[Filler 01] O farfalhar das novas folhas

Dia comum em Konoha e mais um dia que me propunha a treinar no pátio de casa com meus dois irmãos mais novos, claro que com uma única diferença: havia me tornado um Gennin recentemente.  
Antes mesmo de realizar um único movimento do treino surge um ninja me avisando que o Hokage estava me aguardando e era urgente.

- Até mais tarde seus pestinhas! Se cuidem! – Falava com meus irmãos enquanto andava em direção ao Gabinete.

A empolgação aumentava a cada segundo, seria minha primeira missão. Mesmo com tamanho sentimento me concentrei para não passar toda aquela euforia inicial. Começava a questionar qual seria o teor da missão, uma simples missão dentro ou fora da Vila.
Quando avistei o Gabinete desapareci em meio a fumaça para então reaparecer em pé com as mãos nos bolsos da calça a alguns passos da mesa do Hokage.

- Me apresentando, Hokage-sama! – Disse enquanto observava os membros que estavam na sala.

Estava com minha bandana de Konoha na testa semi escondida pelos meus cabelos loiros, roupa normal, com minha jaqueta azul onde guardava uma kunai escondida em sua manga direita, camiseta branca, calça e botas pretas e meu kit de armas na perna direita.

Após me apresentar tiro do bolso uma bala de café e começo a desembrulhá-lo, enquanto analisava o jovem que estava com o Hokage e que provavelmente seria membro da equipe da missão.

- Servidos? - Perguntava aos dois para ver se quebrava o gelo.

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Armas:

Spoiler:

O SOPRAR DE NOVOS VENTOS
私ができる頼むしない任務取る
OS PRODÍGIOS DA FOLHA

PREFÁCIO
REUNINDO

Postura ereta, passos calmos porém firmes, olhar soberano, inabalável. Assim eu me guiava pelos corredores do local de trabalho do meu pai, o grande Shodaime Hokage. Por onde quer que eu andasse, eu era conhecido: pouco pelos meus feitos, mais pelos do meu velho. No entanto, quando as pessoas me olhavam, só conseguiam ver aquilo que eu um dia posso ser, aquilo que serei quando mais velho. Não me viam como um ninja de Konoha, mas como o filho do Hokage, aquele que um dia fora um prodígio, portanto, esperam de mim o que se esperava dele no passado e, sinceramente, eu cansei de me vitimizar e reclamar de toda essa expectativa. Eu serei grande como o meu pai!

.      Momentos antes de eu estar ali, um dos ninjas da elite de caçadores especial foi me tirar o sossego dentro de casa. Eu estava deitado, em minha cama, curtindo uma brisa que adentrava meu quarto pela janela aberta, um bom livro sobre táticas de guerra me fazia companhia quando o mascarado pousou na minha janela com um breve chamado do líder da vila.

.      Ele não se delongou, tampouco eu o fiz.

.      No momento em que ele se esvaiu em uma cortina de fumo, eu me levantei para me aprontar. Higiene pessoal, vestimenta de combate, bandana na testa e, então, me pus na rota. Da minha casa até o local onde o prédio em que trabalha a sombra encontra-se, eu percorri apressado, ignorando completamente as coisas ao meu redor, apenas evitava obstáculos e encontrões com cidadãos que vagavam pelas ruas. O Sol, o céu anil belo e pouco enfeitado de nuvens, eu não me importei muito com nada disso. Os tempos não são de calmaria, um chamado de meu pai é pra ser levado com seriedade, pronta resposta.

.      Como eu fui parar ali, não importava, o que realmente estou ligando no momento é o motivo do chamado. Enquanto eu via a porta de seu escritório se aproximar, eu só conseguia me indagar. Quais motivos levariam meu pai a enviar um ninja da ANBU até nossa casa para me chamar? Que tipo de urgência seria essa da qual aquele homem havia falado? Com meu semblante sereno estampado, minha curta viagem chegava ao fim.

.      Minha mão destra tocou a maçaneta da porta e a girou.

.      Papai... — não vou mentir, estava um pouco nervos.

