[Missões D] Ryotaro

Citação :

Calçamento das Ruas
Rank: D
Objetivo: Ajudar nas reformas.
Descrição: Algumas ruas estão sem calçamento, somente no barro. Ajude alguns trabalhadores na estrada ao norte da vila.

O expansivo território da aldeia da nuvem estava em constante crescimento e por isso eu estava debaixo do sol com as minhas madeixas loiras empapadas de suor grudando no meu rosto liso e caucasiano. Eu seguia firme, empinando a parte de trás de um carrinho de mãos carregado de cimento enquanto dava passos largos com meus pés pequenos e frágeis. — Eu não vejo a hora de fazer missões de verdade... — Resmungava sob o calor massante. Estava sob a orquestra de uma construção: pás sendo batidas, massa sendo preparada e até pregos sendo martelos no intuito de criar os moldes de madeiras em que encaixariam os ladrilhos da rua.

— Ei, seu pedreiro, onde eu deixo isso? — Perguntava, soltando o cabo do equipamento e enxugando o suor da minha testa com a manga da blusa lilás que me cobria o peito. O homem, um senhorzinho idoso de aparência agradável, passou a mão nos seus fios grisalhos e riu abertamente comigo, apontando para a resposta óbvia: ao meu lado estava uma pilha de cimentos contrastando com o muro dourado logo atrás. Mais dois operários se juntaram ao minuto de descontração e voltaram a desempenhar suas funções, misturando os ingredientes de alguma coisa com uma pá bem grande.

Vendo o desafio que era asfaltar uma rua e deixar com um aspecto agradável, voltei ao armazém de materiais para construção com um sorriso no rosto e admirando mais aquela profissão. Nos meus pensamentos mais íntimos, qualquer escolha além de ser um ninja era totalmente pífia e triste, no entanto algumas experiências me fizeram pensar que mais valia uma vida comum longe dos campos de batalha do que a incerteza de que poderia nunca mais encontrar seus entes queridos no final do expediente. O fundo da loja onde os produtos ficavam era escuro e úmido com um chão de terra batida e vários suportes de madeira onde empilhavam os materiais. Peguei uma lista do meu bolso que dizia: três sacos de cimento, uma pá grande e uma régua de um metro.

A pá e o cimento já estavam à minha esquerda, mas tardei para achar a régua, pois estava sob uma prateleira antiga num canto afastado. Com as encomendas sobre o carrinho, mais uma vez fiz o esforço de erguê-lo, sentindo a minha lombar latejar. A pior coisa de estar asfaltando um lugar é que o terreno é irregular e torna péssimo trafegar com o carro de mão. Depositei o cimento aonde estava e entreguei os outros equipamentos, então desempenhei outras funções até concluirmos a obra.

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