When she hits her ass on the floor! [RP]

Não tinha dormido após a ultima missão. Não que estivesse descansado, pelo contrario, estava exausto. Minha cama parecia ser a melhor companheira naquela situação, meus dedos corriam cada cicatriz em meu corpo trazendo pequenas lembranças dos dias escuros da minha vida. Pela janela assisti a lua dando lugar ao sol, a pequena neblina da manhã estava extremamente convidativa para uma caminhada e, quem sabe, conseguir refletir melhor sobre minhas funções naquela vila.

Me levantei vestindo roupas quentes, um crocs preto para ficar bonito. Na mesa daquele apartamento eu deixava sempre um saco cheio de balas e outros doces, o ritual para sair da casa era simplesmente encher a mão de doces e guardar no bolso da jaqueta, não perderia a honra do ritual. Feita a preparação sai de casa levando também os equipamentos básicos para qualquer urgência, andaria pelas ruas de Kumo sem um rumo, ignorava os maus olhares que encontraria nessa caminhada. Talvez fosse a hora de voltar ao Psicólogo.

full

equip:

Os demônios na minha mente jamais se acalmavam, lembravam-me das falhas que cometi e das vítimas do meu fracasso como médico. Mesmo conhecendo os malefícios eu acendi um cigarro de filtro vermelho, era mais forte, por isso batia com mais vigor no pulmão e nas vozes inquietas. Trancava a fumaça por longos segundos e soltava no ar rarefeito, naquela altura ela se dissipava muito mais rápido do que no nível do mar.

A luz dos postes oscilava com frequência, projetando minha silhueta em direções alternadas. Parecia o cenário de um filme de terror, no entanto não passava de outra noite solitária - ou o mais perto disso. Engoli meus pensamentos quando surgiu uma figura caminhando em minha direção. Conferi mentalmente as minhas armas dentro da bolsa de ferramentas; a aldeia costumava ser segura, porém ter cuidado nunca é demais. Fiz questão de assegurar o meu ritmo, mas sem vacilar.

FULL

Bolsa da réllou quíti:

Passos leves mas cheios de preocupações, já faziam anos desde a ultima noticia que recebi sobre meu pai. Agradecia. Não queria me envolver com alguém tão podre, meu poder será usado da maneira que eu julgar certa, foda-se o que meu pai pensou. Levantei a cabeça olhando se esbarraria em algo, avistava um silhueta, com as mãos no bolso retirei uma bala apenas apertando seu pacote ejetando a mesma até minha língua. Conforme o açúcar derretia, meu corpo relaxava e meu olhar ficava calmo com os olhos entreabertos.

Agora mais próximo continuei andando, pensava seriamente em ignorar a presença do outro mas talvez uma breve conversa com algum desconhecido me despertasse um pingo de esperança naquela noite calma, tediosa e fria na Aldeia. Continuei pensando como faria para puxar assunto e, quando nossos caminhos finalmente se encontravam, apenas parei virando de frente para o outro. Dava uma leve cutucada em seu ombro, não fazia a menor ideia de como conhecer uma pessoa. _ Oi. - Deixava minha sair levemente rouca. Sem graça, apenas deixei um sorriso que tomava conta de todo meu rosto. Era a melhor maneira de iniciar um papo?

full

equip:

Estava tão absorto em meus pensamentos que mal pude notar a cutucada, mas retribuí suas palavras. — Ahn, olá... — Reprimi, franzindo o cenho. Uma situação como essa era realmente rara, talvez eu estivesse lidando com algum tipo de louco. Ninguém cutuca um estranho de madrugada e diz olá. Escorri meus dedos longos e finos pelo manto e fechei o sobretudo, trazendo seus lados para o centro do meu peito; a brisa se acentuou por um instante e percorreu minha espinha, esfriando-me os ossos.


— Prazer, sou Seiga. O que faz aqui? — Indaguei tranquilamente. A sombra projetada pelo meu cabelo emaranhado cobria o brilho nos meus olhos, então joguei a franja para tentar um diálogo mais franco. Relaxei e baixei meus ombros outrora tensos, deixando transparecer minha trégua e tranquilidade na sua presença.

FULL.

UFA!! Respirei aliviado. Conseguia dar o primeiro passo sem receber qualquer tipo de julgamento (ou não). Meus olhos buscavam por qualquer canto uma explicação para ter chamado o outro. Inquieto cocei levemente o lado careca da minha cabeça e deixei meu olho, escuro e avermelhado, levemente arregalado; parecia surpreso.