.      Eu empurrava a porta e a luz que penetrava o gabinete pela janela clareava minha visão. Estavam ali o meu pai e mais dois caras, cujos nomes eu não sabia. Não fitei-os, mas também não os ignorei. Se estavam ali, não era a toa. Seriam eles o motivo da urgência no chamado? Pareciam tão calmos, então, não. Pois bem, eu iria descobrir, chega de ficar matutando. Me pus diante do meu velho, com o corpo ereto, colei as mãos nas coxas e curvei-me em respeito a autoridade dele. Logo fiquei mais a vontade, o mirando diretamente em seus olhos.

.      — Hokage-sama... — é bem estranho o chamar assim — o senhor queria falar comigo?

BOLSA DE EQUIPAMENTOS (COMUM):

Spoiler:

Poucos momentos depois de analisar o Gabinete e as pessoas presentes, minha proposta foi aceita pelo garoto de cabelos brancos e que por sinal era menor que eu.  E o entreguei de bom grado e lhe devolvi o meio sorriso, porém antes que pudesse começar uma conversa entrava mais um garoto, e não é que era o próprio filho do Hokage.

“Será que ele fará parte do time para esta missão?...” – Pensava  enquanto o garoto se apresentava ao Hokage, que se pronunciou segundos depois.  

O primeiro a falar foi o garoto de cabelos brancos que descobri  que se chamava Illidan e além de suas habilidades. Ouvi atentamente e gravei as pequenas informações.

“Hum... acho que ele pode desenvolver alguns brinquedos para que eu possa arrebentar meus inimigos”. – Pensava rapidamente já que era minha vez de se apresentar.

- Ah... Sou Ethan Mitchell, sou do clã Senju, me tornei Gennin recentemente, e controlo o elemento Suiton. – Falei firmemente, apesar de não ter muito que dizer. – Illidan, posso providenciar alguns alvos para você! – Falava brincando e encerrava minha apresentação.

“Illidan era ninja de longo alcance, posso fazer o meio de campo e o filho do Hokage, quais seriam suas habilidades?... – Continuava a pensar até que o último garoto se manifestasse.  

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Armas:

PARTE I
ME CHAMO...

Eu já havia analisado todos ao redor, não me chamaram muito a atenção. Os dois haviam interagido, um aceitado um doce vindo do outro. Apenas os mirava, sereno e sem desprezo, apenas desinteressado neles dois. Tudo o que eu queria saber era para que se tratava aquele chamado urgente e a ordem me fez arcar uma das sobrancelhas.

.      Foi para isso, então?! — pouco provável.

.      Deixei a expectativa me tomar por um tempo, falha minha. Óbvio que meu pai não me chamara — assim como provavelmente fez com os outros dois — somente para fazer apresentações. Eu achei, por um instante, que tudo iria se desenrolar rapidamente, mas que ledo engano meu, era como se não conhecesse meu próprio pai!

.      Cada um deles se apresentou. O primeiro deles, um engenheiro chamado Illidan Stormrage — um nome bem estranho e ruim de pronunciar. Um arqueiro, combatente de longas distâncias. Crinas alvas, estatura maior que a minha, certamente era mais velho. E o segundo, um rapaz loiro do clã Senju que se chamava Ethan Mitchel. Teria ele renegado ao sobrenome do clã? Os dois possuem nomes atípicos, bem diferentes, e o Senju, mais ainda. Por que não ostentava o nome do clã em seu nome completo? Os Senjus são tão orgulhosos de sua família quanto os Uchihas, afinal. Mas enfim, pouco importa quanto à isso, ele é um usuário de Suiton, pelo que disse, e, aparentemente, se deu bem com o tal do Illidan.

.      O silêncio na sala reinou por uns segundos. Meus olhos miravam diretamente as íris de meu pai. Falar de mim para ele seria uma total perda de tempo, é provável que ele mesmo saiba mais sobre mim do que eu mesmo. Ou seria isso um teste? Será que ele quer saber se eu me conheço? Se sou capaz de me autoavaliar? Besteira! Ele não chamaria mais dois outros caras pra testemunhar, ou chamaria? Não interessa, algo não está cheirando muito bem. Uma chamada urgente, eu e mais dois ninjas que nunca vi na vida, nós todos reunidos diante da autoridade máxima da vila fazendo apresentação quanto às nossas habilidades. Algo está por vir.

