[RAND D] Erik;

Tinha chegado à vila apenas há uns meses e as coisas tinham mudado tanto. Finalmente eu podia comer boa comida todos os dias, ter uma cama lavada e ainda tomar um banho todos os dias. Tanto eu como Cubellios não poderíamos desejar melhor, estávamos agora mais saudáveis que nunca. Cubellios parecia ter crescido mais rápido desde então, mesmo que ainda não estivesse muitos grande. Ele era um bom companheiro e eu tinha a sensação que ele ia tornar-se num grande também.

Porém, havia algo que nos perturbava. Estávamos parados no tempo, eu tinha-me tornado um ninja e a única coisa que eu fazia era passear pela vila e ir à academia assistir a umas aulas que devia ter assistido quando era mais novo. É claro que treinávamos todos os dias, mas as coisas estavam chatas, não evoluíamos dali. Inicialmente, aquando da mudança, até tivemos algum trabalho e muito que fazer, mas agora estava tudo feito, nós poderíamos ficar só entre treinar, dormir, comer, passear pela vila e ir assistir a uma aula ou outra na academia.

(...)

Já tinha saído de casa para dar mais uma volta pela vila, podia ser que algo surgisse pelo caminho. — Você é um Genin, certo? — surgiu uma voz atrás de mim e eu tinha a certeza que era para mim. Sem pensar duas vezes, virei-me para trás. Um Jonin caminhava na minha direção com um pergaminho na mão. "Uma missão?!" pensei eu, já criando alguma expectativa sobre o desenrolar daquela abordagem. — Sim, eu sou. — respondi com confiança, com o desejo de saber realmente se ele iria precisar de mim para algo.

— Ótimo, procurava um. Preciso que realize esta missão simples, boa sorte. — pediu, falando rapidamente, parecia apressado. Em segundos, sumiu, deixando-me com o pergaminho na mão. Abri-o de forma apressada, estava ansioso para saber o que aquilo era. Fiquei com o queixo caído de desilusão, era uma missão das mais simples possíveis. Eu tinha que resgatar um gato de uma senhora nobre da vila. "Isto é sério?!" pensei para mim um pouco chateado. Estava com a expectativa de que iria sair da vila, protegendo alguém, mas afinal só ia procura um maldito gato que devia estar perdido nas construções da vila.

(...)

Já tinha percorrido quase todas as construções da vila, em nenhuma achei o maldito gato Tora que serviria de petisco para a minha cobra. Eu já tinha um animal para cuidar, e bem perigoso, porque teria que andar a cuidar dos animais dos outros? Enfim. Ocorreu-me por acaso que estavam construindo uma mansão junto da casa da senhora, então talvez o gato tivesse ido para lá matar a sua curiosidade e acabasse por ter ficado lá preso ou assustado em algum lugar. Era a última construção que faltava, então ele só podia lá estar; isto se ele realmente estivesse assustado numa das construções da vila.

Era uma construção muito grande, certamente estava certo quando falei que era uma mansão; era impossível alguém não se perder ali. Ninguém estava por lá, os trabalhadores deveriam ter ido a algum lugar. Então, podendo ou não, eu iria entrar e assim o fiz. Percorri todos os cantos à casa, em alguns locais estava até bastante escuro, mas o gato não parecia ter-se colocado nesses locais. Acabei por entrar num quarto, vazia, com apenas um móvel do lado direita e algumas caixas por cima. Curiosamente, uma delas estava no chão. Peguei nela para a colocar no sítio e, para minha surpresa, lá estava o gato.

Era um gato castanho de cor marrom, que parecia ter estado à arranhar a caixa por muito tempo para tentar sair dali. Em tantos locais que ele poderia ter estado, acabou por ir contra o armário e fazer a caixa cair por cima dele. Algo bastante ridículo, mas o melhor seria eu não entender mesmo. Quando lhe tirei a caixa de si, ele ficou me encarando por alguns segundos, mas depois começou logo a correr. Corri atrás dele, tinha que entregá-lo à dona, mas acabei por perceber que ele estava a dirigir-se para casa.

Fui atrás dele, de forma mais calma. Eu queria os meus méritos de ter sido eu que o encontrei, então acabei por chegar quase ao mesmo tempo que ele. A senhora olhou para ele, recebendo-o como se ele tivesse voltado dos mortos. Depois olhou para mim, sorriu. — Foi você que o encontrou? — perguntou-me, claramente satisfeita por já ter recebido o gato em sua casa. — Sim, fui eu. — respondi normalmente. — Muito obrigado por ter encontrado a minha única companhia. Por favor, aceite isto para pagar o seu tempo e por o ter trazido. — disse-me, apontando um saco com algum dinheiro dentro. Aceitei sem pensar duas vezes. Despedi-me da senhora e segui o meu caminho.

