[RANK D] Morino Tetsuo

CAPITÃO NASCIMENTO escreveu:

Resgatar o Gato Perdido
Rank: D
Objetivo:
Descrição: Sua missão é encontrar o gato perdido Tora. Madame My está esperando ansiosamente. Provavelmente o gato está na perdido por entre as construções da vila, amedrontado.

Era manhã, por volta das sete e meia, e eu havia acabado de acordar. A casa era grande demais para uma criança morar sozinha, principalmente uma de oito anos, mas o tamanho e a solidão não me intimidavam. Os Morino são durões e aguentam até tortura, e eu que era o 'maior gênio' da nossa família não sentiria medo de viver abandonado. Vesti meu quimono vermelho e calcei minhas sandálias antes de sair de casa, em jejum. O mundo ao meu redor na mais completa escuridão não me afeta, porque minha audição aguçada me permite captar informações que uso para me localizar geograficamente, como um morcego.

Após aceitar a missão designada rumei para o sul e depois para o leste, chegando numa região periférica da vila. Como era uma região mais distante, haviam menos prédios e as casas eram mais espaçosas, de famílias com melhor condição financeira. Bati na porta de madeira com o nó dos dedos, porque era a casa de Madame My e meu primeiro instinto era pegar informações sobre o alvo.

– Com licença, Madame. Tô aqui pelo gato, Tora.
– OOOOOOOOOOOOOOOOOOOH Você encontrou meu tesouro?! QUE ANJO! Você é tão fofinho! Tem dez anos?!

Madame My me pegou desprevenido em um abraço animalesco - mas particularmente confortável, porque ela era uma grande senhora gorda.

– Madame.... Madame..... Madame My! – Gritei de súbito, antes que fosse sufocado – Eu sou o ninja cego da aldeia da folha, Morino Tetsuo. Eu tenho oito anos e sou considerado o maior gênio da minha idade, então me respeite!
– OOOOOOOOOOOOOOOOOOOWWWWWWWNNNNNN Só oito aninhoooooooooos! E você ach....... Ué, calma aí, você disse Ninja Cego? E como você vai achar o meu Tora-chan?!
– Não preciso de bengala ou cão guia, porque sou treinado desde que aprendi a andar. Sou o ninja cego de Konoha: Morino Tetsuo! Confie em mim, madame. Agora, por favor, você pode me levar até a cama do Tora-chan?

Ao chegar na cama do Tora fui capaz de distinguir seu cheiro, que era uma mistura de lavanda, urina e areia. Usando meu olfato aguçado eu banquei o cão farejador por uns minutos, até encontrar uma pista. Senti um leve cheiro de sardinha junto ao cheiro do Tora, a duas quadras da casa. Concluí então que Tora-chan gostava de peixe e portanto fui até a peixaria mais próxima.
Na peixaria me deparei com um problema, porque haviam seis gatos e seus cheiros se misturavam entre si além do forte cheiro de peixe. Pensei em carregar todos nos braços mas tive uma ideia melhor. Roubei dois peixes frescos expostos na bancada da peixaria. O primeiro atirei aos gatos, que brigaram com unhas e dentes por um pedaço; o segundo agitei no ar para atraí-los.
Me movi calmamente de volta para a casa de Madame My, sendo seguido por uns dezesseis gatos a julgar pelos diferentes tipos de miado que expressavam. Joguei o peixe na soleira da porta e deixei que os gatos comessem.

Madame My foi atraída pelo barulho e encontrou o seu Tora-chan junto com quinze amigos. Me pagou o que me era devido e por isso eu parti.

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CAPITÃO NASCIMENTO escreveu:

       Brincando com o Cachorrinho
   Rank: D
   Objetivo: Entreter o animal.
   Descrição: Ikky vem sofrendo de insônia a meses, finalmente os médicos conseguiram dar a ele um remédio para dormir. O problema é que seu cachorrinho não deixa! Como se acostumou a brincar toda a noite, é só ver seu dono fechando os olhos, que ele começa a latir. Ikky está ficando muito nervoso. Ajude-o a dormir, distraindo seu cachorrinho.

Ikky morava no centro da vila, algumas quadras de distância do centro comercial. Cheguei em sua casa exatamente às sete e trinta e oito, quando o sol se pôs totalmente e a movimentação no centro começava a diminuir lenta e gradualmente. Ikky abriu a porta e por sua voz e seu cheiro pude perceber que ele não estava saudável. Sua respiração também estava irregular e isso me preocupou, porque talvez ele precisasse de cuidado médico especializado. Como minha bandana cobre meus olhos cegos, foi só bater o olho em mim que ele entendeu que se tratava de um ninja.

– Por favor, por favor... Leve o Poncho com você. – implorou o cliente – Eu estou prestes a morrer de cansaço.
– Poncho? – peguei o cachorrinho no colo e concluí que era um filhote, e pelo nome assumi que era macho. – Pode relaxar, senhor, vou distraí-lo pra você.