.      — Pois bem... — quebrei o silêncio — me chamo Ruukasu e sou membro do clã Uchiha. — curvei-me em cumprimento à Illidan e Ethan — Tenho oito anos e, por ser um Uchiha muito jovem, minhas principais armas são o Sharingan e o elemento Katon. Combates de curta e média distância são minha especialidade, alternando o uso de armamentos e ninjutsus.

.      Já com a postura ereta reassumida, eu conclui minha apresentação. Não seria necessário falar que o Hokage é meu pai, a forma como os dois me olharam logo que entrei os entregou: já sabiam. E, se não soubessem, descobririam cedo ou tarde, então, eis uma informação que sempre poderá ser omitida em minhas apresentações à membros da vila oculta da folha. Eu fui breve e apenas fique esperando pelo que sucederia. Olhava meu pai fixamente, não ligava muito para a presença dos outros dois, queria mesmo saber para que fui chamado. Meu corpo, minha alma... tudo estava inquieto, eu quase que suplicava por algum tipo de atividade. Desde o dia do meu sequestro ele me mantém dentro de casa, aonde ele pensa que estou seguro, com a minha mãe de vigia.

.      Vamos, velho, pare de enrolar... o que que tá acontecendo?!

BOLSA DE EQUIPAMENTOS (COMUM):

E imperava o silêncio até que o filho do Hokage , Ruukasu, pelo que tinha acabado de descobrir, se pronunciasse de forma estritamente formal. Não conseguia discernir se aquela postura era realmente dele ou tudo aquilo era uma forma de chamar a atenção do pai, e em contrapartida não aparentava que ligasse para Illidan e eu. Toda a sua atenção se resumia no Hokage. O que me trazia algumas indagações sobre a sua pessoa e que chega até mesmo a questionar a forma com que o próprio Hokage o criou, seria nosso líder tão rígido?! – Me questionava enquanto observava os dois autores das minhas perguntas. Seria tudo isso arrogância? Não me deixaria convencer por aquela atitude do jovem. Queria conhecê-lo melhor.

Depois que Ruukasu demonstrou suas qualidades percebi que o time se encaixava perfeitamente. O Uchiha seria nossa linha de frente, eu daria suporte a ele e protegeria o Illidan, que por sua vez cuidaria da retaguarda e teria melhor noção do combate. Outra coisa que ficou nítido era minha inexperiência se comparado a esses dois. Um era arqueiro e engenheiro de Konoha e o outro possui o Sharingan dos Uchihas e domina o Katon. Poderia considerá-los companheiros de equipe e possíveis rivais, e com certeza iria me esforçar para superá-los!

O Hokage quebrou minha linha de pensamentos com o pequeno problema militar e com o indicativo que teríamos trabalho em dobro devido à deficiência momentânea de Konoha. O que não achei mal a princípio.  E em seguida um ANBU explanou sobre a missão e nos deu um pergaminho com detalhes do nosso alvo. O pensamento de sequestro não era nada confortável, já que tinha irmãos menores, porém não me deixei afetar. Entretanto, Illidan reagiu à informação como se sofresse ou era indignação? Não sabia dizer, mas iria descobrir. E aqueles bandidos não sairiam impunes! E olhei para saber se o marrento do Sharingan receberia a missão de boa.
Fomos liberados depois de tudo ter sido explicado,  e naquele momento o maior inimigo era o tempo, e mais um fato que a missão mexeu com o arqueiro foi que ele liderou o ritmo do grupo com sua pressa.

Mas para contrariar a pressa, e pô-la em xeque, duas vozes bem conhecidas me chamava e fazendo que minha alma gelasse e abaixasse minha cabeça para ocultar os meus olhos. Eram meus irmãos. Não naquele momento!

Olhei para os minha equipe e de imediato me pus entre eles e meus irmãos.

- Um segundo pessoal, eu já alcanço vocês! São os meus irmãos... – Falava de costas para os dois e seguia em direção dos dois pirralhos. - Nosso treino ficará para depois! Estou saindo numa missão importante, e quando eu voltar nós iremos treinar! – Falava com um tom até carinhoso, mas não deixava de demonstrar minha autoridade de irmão mais velho, finalizando minha frase com um peteleco simultâneo na testa dos dois menores.

