Shirou, O Trapaceiro.
Aparência Física
Descrição Psicológica: Um garoto cujo o sofrimento transborda por cada palavra que expressa. Apesar da pouco idade, Shirou fala como um velho, frequentemente dando conclusões amargas sob aspectos, muitas das vezes, positivos.
Já vira tanto sofrimento que pouco se engana com pensamentos positivos ou crenças. Acredita em seu potencial, e na própria capacidade de lutar.
Não considera muitas pessoa se umas amigas, já que perdeu tantas, mas age com lealdade quando firma alguma aliança.
Não se considera uma pessoa boa, mas tem boas intenções, infantis talvez, mas no fim são boas. Não se importa com os métodos que usa para alcançar seus objetivos, justificando os meios pelos fins.
Tem a ambição de não permitir que se repita a tragedia de sua vida, lutará até o fim para salvar tantos quantos for possível.
Conhecimentos em On
Conhecimentos básicos da academia e avançados do elemento Raiton.
História
Enlouquecer lutando por ideais tão sublimes, em que acreditava tão fervorosamente, era a maneira mais cruel de morte.
Shirou podia ter tido uma vida diferente, mas seu nascimento decretara seu destino desde antes de vir ao mundo.
Nasceu em Shimbara, nas terras governadas pelo clã Matsukara, um feudo pequeno no interior do País do Rio. Um lugar com uma terra fértil, governado por um bom senhor feudal, o pai de Shirou, Kaeda Matsukara.
Shirou era o terceiro filho de Kaeda, um bastardo, um filho fora do casamento, com uma camponesa que morrera acidentalmente de uma doença misteriosa quando o garoto tinha três anos. Foi dela que recebeu seu sobrenome: Kotomine.
Apesar de sua ascendência não muito nobre, fora instruído como se o fosse. Cresceu como um prodigioso líder, sendo um exemplo até mesmo para seus irmãos mais velhos, o que causava ciúmes.
Kaeda amava Shirou, mesmo não podendo declarar isso em voz alta. Sua esposa não suportava a traição do marido e tratava o garoto mal, que parecia nunca se irritar com o fato, sempre tratando a mulher com respeito, o que só a deixava com mais ódio.
Os irmãos talvez tivessem tido um melhor relacionamento, já que Shirou estava sendo treinado para servir a Keisuke e Rentarou, os filhos legítimos de Kaeda, mas o ódio da mãe dos garotos os afastava por completo.
Em contrapartida, Shirou tinha um relacionamento ótimo com os servos da mansão, constantemente sendo visto brincando e, inclusive, ensinando o que aprendia para o filho dos empregados.
Talvez a vida pudesse continuar sendo boa para o garoto, mas o destino não sorriu para Shirou.
Kaeda começou a adoecer lentamente, e, tão misteriosamente quanto sua própria mãe, seu pai morrera.
Não demorou para que ele fosse expulso da mansão. Por sorte não fora morto, mas teve que viver nas ruas. Um dos serventes da mansão o acolheu, o que lhe deu mais alguns anos de alegria. Não se importava em comer pouco e ajudava o máximo que podia nas tarefas de seus benfeitores.
Teria sido um final feliz para o garoto, mas o destino não seria tão leviano com ele.
Kensuke e Rentarou assumiram o governo de Shimbara, tendo como sombra a verdadeira governante: Sua mãe.
Por algum motivo escuso a mulher decidiu que todas as terras da circunvizinhança deveriam ser agregadas a Shimbara e, com isso, veio a guerra territorial.
Shimbara era uma nação próspera, focada na agricultura, sua melícia era tão somente para proteção do povo, não para uma guerra territorial. Então o dinheiro passou a ser gasto no esforço militar, aumentando os impostos do povo para contratar mercenarios.
As taxas começaram a aumentar mês após mês. Além disso, mercenarios com frequência invadiam as casas, saqueavam e abusavam das crianças sem qualquer remorço.
Naturalmente, a miséria, a fome e a guerra foram, aos poucos, massacrando o povo de Shimbara. Tudo foi tornando-se tão intenso que em dado momento a rebelião eclodiu: Desorganizada e desesperada.
No meio desse cenário o jovem príncipe viu, dia após dia, a morte de seus concidadãos. Havia uma pilha de corpos espalhados pelas ruas, e, com a falta de alimento, não demorou para que os ainda vivos começassem a devorar os mortos. Não foi uma cena bonita de se assistir.
Naturalmente doenças vieram de encontro à cidade e, logo, não apenas uma epidemia brutal atingiu as terras da antes próspera Shimbara.
Na casa dos serventes a situação só piorava, tornando-se cada vez mais difícil a vida, mas eles continuavam a tratar Shirou com respeito, pois ainda eram fiéis a Kaeda, mesmo depois de morto.
O garoto entendia a situação ao seu redor e procurava não atrapalhar seus benfeitores. Até mesmo trabalhou na lavoura para ajudar nas despesas, mas aquela situação não poderia sustentar-se por muito tempo.
Durante a noite, enquanto dormiam com suas barrigas quase vazias, dada a falta de suprimentos, um grupo de mercenarios invadiu a casa e matou o homem que lhe dera abrigo. Shirou assistiu ao estupro da mulher que considerava como mãe, enquanto sofria seu próprio abuso por parte dos mercenarios.
Por sorte seu professor de esgrima havia perseguido os gritos do garoto enquanto tudo acontecia. Não fora uma cena bonita de ver, mas o garoto já tinha visto e sofrido o suficiente por todo uma vida, para se importar com o sangue de mercenarios inescrupulosos sendo derramado. A servente morreu de desgosto semanas depois, Shirou sobreviveu.
Descobrira que parte do exército discordava das ações dos Matsukara e que estava, quedamos a fazer parte da revolução. O fato de ouvir de seu antigo professor que os mercenarios foram mandados por sua madrasta fora apenas um aceno para a decisão do garoto de tomar seu lugar como herdeiro do trono de Shimbara.
O garoto não era totalmente desprovido de habilidade. Fora criado para ser um general das forças, mesmo que inexperiente era um garoto bom no xadrez quando criança, mesmo o pai não o vencia. Desde que ele jogasse contra os irmãos, jamais perderia. Nunca jogara contra a madrasta, mas teria sua oportunidade a partir daquele dia.
Os soldados juntaram-se aos rebeldes e a rebelião ganhou alguma legitimidade. Para todos os outros quem comandava era o mestre espadachim de Shirou que era um hábil estrategista, mas quem fazia parte dos conselhos de guerra frequentemente viam o herdeiro bastardo em ação. Dando soluções a problemas impossíveis, enquanto movia peças num jogo de xadrez.
A vitória teria sido garantida caso obedecessem suas ordens, mas alguns o ignoravam é isso rendeu derrotas significantes.
No fim a rebelião fora desmembrada e derrotada numa batalha sangrenta. Shirou estava presente e viu toda a devastação que seus planos causara, todas as vidas que estavam em suas mãos. Todo o sangue que não sairia mais de suas pálpebras.
Uma manobra de seu mestre o salvou. Enquanto todos culpava, o espadachim, Shiou era levado para longe da batalha. A última visão do garoto foi de seu professor com uma lança transpassada nas costas, fora um de seus melhores amigos.
O garoto fora levado para Konoha, onde um amigo do espadachim era shinobi. Fora ele quem lhe ensinara o que faltava de sua educação para que se tornasse um ninja.
Passou no exame da academia que consistia em usar repetidamente é efetivamente o Kawarimi no Jutsu. Shirou até conseguiu contra-atacar seu examinador uma vez.