Saí de lá rapidamente para que o cliente pudesse dormir o mais rápido possível. Uma vez no centro da vila, coloquei o cachorro no chão e passei a puxa-lo pela coleira. Por ter apenas alguns meses Poncho não era nem de perto capaz de competir com minha velocidade máxima, por isso passei a correr no limite do que ele aguentava. O provoquei periodicamente para que ele ficasse tentado a me morder, mas isso foi para que ele não perdesse o pique.

Algumas horas mais tarde já havíamos dado meia volta ao redor da vila pelo lado de dentro dos muros. Poncho não aguentou mais e desabou de cansaço, então o peguei no colo e levei de volta para a casa de seu dono. Não deixei que Poncho dormisse, e toda vez que ele tentava eu o acordava com tapinhas na orelha ou jogava água nele. Tudo para que ele não dormisse até Ikky acordar.

Quando Ikky acordou, várias horas depois, Poncho estava como um zumbi, cansado e estressado, por isso estava rosnando para todos os humanos.

– Senhor, se você voltar a dormir agora Poncho vai te imitar. Caso você não consiga dormir a noite e precise tomar novamente o remédio, dê meio comprimido pra ele misturado com um pedacinho de carne. Isso vai resolver o problema.

Ikky ainda estava muito sonolento, mas me pagou. Esperei que ele voltasse para a cama e dormisse, dessa vez com a companhia de Poncho, e então fui embora.

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Floricultura da Vila
   Rank: D
   Objetivo: Cuidar da floricultura.
   Descrição: A garota que cuida da floricultura agora é uma Kunoichi médica muito atarefada, sua missão é cuidar da floricultura enquanto ela está fora! Se tem alergias a flores, use uma máscara!

A Floricultura Hanatora abria as portas às seis da manhã, por isso cheguei lá às cinco e quarenta para receber instruções da Negumi senpai. O serviço cobraria muito mais das minhas capacidades de relacionamento humano do que habilidades shinobi. Ela me indicou que na esquerda ficavam as plantas artificiais e permitiu que eu tocasse nas pétalas e folhas para conhecê-las pelo tato, me mostrou que no centro da loja ficavam as "flores perfumadas classe A" - que nada mais eram do que rosas vermelhas, brancas e as raras rosas azuis - e trouxe uma de cada para que eu experimentasse o aroma doce que emanavam. Na direita ficavam outras plantas e flores (samambaias, orquídeas, violetas, trepadeiras, cactos e girassóis). Depois de conhecê-las, fui para o balcão onde Negumi me indicou como funcionava o caixa e passou os valores dos produtos para mim. Quando ela foi embora eu vesti o avental que ela mandou, bordado com a inscrição "Floricultura Hanatora", e aguardei até que aparecessem os clientes.

Horas mais tarde o primeiro cliente entrou. Era o Ikky, dono Poncho.
– Senhor Ikky, você tá bem mais saudável...
– Oh, é você! Eu fiquei me sentindo mal de não perguntar seu nome. Você me ajudou muito. – Ikky estava visivelmente sem graça.
– Hahaha, tá tudo bem! Você precisava muito dormir. – Estendi minha mão direita como sinal de cortesia. – Eu sou Morino Tetsuo, o ninja cego de Konoha.

Ikky apertou minha mão, mas a fraqueza no aperto revelou sua insegurança.

–  Cego? Você é cego?
–  Sim, eu sou o Ninja Cego, é um título legal, né?! – fiz um sinal de positivo para ele e mandei um sorriso, pra mostrar que sou forte.
–  Caramba, você só tem uns nove anos, já é um ninja e ainda por cima conseguiu isso sendo cego... Você deve ser bom! Hahahahaha.
–  Sim! Hahaha. Mas venha, senhor Ikky, deixe eu te mostrar nossas rosas azuis ultra raras. Normalmente custam dez mil ryous, mas eu vou vender por cinco pro senhor já que eu gosto de você.
–  DEZ MIL????!!!! Uma flor?!
– Não é uma flor qualquer! É a Rosa Azul de Suna, que só floresce quando o cacto Sunasuna é alimentado com chakra durante seis dias e seis noites. Se você não comprá-la agora, nunca mais vai ver outra dessas.
– Isso é verdade, Tetsuo?
– Não! Hahahahahaha.
– Seu malandro hahahahaha, quase me enganou.
– Mas senhor Ikky, essa flor tem um ótimo perfume, e é a favorita das mulheres. Hoje treze garotas vieram para vê-las, mas nenhuma comprou por causa do preço.
– Se eu comprar pra uma garota....... Pode ser que dê certo. Me dê dez dessas, tem uma mulher maravilhosa que eu preciso conquistar.
– Com dez flores dessa você não vai só conquistar, vai casar com ela!

Montei um buquê com dez rosas azuis e cobrei cinquenta mil ryous, amarrei com um laço branco e entreguei para o senhor Ikky. Ele pagou e foi embora confiante, por isso fiquei feliz por ele. O resto do dia foi calmo, com poucos clientes, até às dezoito horas, quando fechei a loja. Negumi senpai voltou e fechou o caixa, e ficou admirada com o bom resultado num dia tão comum quanto aquele. Me pagou e me liberou para voltar para a casa, por isso recebi o dinheiro e parti.

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