Sangue: 450, 450.
Chakra: 400, 400.

Citação :

Cubellios, キュベリオス
Rank: D
Descrição: Cubellios é uma cobra semelhante à Cobra de Barriga Amarela. Com cerca de quarenta centímetros, possui escamas da cor violeta com um branco amarelado por baixo. Os seus olhos são verdes com pupilas pretas e têm o formato equivalente aos de uma cobra venenosa. Tem a capacidade de produzir venenos muito mortíferos. Suas picadas venenosas têm a capacidade de induzir uma morte lenta e muito dolorosa.

Já tinham passado uns dias desde a última missão. Foi uma missão chata, mas deu para ganhar algum dinheiro. Estava em casa de cu alapado no sofá esperando que me viessem bater à porta pedindo os meus serviços novamente. Eu sabia que isso não aconteceria, mas estava com alguma preguiça de me levantar e Cubellios estava tão nem descansando no meu peito que nem queria acordá-lo. Eu sabia que tinha que fazer algo, não podia só ficar ali deitado olhando para o teto vendo a minha cobra dormindo.

Levantei-me, ela sentiu os meus movimentos e veio atrás. Saí porta fora, podia ser que tivesse a mesma sorte de antes e pudesse achar algo para fazer. De fato, não pareceu demorar muito. Um grupo de ninjas médicos parecia caminhar em direção ao portão da vila, fiquei curioso sobre o que podia estar a acontecer, até que um deles decidiu meter conversa comigo. — Essa cobra é sua? — perguntou, sem ficar muito espantado. — Sim, é. — respondi, interessado sobre o que iria acontecer. — Ela sabe caçar? — perguntou novamente, não estava a perceber onde ele queria chegar. — Sim, claro. — respondi.

Ele disse para eu esperar um pouco e chamou alguém que parecia ser o seu superior, com quem trocou algumas palavras. Voltou para trás e falou comigo. — Somos ninjas médicos e estamos saindo para caçar alguns cervos. Quer vir connosco? Decerto será uma grande ajuda. — perguntou. Era apenas uma missão de caça, mas certamente teria alguma ação, então nem pensei duas vezes. — Claro. — respondi. Corri então com o outro garoto que parecia ser mais velho que eu e também de um rank superior para junto do grupo. Iríamos a outra ilha ali perto, finalmente conheceria algo mais.

(...)

A chegada à outra ilha foi rápida, se não fosse a névoa, daria para avistar Kirigakure dali. Talvez Cubellios conseguisse, tendo em conta a visão aguçada dele. Pelo que o garoto me tinha dito, ali existiam muitos cervos. Não era difícil caçá-los, só precisávamos de fazer silêncio e tentar abatê-los com algum tipo de arma. Geralmente, eles até brincavam com isso, o que caçasse mais, teria direito a folgar ao trabalho no dia seguinte. Muitos nem ligavam para isso, era mais pela honra de ganhar a superiores ou a amigos, mas até que era engraçado.

Todos se separaram, eu fiquei com Cubellios, nunca me separaria dele. Entramos vila dentro e foi possível vermos uma floresta densa lá. A humidade cobria as folhas das árvores e dos arbustos, deixando-as pingando. Isso perturbava um pouco a minha audição, mas nada que eu não conseguisse superar. Estava concentrado em outros barulhos, como o barulho de cervos correndo, caminhando, comendo, dormindo, entre outras coisas que eles pudessem fazer. Tinha Cubellios pronta para morder, assim como um conjunto de Senbons banhadas com o veneno da cobra retirado dos dentes.

Caminhamos uns metros e podemos ouvir vários cervos juntos. Tentamos aproximar-nos sem fazer barulho, tomando caminhos sem muitos arbustos ou ramos caídos. Ficamos escondidos atrás de uma árvore, estavam seis cervos ali, provavelmente não conseguiria pegar todos de uma vez. Peguei numa das senbons banhada em veneno e fiz sinal a Cubellios. No momento exato, lancei a fina agulha na direção de um dos servos e acabou lançou-se ao pescoço de outro, enrolando-se nele, tentando que ele não fugisse.

Não demoraram a cair. A senbon que eu lancei deveria ter sido vital, pois o pobre animal caiu de imediato no chão. Quanto ao outro, a cobra também conseguiu matá-lo cerca de um minuto depois. Éramos uma bela dupla. Levamos os cervos para junto dos barcos e voltamos a caçar, usando o mesmo método. No total, conseguimos apanhar treze cervos e acabamos por superar todos os outros números. Eu era bom naquilo, talvez por ter um parceiro animal ou talvez por ter vivido demasiado tempo na floresta e saber como caçar sem problemas.