_ Prazer, sou Takeru Ut. - Me curvei levemente para saldar a presença e atenção que foi concedida. _ Na verdade eu não faço a mínima ideia do que estou fazendo. - Deixei um sorriso sem graça, quase forçado, escapar. Coloquei as mãos no bolso da calça, arrumei meu pé naquele crocs estiloso e comecei a andar calmamente. O que fazer? O que falar? _ Er... gosta de doces? - Não pensava em algo melhor, saquei três balas do bolso e estendi a mão para que Seiga se servisse. Já pareço um traficante?

full

equip:

Consi:

Avaliei seguidamente a maneira como aquele estranho agia, então constatei que poderia se tratar de três situações: ele possuía algum problema comportamental, ele queria meus órgãos ou tinha chegado de uma ilha deserta agora. A primeira foi a que decidi apostar, mesmo a segunda sendo mais óbvia. Estendi a minha mão e aceitei sua oferta, pegando o doce que se destacava na sua mão pálida como uma barata num pano de mesa vermelho.

Removi a embalagem do caramelo e me deparei com o fumo que acendi antes quase escapando entre o dedo médio e o indicador, tinha no maço meia dúzia de cigarros e não iria desperdiçar o sétimo com tanta facilidade. Distanciei o aperitivo do trajeto da fumaça, não queria que o sabor fosse afetado. — Eu sou muito enérgico, preciso fumo para me acalmar. — Desabafei e fiz uma longa pausa, esperando que ele me entendesse. — Acredito que a o cheiro te incomode, não é mesmo? É irônico um médico como eu fumar tanto.

Minhas últimas palavras foram intervaladas por longos tragos, arremessei o filtro e tossi freneticamente, esperei que o surto cessasse e degustei do docinho.

FULL

Ele aceitou, ele aceitou!! Sorria enquanto o outro pegava a bala na minha mão, aproveitei para colocar duas em minha boca. O açúcar derretendo era prazeroso. Me recuperei daquela sensação relaxada e ajeitei a postura. Entendia o que ele dizia por que, assim como o fumo o acalmava, o açúcar era meu jeito de fugir um pouco do estresse.

_ Eu entendo como é. Pode fumar a vontade. - Inclinei a cabeça para baixo; o surto de tosses dele não me surpreendia já que o mesmo fumava, fiquei atento para ajuda-lo se fosse necessário. Qual o próximo passo? Devo pagar um jantar romântico? Respirei fundo, levantei a cabeça visando o céu. _ Sei que pode parecer estranho. Nunca participei de uma missão... quer me acompanhar em uma? - Fiz a proposta sem ao menos olhar para o outro.

full

equip:

Consi:

Me acalmou saber que ele não se importava com o fedor do cigarro, então me senti na obrigação de aceitar sua oferta. — Tem um porém, eu não sou muito bom com técnicas ofensivas... Preciso melhorar nesse quesito e isso pode levar certo tempo. Preferi ser sincero e expor minhas falhas do que fazer o garoto criar expectativas sobre mim e no final descobrir que sou um saco de batatas para ser carregado.

— Eu nunca pensei em ser um ninja, mas fui obrigado a passar pela academia, assim poderia aprender a controlar o chakra e desenvolver jutsus médicos para ajudar os outros. — Fiz um longo intervalo quando o caramelo começou a se dissolver debaixo da minha língua. — Se não for te atrapalhar, podemos ir numa missão juntos!


FULL

Um ninja medico? Maravilha! Consegui ver naquele jovem garoto uma oportunidade para, além de uma boa amizade, controlar melhor meu selo amaldiçoado. Meus pés ficavam inquietos, batia a sola do crocs no chão repetidas vezes. Devo conta sobre o selo? Respirei fundo e soltei todo o ar pela boca. Não tinha uma historia agradável com ninjas médicos.

_ Meu pai era um ninja médico. Tsuki Takeru... ele está preso agora. - Dizia aquilo com um tom totalmente diferente, parecia triste. Balancei a cabeça e dei pequenos tapas no meu rosto para me recuperar daquela sensação. Espero que não conheça a historia de Tsuki Takeru. _ Vai ser um prazer te acompanhar nessa missão, Seiga-kun.

full

equip:

Consi:

O meu corpo estremeceu, mas tentei conter a surpresa. Tsuki Takeru? Acendi outro cigarro mais rápido do que imaginaria ser possível, mas havia acabado de engolir a bala que quase travou minha garganta. Tsuki era um prodígio que só aparecia de geração em geração e também o homem responsável por me ensinar tudo o que eu sabia, mas isso não precisava ser dito. Eu havia continuado minhas aulas com ele na cadeia, inclusive. Ensinar o que sabia faria com que reduzissem sua pena ou algo do gênero, não tinha certeza.

— O prazer é todo meu, Takeru-kun. — Respondi, agradecido por ele querer me acompanhar numa missão.

FULL