Independente do que fizessem continuei:

- Vou ficar alguns dias fora, então vocês terão que cuidar de casa e da Vila, então continue treinando e fiquem mais fortes para o nosso próximo treinamento, porque eu irei voltar mais forte! – Dei uma pausa para dar impacto nos dois – Agora tenho uma missão para vocês! Vão para casa e avisem nossos pais da minha missão! – Na última frase fui mais firme para que eles me obedecessem sem objeções, aliás, dei uma ótima motivação para eles.  

Então me virei e fiquei de costas para meus irmãos e segui em direção aos meus novos companheiros, pois sabia que nosso tempo era curto. Esperando que minhas frases os motivassem a irem para casa e eu pudesse seguir sem me preocupar com eles.

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Considerações:

Considerações²:

Armas:

PARTE II
MISSÃO: RESGATAR

A crise, então, é real. Por um tempo, meu pai tentou esconder, mas eu já suspeitava. O número de chunins não era grande, o de jounins era menor ainda. Eu sabia que algo não ia bem com a vila, o velho andava aflito, mas pensei que fosse algo diretamente ligado ao meu sequestro. Bom, não que esteja errado, já que o poder militar da vila está fraco, tornou-se um alvo fácil, mas eu achava que fosse mais uma coisa paternal. Mas conforme os dias foram se passando, mais eu perdia um pouco dessa crença fútil, digamos assim, e começava a analisar as possibilidades com mais frieza.

.      Velho... — agora o entendo.

.      Dispensar os genins e delegar todas as funções e missões da vila à ninjas mais experientes era uma medida drástica demais para ser tomada somente por conta de um sequestro, por mais que fosse um de seus filhos a vítima. Enfim, o que era necessário ser dito estava vindo à tona. É provável que tenha sido uma dura decisão para ele, afinal, o seu rebento mais velho faz parte do poderio militar, eu entendo esse zelo todo que ele teve por um tempo, mas, como um Hokage, não fora a atitude mais correta. Desde o principio, penso eu, ele deveria ter permitido aos ninjas menos experiente se lançarem em missões mais complexas e não os trancar. Todavia, quem sou eu para questionar as atitudes de um renomado shinobi? Eu posso estar certo tanto como posso não saber de mais detalhes, detalhes que ele pode estar escondendo, se é que existem.

.      Um membro da ANBU fez sua entrada no local de forma súbita e sorrateira, parecia muito com aquele que foi em minha casa me chamar — ao menos, a máscara era igual. Um mapa enorme era colocado por ele na parede, com detalhes quanto às rotas para todo o mundo ninja. Havia informações sobre a localização geográfica dos cinco grandes países, de países menores, vilas pequenas e também das grandes vilas — Konoha, Kumo, Iwa, Kiri e Suna. O mascarado pôs o dedo em um ponto do mapa.

.      — Vocês precisam alcançar este ponto o quanto antes. — disse, com sua voz rouca — Nakatsuhiko no Mikoto, neto do lorde do nosso país e detentor de uma habilidade rara foi sequestrado e nós temos poucas informações dos responsáveis. Só sabemos que estes criminosos foram vistos indo para esta localidade. — ele sacou três pergaminhos enquanto discursava — No entanto, eles provavelmente não ficarão parados. A missão de vocês é procurar e achar estes bandidos e aguardar reforços.

.      A palavra "sequestro" não me trazia boas lembranças. Desde a vez em que a vítima fui eu, as coisas na vila não são mais as mesmas. Nada é igual desde àquele dia fatídico, e vale ressaltar que não foi a primeira vez. Uma onda de sequestros estava tomando a vila. Primeiro uma refugiada, depois o filho do Hokage e agora o neto do lorde do país do fogo. Quem quer que esteja agindo, sabe das deficiências que meu pai acabara de falar e tenta desestabilizar a cabeças da nação atingindo-as nos pontos fracos, o que deixa a entender que seu poder de combate, em si, não é lá tão poderoso para terem que apelar para a covardia. Ou isso ou são canalhas mesmo, fortes para combater de igual para igual, mas preferem jogar sujo.

.      Eu ainda precisaria saber mais, ouvir mais, não era suficiente.

.      Para mim, para Illidan e para Ethan foram lançados pergaminhos, um para cada. De pronto, eu abri o meu e notei que havia um retrato do tal Nakatsuhiko, o mapa que o ANBU nos mostrara — em menor escala, claro — e um chip localizador. Mesmo nos enviando numa missão de risco, meu pai não quer perder o zelo, até porque, se esses chips forem destruídos, é provável que eles notem e tenham plotada a nossa última localização, podendo assim perceber um padrão e uma área de atuação dos bandidos. Sem mencionar que poderiam monitorar nossa rota durante a missão, se desviarmos, por qualquer motivo, eles saberão exatamente aonde estamos, evitando possíveis traições e até mesmo sequestros.

