Da sacada de sua casa, Hayato percebia o movimento solene daquele fim de tarde, nunca se viu tamanha paz numa vila. Todos possuíam plena confiança no Raikage. Ao seu lado, um Dendõ sonolento tentava tirar um cochilo enquanto era acariciado por seu dono. O rapaz era de um espírito livre e apenas dessa vez considerava bom ter algum lugar para voltar. Ao conhecer bem a vila, entendeu que estava no lugar certo. O sol se punha com cada vez mais intensidade, até a aldeia ser tomada pela penumbra. Sem ter mais o que observar, Hayato corre seus pés descalços da varanda para o seu quarto. Uma leve brisa passa numa mudança brusca do vento e um grito é ouvido por metade da vila. Dendõ, abre os olhos e se levanta. Hayato para seu movimento e olha para o tigre. Não precisavam dizer mais nada: a noite não seria nem um pouco tranquila. Pegou suas coisas na maior pressa possível e se lançou seguido aos calcanhares pelo tigre. As luzes pareciam pouco iluminadas naquela hora, elas deveriam já estar acessas, isso era estranho. Passos foram ouvidos a sua volta, até que outros ninjas da aldeia apareceram do seu lado.
- O que está acontecendo? - Eu não sei! - Os dois retrucavam com um certo tom de pavor no rosto e ignorando o gennin. Virando duas ou três ruas eles chegaram a um pequeno bloco de pessoas e shinobis reunidos ao entorno de uma senhora aos prantos. Quando se aproximou mais do grupo, pode ver que o próprio Raikage compunha uma das pessoas dispostas a ouvir o relato da senhora. Ao que parecia, sua filha havia sido sequestrada. Tomando em conta o que a mulher disse, virou seus olhos e começou a procurar no ambiente a sua volta pistas. Foi interrompido pelo Raikage, que o chamou levando ele para um canto isolado. Contou-lhe o relato da senhora: Um sujeito de cabelos brancos e sobretudo havia levado a filha da senhora. Nas costas da roupa havia um desenho de serpente, verde. Assim que ele explicou sobre a situação, prosseguiu sua fala.
Muito dos meus melhores ninjas de rastreamento estão muito ocupados em missão, inclusive aquele desajeitado do Goro. - Fez uma pausa acompanhada de uma expressão de raiva e Hayato sorriu de canto lembrando daquele velho que não tinha nada de desajeitado.
- Como você têm o seu animal e foi treinado pelo Goro, eu preciso que você vá atrás desse sujeito. Enquanto isso, vou manter a segurança da vila caso ele não esteja sozinho. Você pode fazer isso? - O garoto apenas balançou a cabeça, sabendo que era uma missão muito importante e sua primeira como membro da aldeia oculta da Nuvem. Dendõ observava tudo ao lado de seu dono e copiou seu gesto de balançar de cabeça. Com o consentimento de ambos, deu um tapa nas costas do garoto e começou a se voltar a coordenar as equipes.
Hayato salta junto do felino para o telhado da casa mais próxima, aproximou-se de um sinal de areia no telhado, o sujeito havia pisado naquele lugar. Usou ambos os dedos, indicador e médio na marca, cheirando. Nada de incomum. Passou entre os dedos e pode perceber que pequenos fragmentos de pedras estavam misturadas na terra. Ele não poderia ter vindo de muito longe, nem para muito longe nos últimos dias, aqueles pigmentos eram característicos da região, que era rochosa. Foi preciso muito planejamento para invadir a aldeia no meio da noite, era uma emboscada. Por que todo esse trabalho? O quão importante a garota era para ter sido vítima de um plano tão bem elaborado? De qualquer forma ele não parecia ter tido muito tempo para fugir, tanto que foi descuidado a ponto de deixar a mãe perceber a tempo. Dendõ que farejava enquanto o gennin procurava as pistas rugiu estridente sinalizando que havia conseguido pegar o cheiro do sujeito. Disparou na frente, pulando de telhado em telhado e desta vez foi o shinobi que seguiu deixando em escanteio os pensamentos que rondavam sua cabeça. A medida que se aproximavam dos portões da aldeia, viu várias pessoas fora de suas casas olhando para os telhados e os demais shinobis tentando tranquilizar os moradores, convencendo-os que era melhor se manter dentro das casas. Outra prova de que ele havia sido descuidado. Estaria machucado?
