Illidan Stormrage.

Nascera numa vila ao norte de Iwagakure, de nome Kuro. A vila tinha esse nome porque fora entalhada no monte Aomine, formado por rochas negras. Um lugar alegre, apesar da atmosfera não parecer. As entranhas da montanha tornaram-se um verdadeiro labirinto, de onde os habitantes retiravam seu sustento. Eram mineiros, e a rocha negra tão misteriosa, era usada para a confecção de joias. No geral, eram felizes, prósperos e aumentavam seus domínios, conforme adentravam mais e mais nas profundezas do monte.

Illidan tinha muito do que se orgulhar, sua família era amorosa e carinhosa. Sua mãe era gentil e atenciosa. Embora às vezes o repreendesse por suas molecagens, nunca deixava de fazer os curativos nos ferimentos, que hora ou outra o garoto acumulava.

Seu pai era um mineiro brincalhão, sempre com uma boa piada para espantar o mal humor. O tipo de homem que mudava qualquer atmosfera, sempre responsável e bem humorado, um homem contente com o que a vida lhe permitira ter.

A vida do garoto poderia ter sido como a dos pais, não fosse aquele fatídico dia.

A noite chegara como sempre, mais cedo. Por causa das cavernas, os habitantes de Kuro dispunham de poucas horas de iluminação natural, todo o resto sendo feito com tochas. E foi nesse momento que eles atacaram.

Com toda certeza sabiam da rotina da vila, também conheciam os seus sinuosos becos que perfuravam a montanha, pois avançaram precisa e silenciosamente. Seus movimentos eram precedidos por estranhas correntes de ar que apagavam as tochas das casas. Silenciosamente eles entravam e matavam homens e mulheres, deixando apenas as crianças, que eram postas para dormir com um gás sonífero.

Foram de casa em casa, de ruela em ruela, de beco em beco. Preocupando-se pouco com a decência ou a humanidade de seu coração, focando-se apenas no lucro daquele empreendimento.

Eles foram contratados por uma companhia que estava entrando no ramo de minérios raros, e que iriam se instalar na região. Além do pagamento feito aos mercenarios, a companhia permitiu que ficassem com os minérios coletados durante a chacina. Os homens eram profissionais e sabiam que poderiam lucrar ainda mais com aquele empreendimento, vendendo as crianças no mercado de escravos.

Naquela noite, Illidan perdeu os pais, os amigos, os parentes, sua casa, sua vila, seu lar e sua liberdade. Tudo tirado do garoto em poucas horas de ação.

Quando acordou, estava numa jaula amontoado com vários garotos de sua vila, também haviam outros desconhecidos, alguns mais agressivos, outros mais evasivos, mas todos assustados. Foram semanas num cubículo comendo o que só podia ser chamado de lavagem num ambiente que não priorizava a higiene. Alguns garotos foram mortos, apenas para aterrorizar o grupo, outros foram mortos por serem feios ou estranhos ou possuíam alguma deformidade. O garoto assistiu toda aquela atrocidade tão horrorizado que sua mente entrou em colapso.

Não se livrou com a morte. Era de boa aparência e logo conseguiram um comprador para ele. Um homem abusivo, com feitiços tão estranhos que o garoto passou anos como atração principal de um pequeno entretenimento que ele dirigia.

Illidan foi exposto ao ridículo, humilhado e pisoteado. Sua alma destroçou-se dia após dia. A ponto de criar-lhe uma segunda personalidade.

Ela chegou como quem não queria nada e atrelou-se ao garoto, tornando-se a tábua de salvação psicológica de Illidan. Essa segunda personalidade fora quem o mantivera são. Sempre que o garoto era exposto como carne fresca dentro do banquete de seu dono, a personalidade se apossava da mente do garoto e suportava todos os abusos, sem exceção. Um mecanismo do cérebro para defender a mente do garoto.

Os anos foram se passando e Iwagakure descobriu sobre o pequeno empreendimento. Não podiam se envolver, já que o homem tinha influência no pais, portanto secretamente contrataram Sunagakure para cumprir o assassinato. Suna aceitou a oferta e declarou como prioridade e destruíram todo o esquema durante a noite. Muitos foram mortos e talvez tivesse sido melhor para o garoto que assim tivesse acontecido com ele também, mas um dos ANBU’s teve pena e o levou para a vila.

Ali começou sua nova jornada. Fora entregue para um esquadrão especial, um projeto de Sunagakure para desenvolver um grupo de seres superiores na arte do genjutsu: O Esquadrão Miragem.

Illidan se adaptara especialmente as técnicas, chegando a tornar-se um prodígio entre os de seu esquadrão, formado por mais cinco membros confiáveis. Nunca se abrira muito por conta de seus traumas, mas acostumara-se a ter uma vida tão comum quanto pudera.

Aos 16 anos prestara o exame da academia e passara com louvor num teste especial orquestrado pelo Kazekage.
Como o garoto fazia parte de um experimento para o fortalecimento da vila, fora incluído um teste além daquele executado na academia. Uma situação de sobrevivência dentro de um campo preparado para matá-lo caso ele não conseguisse.

Talvez Illidan tivesse fracassado caso sua segunda personalidade não o tivesse salvo muitas vezes, foram cinco dias para atravessar toda a extensão da floresta, mas no fim conseguirá graduar-se.

Nessa época, a organização o mandou para várias missões de suporte a outros ninjas. O mandara para proteger postos avançados ou para ajudar em ataques a outras nações, nada muito significativo, mas ainda assim mais difíceis que normalmente eram.
Ao completar 18 anos graduou-se como Chuunin, numa batalha épica contra um de seus companheiros de esquadrão. Teve muitas dificuldades ao lutar contra a mulher, mas no fim, suas habilidades foram suficientes para fazê-lo ser aprovado.