.      Bem pensado, velho!

.      — Este pergaminho contém o mapa com as devidas coordenadas, uma ficha de informação do neto do lorde do Fogo com a sua foto e um localizador eletrônico dentro deste pergaminho. — nada que quem não abrisse não fosse notar — Lembrem-se: é de extrema importância que vocês não se separem deste pergaminho, e muito menos, deixar ele cair em mãos erradas. — ele finalizou a explicação de uma forma até imperativa — Agora vão!

.      Garbo e sutileza não faria mais parte de mim e nem dos meus mais novos companheiros, afinal, estávamos em uma corrida contra o tempo. Meu olhar permanecia sereno, tombei levemente à cabeça com a ordem vinda do caçador. Eu ainda necessitava de mais informações sobre tudo, estava muito cru. Sei que sou apenas uma peça de execução atualmente, mas a minha curiosidade não me permitiria ficar saciado com tão pouco. Até porque, o que quer que esteja acontecendo, aflige meu pai e minha mãe. Com a minha família, ninguém mexe! Por ora, o que tenho a fazer é salvar o neto do lorde do Fogo, é possível que as respostas que busco venham com o tempo. Num piscar de olhos, deixaria aquele gabinete juntamente à meus parceiros.

Dai-me a graça de lutar com lealdade
あなたは私の主、残っているものの私
E a graça de vencer com justiça
何誰もあなたを要求しません
Mas se não merecer a vitória
私は戦いや嵐にしたいです
Dai-me a graça de morrer com dignidade
だけでなく、私に勇気、強さと信仰を与えます

Nós tínhamos bastante tempo, Nakatsuhiko, não. Nossa pressa era justificada, quanto mais tempo perdêssemos ali, menos tempo de vida ele poderia ter. Cada segundo poderia ser seu último caso não nos apressássemos. As intenções do inimigo são desconhecidas, não sabemos se sequestraram o garoto com o intuito de usá-lo como moeda de troca para alguma chantagem, ou se era uma armadilha para tentar forçar o lorde do Fogo a ir atrás dele — o que seria tolice, já que ele não é um combatente. Bom, as entrelinhas não vinham ao caso agora, eu preciso me concentrar! Chegar ao local do mapa e procurar por Nakatsuhiko no Mikoto, esse é meu objetivo agora e apenas esse.

.      Illidan tomou a frente, ditando o ritmo que ele pensava ser o ideal, apenas fiz acompanhar.

.      Ethan cessou seus movimentos e minha reação foi parar também para saber do que se tratava.

.      — Um segundo, pessoal, já alcanço vocês. — ele disse — São meus irmãos...

.      Eu estava tão distraído com meus devaneios que sequer notei ou ouvi os irmãos do Senju. Olhei para os dois por um instante e decidi ficar quieto, na minha. É provável até que um dos dois caçulas possa ter a minha idade ou ser pouca coisa mais novo. Se eu fosse até lá, poderiam enciumar-se, não sei. Bom, pelo menos, Asami não iria encarar muito bem se me visse saindo da vila com pessoas que ela não conhece e, pior que isso, outras crianças. Fiquei apenas olhando para o loiro enquanto ele tentava desenrolar a situação toda com seus irmãos, ao lado de Illidan, mantendo distância, para não piorar as coisas. De qualquer modo, Ethan deu as costas para os pequenos. Como um irmão mais velho, eu sei que aquele momento pra ele não estava sendo dos mais fáceis.

.      — Ethan? — chamei sua atenção enquanto aproximava-se — Está tudo bem? — o indaguei, brando.

.      O entrosamento e a compreensão são fundamentais dentro do que agora era um time. O sucesso da missão depende do sucesso em conjunto. Não esperava uma resposta diferente de um "sim" ou "não", mas não queria deixar uma impressão errada sobre mim e minha personalidade. A serenidade em meu semblante por vezes foi tomada por arrogância, e admito que nunca fiz questão de mudar quem pensou assim, mas, especialmente para esses dois, neste momento, não quero passar essa impressão. Durante a missão, tanto eu tenho que confiar neles como eles tem que confiar em mim.