- Sentiu cheiro de sangue? - Perguntou a Dendõ correndo e saltando para frente dos portões. O tigre rugiu de novo, deixando claro que não era cheiro de sangue. Um jounnin perguntou para onde o garoto estava indo interrompendo sua passagem. O menino que não estava muito paciente para explicações sorrateiramente deslizava seus dedos para pegar uma kunai na sua bolsa ninja. Os dois foram interrompidos por um outro jonnin que no portão gritou que ele possuía permissão. Dendõ aparentemente havia disparado na frente e estava desparecendo na frente quando seu dono retomou o pique para alcançá-lo. Era um stress pelo qual ele não queria passar de novo.
O percurso não foi atrapalhado por nenhum inconveniente, os outros animais corriam do tigre-dentes-de-sabre e aquela hora ninguém passeava pelas montanhas, além do sujeito e da moça. Era demasiado perigoso. Pararam em frente a uma montanha, a 30 metros para cima, era possível enxergar a entrada de uma caverna. Olhou o animal, agachou na sua frente e acariciou seu rosto. Ele ronronou.
- Obrigado garoto, a partir daqui eu tenho que ir sozinho. Vigie a entrada e não deixe nada atrapalhar. - O animal fez uma pequena expressão sonora, sentou e se virou para o sentido contrário a caverna em sentinela. Hayato sorriu por um breve instante e começou a subir a montanha concentrando o chackra na base dos pés e na palma da mão. Não foi difícil acessar a entrada da caverna, não parecia muito grande, pois a 20 metros podia perceber que uma luz iluminava. Focado em não fazer barulho, para não provocar alarde no inimigo, o meni adentrou mais fundo o lugar. Aquela parte introdutória da caverna não dava para ele andar em pé plenamente, ele teve que se agachar o que não contribui muito, até que ele chegou numa nova parte da caverna aberta e muito maior. Havia água ali dentro? Isso estava errado. Preparou um jutsu de substituição só para garantir. Mais na frente viu uma imagem um pouco forte para um garoto de sua idade e que para ele não era tão impactante assim. O sujeito estava tentando tirar a roupa da garota a força que tentava resistir. Com a presença de tochas naquele lugar pode admitir bem o terreno numa passada de olho rápida. Parecia uma redoma bem grande de rocha, bem na frente ficava um monte de rocha em que os dois estavam, uma coluna de pedra estava instalada no meio o resto todo alagado. Algumas tímidas estalactites poderiam ser observadas no teto. Aproveitando-se da distração do homem que estava em cima da garota, lançou uma senbon na suas costas. O grito dele foi tão alto que reverberou por toda a caverna. A agulha perfurou sua roupa, bem no olho da cobra e acertou próximo a coluna. Não esperando uma reação o rapaz, pulou para cima da coluna e depois se lançou num chute em potência para cima do homem. Se recuperando do susto, ele virou o golpe no rosto do garoto que se desfez num tronco. Sorrateiro ele puxou o braço da garota. Os dois agora estavam no ponto contrário a saída e na sua frente o homem se prostrava com imensa raiva.
Ele era um pouco maior do que ele esperava. Sua estatura era tamanha que fazia sombra na frente dos dois, seus músculos eram bem definidos e seu rosto possuía uma grande cicatriz. A falta de luminosidade não permitiu ao garoto enxergar mais.
