[Rank B] Awashi - O Pergaminho do Kage

Citação :

O Pergaminho do Kage
Descrição: O pergaminho do Kage foi roubado, contendo técnicas secretas, recupere o pergaminho, mas cuidado: pode ser que o ninja tenha aprendido alguma técnica do pergaminho.

Como sempre fazia, encontrava-me ou em meus estudos ou na área de dojo, ainda dentro das mansões de meu Clã, praticando contra um dos cabeças da família; este se chamava "Hidashi". Já analisei-o com meus olhos algumas vezes antes desta luta. Era descuidado com seu pé esquerdo sempre que fazia um movimento ofensivo, tanto telegrafando com o pé o seu movimento antes de acontecer, quando pendendo-o em excesso para a frente após um ataque, o que prejudicaria seu equilíbrio. Justamente por isto, mantive minhas esquivas sempre para meu lado direito, forçando Hidashi a trabalhar com seu pé esquerdo; num súbito e definitivo movimento, dobrei seu punho direito que me atacava antecipando-o por estar atento aos movimentos que fazia com o pé esquerdo, abusando também de sua temporária falta de equilíbrio para fazer com que suas costas batessem no chão. — Finalizado! — Bradava um dos juízes voluntários do dojo conforme eu ajudava Hidashi a se levantar; trocamos alguns elogios, mas os mantive breve, enquanto meu prévio adversário não media suas palavras de generosidade. — Não é a toa que te consideram um gênio. Uma surra dessas, sem usar o Byakugan... — Fomos interrompidos. — Hyūg-ga A-Awashi-sama! — Esbaforia um dos mensageiros, inalterado em sua ofegância conforme me entregava uma carta, fechada com o selo pessoal do Hokage; ele estava pronto a me dar mais explicações, mas assim que tomou seu fôlego, o interrompi. — O selo já diz o suficiente. Dispensado. — Comandei em firme voz, enquanto o mensageiro atendia com a cabeça e se retirava. Agarrando uma toalha que voava em minha direção, secava meu rosto após ter aberto a carta. Analisava seu conteúdo com cuidado, locomovendo-me simultaneamente em direção aos meus aposentos para que trajasse minha roupa de combate.

Era rotineiro o Hokage buscar primeiramente ás famílias nobres para solucionar seus problemas mais importantes, e ciente disto não fiquei surpreso com o pedido repentino. Amarrando a bandana em minha testa e vestindo uma mochila com os mantimentos necessários para a viagem, me via pronto para o início da missão. Desta forma, resolvi partir o mais cedo possível, enquanto ainda era abraçado pelas luzes solares, para iniciar a longa caminhada rumando o topo de uma montanha deserta; como isto estava relacionado, me encafifava, mas descobriria em breve.

Awashi; intacto.

Consid.:

O trajeto que começara fácil demonstrou ser desafiador nos momentos seguintes; fosse por trechos íngremes ou pelo solo pouco confiável em certos momentos do percurso, tive de manter a atenção redobrada em determinadas partes do trajeto, embora nunca abaixasse minha guarda em quaisquer lugares. Como mantive um ritmo acelerado e desfrutava dos mantimentos de minha mochila quando uma pequena pausa para descanso era necessária, pude percorrer grande parte da montanha mais rápido do que a maioria o faria. Ainda não no cume da montanha, parecia me deparar com o que poderia ser meu objetivo; como não estava ciente do que devia fazer nesta montanha, presumi que a cabana que se refletia perante meus olhos níveos poderia ser a de meu alvo. Aproximaria-me da mesma, portanto, esbanjando cuidado, porém mantendo a linhagem sanguínea de minha família ausente de meus olhos por agora. Investigaria a cabana a fundo se tivesse a oportunidade.

Awashi; intacto.