.      — Nós iremos continuar somente quando você estiver cem por cento, certo, Illidan? — o fitei, com minha habitual expressão calma.

BOLSA DE EQUIPAMENTOS (COMUM):

Para minha alegria meus irmãos foram de primeira, o que me deixou aliviado já que não seria o motivo de um atraso para nossa missão. Então o Uchiha chamou minha atenção e passei segurança nas minhas respostas de que estava bem. Parece que o Ruukasu estava começando a se entrosar, sabia que existia algo mais do que o garoto marrento à frente do Hokage.

Quando ultrapassamos aos limites dos meus conhecimentos dos arredores de Konoha anotava em um caderno de bolso as particularidades dos locais e rotas possíveis para que eu pudesse usar posteriormente, aliás, informação nunca era demais.

De vez em quando impunha um ritmo mais intenso para que me tornasse batedor e me dava alguns segundos para escrever, anotar ou desenhar no caderno enquanto matava minha vontade por cafeína com minhas balas que havia estocado para a viagem.

Quando a floresta se adensava e a escuridão assumia o chão partia para os galhos onde se podia ter mais luz e uma visão melhor, apesar de às vezes me esforçar para ir a frente dos outros, mas sempre os mantinha a uma distância em que eu ainda os via e vice-versa.
Estranhei quando Illidan começou a destruir o pergaminho que o Hokage nos dera, porém não interferi o cara era engenheiro de Konoha e deveria saber o que estava fazendo.

Então me aproximei.

- O que está planejando fazer com o chip? - Perguntava curioso. – Se precisar de algo é só me avisar. – Afirmava de bom grado, mesmo sabendo que minha ajuda poderia ser inútil naquela questão.

Mais uma vez eu peguei uma bala de café e ofereci ao garoto de cabelos alvos e depois fiz uma indicação para Ruukasu para ver se ele queria uma pequena dose açúcar e energia.

Quanto mais estávamos mais próximos do nosso propósito mais ficava sério, relembrava algumas táticas e ficava cada vez mais em alerta, assim, mais calado e observando cada vez mais e tentando gravar as informações para posteriores anotações.

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3

PARTE III
A BUSCA COMEÇA

Passos céleres, movimentos ágeis; a pressa nos definia, ela ditava nosso ritmo. Cada segundo que se passava, era um segundo a menos. O tempo era nosso inimigo e, aparentemente, a geografia também. As folhas das árvores iam aumentando de número conforme adentrávamos mais na floresta, quanto mais adiante eu olhava, menos luz eu enxergava. Illidan e Ethan mantinham o ritmo mais acelerado, eu optava por equilibrar a rapidez com a capacidade de percepção. Cada detalhe seria valioso.

.      Illidan descolou o chip rastreador do pergaminho, Ethan aproximou-se dele, trocaram algumas palavras e logo o loiro me ofereceu um pequeno doce. Não fiz desfeita, o apanhei e assenti com a cabeça como agradecimento. Sem desviar muito a atenção da rota, eu abri a bala e a pus na boca, a mastigando de pronto, já sentindo o amargo da cafeína que nela havia. Não pude evitar, fiz careta, sim. O gosto é horrível! Como Ethan gosta dessa coisa?! Bom, não importa, foco na missão!

.      Maldição... — trovejei em meu consciente.

.      A busca por pistas ou rastros iria se tornar mais complicada graças ao breu. Teriam os sequestradores escolhido essa rota propositalmente? Teriam eles colocado alguma armadinha no caminho? Seria tudo paranoia minha? Havia uma gama de possibilidades e nenhuma poderia ser descartada. Eu precisava de um plano... ou, na verdade, nós precisávamos. Aliás, creio que já temos. Illidan não iria desacoplar um rastreador e sacar uma flecha à toa. É bem provável que ele tenha suposto também que haveria uma equipe rastreadora nos acompanhando e tentaria engalfinhar o chip dentro de um inimigo através de uma ferida causada por sua arma. Bem pensado, mas isso é uma tática que eu usaria como último recurso.

.      Maldição...!