- Eu me pergunto, porque um brutamontes como você fez tudo isso por uma garota inocente. Não existem antros onde você mora não? - Com uma frieza que era característica dele em batalha, colocou a garota atrás dele com uma mão e com a outra acumulou quatro kunais na sua mão direita. O sujeito, nem respondeu, apenas soltou um grito forte e saltou para cima do menino. Hayato não esperou o sujeito se mover e saltou antes jogando essa kunais no braço direito do homem. Aproveitou o salto para se prender ao teto da caverna e começou a correr. O seu oponente era lento, mas muito resistente, as kunais cravaram no seu braço e ele nem reclamou dessa vez. Ele começou a expelir da boca senbons prontas para fazer os dois virarem uma caricatura de porco espinho. O shinobi procurava correr desviando em direção a saída da caverna, enquanto carregava a garota no colo. Com um esforço ele conseguiu abrir a sua bolsa e se dispor de kunais com tarjas explosivas e shurikens unidas com fio de aço que ele costumava preparar. Com a mão aberta disponível liberou seu chackra deixando as armas em suspenso. Jogou quatro shurikens em direção aos pés e pescoço procurando restringir o movimento do sujeito. As kunais foram no meio para dispersar qualquer tentativa dele escapar e frear os golpes frenéticos. Assim que lançou aproveitou a pouca distância e pulou em direção a saída. Uma explosão tomou conta do lugar e o domo começou a ruir. Não deu nem tempo de olhar para trás o garoto correu e a caverna foi lacrada pelas rochas que barraram a entrada.
Ofegante, os dois garotos eram agora observados por Dendõ que exibia uma expressão confusa no rosto. O menino soltou a garota que era bem leve e magra, no chão.
- Precisamos voltar a aldeia antes que aquele sujeito consiga escapar, não estamos seguros aqui, vamos! - Disse Hayato impedindo a garota de dizer alguma coisa. Ele ainda sentia a aura de morte que aquele sujeito exalava pulsante, mesmo daquela distância. Eles correram em direção a vila com a noite ainda em seu auge. No caminho, a garota parecia muito frágil, ela era dona de cabelos rosados, lábios finos, cor pálida, magra e pequena. Seja quem fosse ela, deveria ser alguém muito especial. Ao chegar na vila, a mãe da garota esperava aflita na frente do portão e ela foi acolhida assim que chegou. Os shinobis parabenizaram o garoto e o Raikage disse que estava orgulhoso. No final, Hayato não abandonou a curiosidade. Alguma coisa estava errada e ele pressentia que encontraria aquele sujeito de novo. Precisou ao final daquela noite, fazer um relatório sobre a missão.
- Equipamentos:
- Citação :
- Hip-Pouch Comum:
- Kunai (x5)
- Shuriken (x10)
- Senbon (x15)
- Makibishi (x5)
- Kemuridama (x2)
- Bomba de Luz (x1)
- Kibaku Fuuda (x5)
- Makimono (x3)
- Fios de Aço (20m)
- Jutsus usados:
- Hayato:
- Citação :
- Sōshūjin
Rank: C
Descrição: Uma técnica que envolve armas básicas visando uma barragem de kunais em um ponto preciso. O usuário libera chakra de sua mão sobre uma área na qual ele pode manter as kunais em suspensão. Como resultado, o inimigo pode ser pego de surpresa e negar qualquer rota de fuga, ao mesmo tempo. Com um simples movimento da mão, o usuário é capaz de disparar todas as kunais de uma vez. Chiyo executa uma variação da técnica de fixação fios gerados pela técnica Fantoche para as lâminas e suprimindo seu chakra, tanto quanto possível, que será imperceptível. Ao fazer isso, ela é capaz de transferir os fios de uma arma para que os inimigos fiquem surpresos ou vantagem acrescida durante a batalha. Por exemplo, ela usou esse truque para vincular a cauda da marionete de Sasorid, Hiruko quando ele o usou para bloquear as kunais.
- Inimigo:
- Citação :
- Tenkyū
Rank: C
Descrição: Tenkyū é um ninjutsu usado por Tobirama Senju. Uma técnica na qual é amassada chakra no corpo do utilizador, transformado em água e, em seguida moldada em Senbon na boca antes de finalmente ser expelido a uma alta velocidade. As agulhas são baleado em uma tentativa de pegar o inimigo desprevenido, ao mesmo tempo, com o objetivo de seus sinais vitais.