O abrigo em questão não era muito grande, como esperado ─ afinal de contas não se pode esperar muito do que deve ter sido construído com o intuito de ser um abrigo temporário; justamente por isto, não adentrei em seu interior, já que, desde a entrada, meus olhos alcançariam todo o perímetro do local momentaneamente desabitado. Dei outra olhada em volta do arvoredo que circundava a pequena moradia e, notando um caminho razoavelmente oculto que só tornava-se visível de acordo com o ponto de vista de um indivíduo, aproximei-me de sua modesta entrada. Com exceção desta, os dois caminhos notavelmente visíveis revolviam ao que aparentava uma pequena guarida e, no final do caminho da outra, meus olhos alcançavam a queda de água do que soava como uma cachoeira; grande, pelo barulho que camuflava o canto dos pássaros e a dança dos galhos perante o vento. Não precisava do meu Byakugan para notar do que se tratava, de acordo com meu raciocínio, nestes locais. — A caverna parece ser pequena demais para abrigar um ninja foragido ou informações relevantes por muito tempo. A cachoeira me levará a um campo aberto demais em sua caída, me obrigando a descer todo o trajeto que fiz para chegar aqui. — Calcorreei para a entrada mais discreta na esperança de que fosse um truque barato para me manter longe dali.

Awashi; intacto.

Spoiler:

Meus pés percorreram um abrangente caminho através das árvores que circunavegavam uma pequena e íngreme estrada de terra a tal ponto que as árvores, antes altas e numerosas, ausentavam-se de tal forma que os raios do sol tocavam em minha pele pela primeira vez em algumas horas; junto do sol, no entanto, fui recebido pelo novo e peculiar bioma com marcações estranhas ao longo do chão. Neste momento, parei por alguns segundos para dar tempo que meus olhos, ainda desativados de sua verdadeira forma, processassem os desenhos feitos em algumas das imponentes rochas. Algo pré-histórico, pensava; — estes desenhos parecem fazer alusão á bestas. É um tipo de técnica? A tinta nestes parece fresca. — Concluí, sem vocalizar nenhuma das palavras, sendo estas mencionadas apenas dentro de minha mente. Voltei a andejar neste momento, no entanto muito mais alerta por duas possibilidades: A primeira disto ser uma armadilha, e a segunda de eu estar me aproximando de meu alvo. Talvez os dois.

Não demorou muito para que meus ouvidos captassem uma breve movimentação; no estado de alerta em que me encontrava, foi o suficiente para que eu ativasse meu Byakugan. No mesmo instante do ativamento, notei, através da completa visão periférica, dois lobos em minha retaguarda; a vantagem de meus olhos, no entanto, era atribuir um contra-ataque inesperado a partir de um ataque inesperado. Com minha proficiência em combates de curta distância, hesitei por alguns milésimos até que estivessem numa aproximação confortável o suficiente para que eu me abaixasse e, conforme os dois caçadores passavam por cima de mim, eram recebidos com um golpe característico com as palmas abertas cada um, simultaneamente. Agora que as feras eram desfeitas em tinta, percebi, antes sequer das mesmas tocarem o chão, que eram do mesmo tipo do que as marcações com as quais me deparei momentos atrás. — Como havia pensado. Ninjutsu. — Algo que persistia em me apoquentar, em contrapartida, era o fato de que, se esta técnica pertencia ao pergaminho roubado, o ninja que o fez já teve tempo de assimilar as técnicas, e neste caso eu precisaria de reforços. Quando minha mente começou a considerar a ínfima possibilidade de retornar para buscar reforços, no entanto, vi, numa extremidade não tão distante, uma figura oculta. Embora possuinte de boas reservas de energia, parecia desatento em relação á minha posição. Com isto em mente, retirei uma de minhas kunais de minha coxa esquerda, girando-a pelo anel em meu dedo indicador esquerdo antes de empunhá-la com o mesmo lado; minha vez de atacar.

Através duma explosão de velocidade ─ atributo este que era minha principal ferramenta em combate ─ busquei me aproximar o mais rápido possível de meu alvo, posicionando a lâmina da arma que empunhava a poucos centímetros de seu pescoço caso fosse bem-sucedido na movimentação. Não pronunciaria nada de imediato, afinal sentia que ouviria o que precisava ouvir nos próximos segundos de quaisquer maneiras.

