tradicionais katanas japonesas, tantō ou ninjatō, as espadas utilizadas pelos personagens principais tendem a prestar pouca semelhança com as armas reais, como é o caso dos sete espadachins da névoa. A maioria dos shinobi aparentam ter uma preferência por lâminas longas, enquanto alguns ninjas como Tenten preferem espadas menores, principalmente para arremessá-las de longa distância.
- Citação :
- Retractable Hidden Blades
Descrição: Retractable Hidden Blades são lâminas pontiagudas geralmente ocultadas no braço/punho do usuário. As lâminas podem ser usadas para golpear o alvo ou bloquear golpes inimigos, mais notavelmente utilizada em assassinatos. - Citação :
Bunomesuchi Rank: D Descrição: É um Boomerang feito de aço, com grande poder de corte, usado por um ladrão que deseja roubar um valiosíssimo tesouro feito por um famoso artesão. O boomerang corta cordas grossas de uma ponte, visando matar o artesão. - Citação :
- Konoha Chakra Blade
Rank: - Descrição: As Lâminas de Chakra são uma lâmina padrão exercida por shinobi de Konoha. Estas espadas têm a aparência de uma kunai alongada com o símbolo de Konohagakure sobre ela e são feitas de um metal especial que absorve chakra. Devido a isso, a lâmina pode transformar livremente o chakra do usuário para produzir efeitos adicionais.
- Kunai (x8)
- Kunai Invertida (x20)
- Shuriken (x15)
- Senbon (x30)
- Makibishi (x10)
- Kemuridama (x4)
- Bomba de Luz (x2)
- Kibaku Fuuda (x10)
- Makimono (x12)
- Zōketsugan (x4)
- Hyōrōgan (x3)
- Fio de Aço (20m)
- Musen (x1)
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