Voltei para a vila com aquele grupo de médicos, fomos a conversar o caminho todo enquanto eu brincava com eles por lhes ter vencido no concurso. Não trabalhava, então certamente não ia folgar no dia seguinte, mas foi bom não ter deixado mais ninguém poder folgar. Muitos ficaram chateados por isso, todos iam trabalhar no dia seguinte; na chegada a vila, agradeci pelo divertimento, mas, mesmo assim, eles me deram uma boa quantia em dinheiro como recompensa por os ter ajudado e ganho. Tinha conhecido boa gente hoje, esperava vê-los por aí.

Sangue: 450, 450.
Chakra: 400, 400.

Citação :

Cubellios, キュベリオス
Rank: D
Descrição: Cubellios é uma cobra semelhante à Cobra de Barriga Amarela. Com cerca de quarenta centímetros, possui escamas da cor violeta com um branco amarelado por baixo. Os seus olhos são verdes com pupilas pretas e têm o formato equivalente aos de uma cobra venenosa. Tem a capacidade de produzir venenos muito mortíferos. Suas picadas venenosas têm a capacidade de induzir uma morte lenta e muito dolorosa.

Mais uns dias sem fazer nada se passaram, inclusive a data do meu aniversário. Festejei-o sozinho com Cubellios, mas muita gente me felicitou. Isso agradou-me, mas preferia ter festejado aqui com quanta gente quanto fosse possível. Enfim, não se pode ter tudo. Já iam uns dias desde a última missão, ainda não tinham passado os mesmos de espera que tinha esperado antes, mas não faltava muito. Contudo, por muito curioso que seja, sempre que saía de casa algo me surgia para fazer, missão ou não.

Na tentativa de provar que esta minha teoria estava certa, saí de casa novamente. Estava a ser um dia agitado na vila, as pessoas corriam de um lado para o outro, especialmente ninjas, não sabia exactamente porquê. Passaram várias correndo na minha frente, até que decide perguntar a um. — Desculpa, o que está acontecendo? Por que todo mundo está correndo nessa direção? — abordei, interrompendo a corrida dele. — Chegaram vários carregamentos para a vila, desde material de construção a ferramentas ninja. Se puder ajudar, ficaremos agradecido e retribuiremos. — respondeu. Eu acenei com a cabeça e corri com ele, certamente que queria ajudar, mesmo parecendo algo chato.

Quando consegui ver a entrada da vila, reparei na incrível quantidade de camiões que lá estavam para carregar. Com certeza que a maioria dos ninjas da vila estavam ali a ajudar. Fiquei responsável por ajudar a descarregar os camiões de ferramentas ninja, eram imensas caixas e pesadas. Tinha que levá-las para a academia e deixá-las na sala de reunião de Times Ninja. Peguei em tantas caixas quanto podia levar, que não eram mais do que duas, e fui na direção da academia. Ainda era uma viagem de dez minutos, especialmente carregado. Cubellios ainda tentou ajudar, mas desta vez não havia nada que ele pudesse fazer.

(...)

Foram várias viagens seguidas. Carreguei todo o tipo de armamentos, kunais, shurikens, senbons, makimonos, makibishis, enfim, uma infinidade deles. No fim de descarregar tudo, eu estava exausto. Apesar de não ter parecido, aquilo tinha demorado toda a tarde. Eram já dezanove horas e eu tinha começado a ajudar às treze horas. Seis horas sempre a carregar caixas, a recompensa tinha que ser boa. Ao deixar a última caixa na sala de Times Ninja, eles deram-lhes algumas águas e algo para comer. Não queriam que ninguém tivesse uma quebra de tensão ali. Deram-me também um cheque de nota de pagamento, a quantia era boa, então fiquei satisfeito por ter ajudado. Caminhei de volta para casa e mal caí no sofá, adormeci. Não demorei nem dez segundos.

Sangue: 450, 450.
Chakra: 400, 400.

Citação :

Cubellios, キュベリオス
Rank: D
Descrição: Cubellios é uma cobra semelhante à Cobra de Barriga Amarela. Com cerca de quarenta centímetros, possui escamas da cor violeta com um branco amarelado por baixo. Os seus olhos são verdes com pupilas pretas e têm o formato equivalente aos de uma cobra venenosa. Tem a capacidade de produzir venenos muito mortíferos. Suas picadas venenosas têm a capacidade de induzir uma morte lenta e muito dolorosa.