Awashi; 600/450

Utilizado(s):

Consid.:

Spoiler:

Como esperado; momentos antes da luta continuar, pude ver muito a respeito do ninja. Não apenas o seu fluxo de Chakra e onde se encontravam os seus pontos de pressão. Meus olhos eram capazes de ver algo muito mais superficial, porém igualmente importante naquele momento: Seu nervosismo. Os ossos tremiam. As palmas de sua mão suavam. E seu coração batia rápido antes que toda a extensão de seu corpo se desfizesse em tinta, que dava a forma de serpentes; meus devaneios se encerraram no primeiro momento, manejando com grande destreza a arma que empunhava, alternando meus movimentos entre dar mortais para a retaguarda, evadindo as investidas das serpentes, e movimentos de corte, finalizando as mesmas periodicamente conforme entreolhava a posição atual de meu oponente. Conforme a última das cobras era desfeita em tinta pelo fio de minha lâmina, tive um pequeno tempo para raciocinar o funcionamento daquela técnica que o mantinha ileso e em constante movimento. — São as marcações que vi antes, sem dúvidas. Com um local previamente marcado com sua tinta, ele se vê capaz de deslocar-se para estes. Seria isso? A outra possibilidade é apenas uma técnica de Shunshin diferenciada. — Concluía apenas em meus pensamentos. Por ele ter se deslocado como uma poça de tinta ao invés de ter se transformado, era mais provável que não precisasse das marcações para se teleportar, e sim delas para, talvez, manter a técnica ativa dentro de determinado perímetro. Pronto ou não, era incapaz de concluir com certeza até este momento; rabiscava alguma coisa em seu pergaminho e, com seu comando ─ e descarga de Chakra, como meus olhos esbranquiçados notavam ─, novas bestas evadiam o papel e partiam em minha direção.

Sempre tive uma ligação com pássaros; antes era como um daqueles que viviam em gaiolas, no centro comercial de minha vila. Antes um escravo do destino, aprendi que eu era seu mestre, na verdade, fazendo-o como bem quisesse ─ como um pássaro que voa livre para fora de sua contenção. Visivelmente falsos até para os menos favorecidos, pássaros de tinta partiam em minha direção com armas brancas em seus bicos; eu também não era desprovido de uma arma, ainda empunhando a mesma kunai que utilizei desde o início da batalha. Era com ela, inclusive, que buscava me defender dos rápidos voadores em minha direção. Defendi um deles, e o segundo também, mas o corte que o terceiro fazia de raspão logo abaixo de meu ombro direito era um sinal de alerta grande o suficiente para que eu efetuasse um pulo, mantendo-me por tempo no ar até que os últimos dois passassem por baixo de minha pessoa que agora tocava o solo novamente. Olhei com desdenho para o machucado por uns dois segundos até que meus olhos se voltassem para meu adversário em outro momento de reflexão. — Pensando bem, esse cara sempre é tinta. Seu fluxo de Chakra só se torna claro para meus olhos quando ele está fazendo essa técnica bizarra, o que indica que ele está vulnerável enquanto desenha. — Mais uma vez, mantive o que poderia ser dito apenas em minha mente. Para minha genialidade superestimada, estava claro o que deveria fazer.

Corrupiei com destreza a kunai em meus dedos algumas vezes até que pulasse em sua direção; ficaria no ar tempo o suficiente para que atirasse o projétil contra seu pescoço, de forma viciosa o suficiente para que meu alvo, em seu nervosismo, não fosse capaz de desviar desta rápido o suficiente sem recorrer a sua técnica de locomoção de tinta mais uma vez. Contava com seu dessaber em relação a isto para que, com meus olhos, pudesse calcular para onde seu Chakra iria se formar para que me contra atacasse; assim que seu pergaminho especial se abrisse para novos ataques, buscaria surpreendê-lo outra vez com uma técnica de longa distância, inesperada a seus olhos, eu esperava, já que havia focado em investidas de curta distância toda a luta e, por ser um ex-integrante da Folha, deveria conhecer a fama em Taijutsu de minha família. — Hakke Kūshō! — Agora sim, bradava em alta e confiante voz conforme golpeava o ar com minha palma esquerda, disparando uma rajada de impulso quase invisível em direção á sua forma sólida. Fosse este atingido, teria danos não só externos, pela rajada abrasadora de energia, como também internos em seus pontos de pressão de Chakra, pela técnica aplicar os mesmos efeitos de meus característicos punhos gentis.

Awashi; 550/390

Utilizado(s):

Nos últimos momentos de meus olhos ativos, fiz uso dos mesmos para analisar seus pontos de Chakra, temporariamente desligados, junto com suas atividades cerebrais. Algemando-o com todos os vinte metros de fios de aço que portava, arrastei-o até o posto avançado dos guardas da vila da Folha mais próximo, deixando-o ali e coletando a recompensa pela missão, junto com as parabenizações dos ninjas locais pelos arredores.

Awashi; 550/390