.      Cerrei meus punhos. Eu não conseguia pensar em nenhuma ideia melhor, por algum motivo, a pressão de ter os ponteiros do relógio como antagonistas me deixava um pouco ansioso. No momento, irei optar por confiar no plano de Illidan, apenas os seguirei um pouco mais de trás, cerca de sete metros, para dar-lhes cobertura e evitar surpresas. Meu sharingan não seria o mais eficaz no momento, seria apenas um gasto de energia para mim. Redobrar a atenção e economizar o máximo de chakra seria necessário.

.      — Prestem atenção aonde pisam! — eu vociferei — Não podemos descartar que os sequestradores tenham colocado armadilhas no caminho!

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Todos com uma pequena dose de cafeína no sangue para tranquilizar meu vício e a adoçar ou amargar a boca de meus companheiros, aliás, não daria outra a Ruukasu que pelas caretas não gostou do doce, não até ele solicitar.

Enquanto a bala de café derretia em minha boca e me trazia aquele prazer que a cafeína produzia em meu corpo, em contrapartida, o Uchiha estava bem ansioso e preocupado. Não discordava dele, precisávamos tomar cuidado naquela altura do campeonato, mas também não precisávamos nos desesperar. E segundos depois Illidan nos afirmou que não possuía armadilhas e nos confortou com aquela informação.

Estranho não ter nenhuma armadilha ao redor da caverna que estava a 20m de nós. No entanto, minha intuição indicava que nossos inimigos estavam por lá.

- Eles estão lá. Consigo sentir sua presença. – Falava com determinação. - O estranho de tudo é que não colocaram armadilhas. Pode significar que não irão ficar por muito tempo neste lugar. Então teremos que agir rapidamente e com cautela. – Terminava minha frase enquanto pegava o pergaminho da minha bolsa de equipamentos.

 - Illidan faça o mesmo com meu pergaminho, só que desta vez o coloque aqui. – Falava enquanto indicava com a outra mão um papel de bala. – Acho bom ficar bem parecido! E entregue ao Ruukasu. – Terminava de falar e soltava um sorriso irônico. Mesmo que o engenheiro estava parecendo um cachorro com seu osso na boca.

Bom um plano arriscado passava pela minha mente, mas, contudo, entretanto, havia algumas falhas. Sabia que nosso alvo estava lá dentro, porém, não conseguia saber as variáveis: quantidade de bandidos, nível de combate etc. Então repassei a ideia aos meus companheiros:

- Bom, não sabemos quantidade e nível dos bandidos. Então vou à frente e tentarei investigar. Se necessário começarei um combate e os atrairei para fora. Então Illidan você irá me dar suporte e se puder juntá-los, seria ótimo! – Inspirava para poder continuar – Irei usar minha trompa d’ água para desestabilizá-los e mandá-los para longe da caverna, assim, darei tempo para o Ruukasu entrar na caverna e pegar nosso alvo e tirá-lo de lá. Sendo que sua primeira ação ao encontrá-lo será deixar o chip disfarçado de bala em sua roupa. Para caso eles fujam tenhamos a localização exata do alvo junto com a ideia do Illidan de flechar um dos bandidos. – Despejava as informações em cima dos dois para depois lhes questionar o que achavam da ideia.

 Minha estratégia de baseava que eu poderia manter os bandidos a certa distância de mim com meu jutsu Mizurappa, e tinha chakra para isso. Enquanto que à distância o Illidan os atacava e os imobilizava e abria uma porta para Ruukasu entrar e separar o Nakatsuhiko de possíveis inimigos que não caíram na minha isca e ele tinha em seu arsenal o Sharingan e o Katon para atacar e se defender. Ruukasu era o mais ofensivo e desta forma as chances aumentavam de nossa missão ser bem sucedida.

Aguardava com certa ansiedade para ver o que eles achavam e quais ideias eles incrementariam.

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PARTE IV
O PLANO

Estávamos próximos ao local para onde o mapa tentava nos levar.

.      — Não há armadilhas. Nenhuma! — Illidan me respondera.

.      Como ele estava tão certo disso? Ele havia dito com convicção, era como se ele tivesse uma capacidade perceptiva avantajada, diferenciada da minha e de Ethan. Admito que eu dei ouvidos, mas continuei desconfiado. Talvez seja eu quem sempre superestime meus inimigos, mas eu optei por manter-me em estado de alerta. Já fui pego de surpresa antes, numa situação de sequestro, e não foi nem um pouco agradável a experiência.

.      Não demoraria muito até chegarmos ao "x" do mapa.

.      Illidan guiava-nos, ao lado de Ethan e eu os resguardava, buscando acalmar minha mente e meu corpo. O cessar da correria ajudara e muito nisso. O som de ondas quebrando era audível, não com muita clareza, mas bastava prestar um pouco a atenção. Parados os três, Illidan voltou seu olhar para mim e para o loiro, com uma flecha entre seus dentes, e nos olhamos por alguns instantes. Estávamos diante de uma caverna escura, que custei a ver até mesmo o entorno. O silêncio era rei, mas por pouco tempo.

.      — Eles estão lá. Consigo sentir sua presença. — afirmava o Senju — O estranho de tudo é que não colocaram armadilhas. Pode significar que não irão ficar por muito tempo neste lugar, então, teremos que agir rapidamente e com cautela.

.      Da mesma forma que não compreendi como Illidan tinha tanta certeza de que não havia armadilhas, não compreendo como Ethan pode ter tanta certeza de que nossos alvos estavam dentro daquele lugar absurdamente escuro. Ele afirmou poder sentir, mas, ele possui algum tipo de técnica rastreadora? Eu não sei, mas ele parecia ter mais a dizer. Meu semblante permaneceu calmo, quase inexpressivo enquanto ele discursava.

.      — Illidan, faça o mesmo com meu pergaminho, só que desta vez o coloque aqui. — ele disse, mostrando um papel de bala — Acho bom ficar bem parecido! E entregue ao Ruukasu.

.       Ao terminar as instruções para o alvo, ele deu uma risada, o que apenas me fez arcar uma das sobrancelhas. Ele tinha coisas a dizer e eu estava disposto à ouvir, mas, até então, não conseguia assimilar bem o que ele queria com aquilo, não entendi direito a instrução que ele dera para Illidan. Pois bem, Ethan não estava com cara de quem iria parar de falar.

.      — Bom, não sabemos quantidade e nível dos bandidos. Então vou à frente e tentarei investigar. Se necessário começarei um combate e os atrairei para fora. Então, Illidan, você irá me dar suporte e se puder juntá-los, seria ótimo! — ele tomou fôlego — Irei usar minha trompa d’ água para desestabilizá-los e mandá-los para longe da caverna, assim, darei tempo para o Ruukasu entrar na caverna e pegar nosso alvo e tirá-lo de lá. Sendo que sua primeira ação ao encontrá-lo será deixar o chip disfarçado de bala em sua roupa. Para caso eles fujam tenhamos a localização exata do alvo junto com a ideia do Illidan de flechar um dos bandidos.

.      Após muita falação, ele terminou. Explicou seu plano e, devo admitir, não é ruim. Compreendo agora o porquê do chip em papel de bala e devo admitir que não é uma má ideia o plano dele, contudo, existem falhas e falhas não são bem-vindas no momento. Eu respirei fundo e me aproximei mais dos dois, de modo que possamos interagir mais e o tom de voz diminua. O tempo estava contra nós, mas se fosse mal usado, de nada adiantaria e ainda poderíamos perder nossas vidas.

.      — Ethan, seu plano é bom, mas, como você disse não sabemos a quantidade e nem o quão fortes são os bandidos. E se você for morto por eles dentro da caverna? — disse, o fitando serenamente — Se eles estão lá dentro, não há porque um de nós apenas entrar, é melhor que todos entremos, assim, restringimos os espaços para a fuga deles. E quanto à escuridão...

.      Tomei a frente e aproximei-me mais da caverna, deixando amostra para ambos apenas o símbolo do meu clã em minhas costas. Meus olhos fecharam calmamente, eu me silenciei por alguns segundos. O rubro tomou conta da minha íris, um tomoe preto surgia em cada um dos meus olhos; havia chegado a hora. A linhagem sanguínea avançada do clã Uchiha, a que por muito tempo foi chamada de "a herança de ódio"; sharingan! Olhei para meus companheiros, apenas os aguardando. É bem provável que ambos saibam bem o que são os meus olhos e do que são capazes, portanto, me poupei de explicações.

— Se concordarem, deixem-me ir na frente desta vez.

BOLSA DE EQUIPAMENTOS (COMUM):